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Remédio para diabetes elimina 6 colheres de açúcar por dia na urina e ajuda a emagrecer

Remédio para diabetes elimina 6 colheres de açúcar por dia na urina e ajuda a emagrecer

r7

30/03/2015 - 11h15
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Você já imaginou eliminar seis colheres de sopa de açúcar (78 g), o equivalente a 312 calorias, por dia pelo xixi? Essa é a promessa do medicamento Jardiance, cujo princípio ativo é a empagliflozina, no tratamento do diabetes tipo 2. Com apenas um comprimido diário, o paciente elimina a glicose pela urina e, de quebra, ainda perde peso e reduz a pressão arterial — fatores fundamentais para a prevenção de futuras complicações do diabetes, como as doenças cardiovasculares.

Em menos de um ano, esse é o segundo medicamento que pertence à classe dos inibidores do SGLT2 lançado no País. Depois da chegada da dapagliflozina, comercializado com o nome Forxiga, agora é a vez da empagliflozina. A nova substância impede a reabsorção da glicose filtrada pelos rins, eliminando o excesso de açúcar pela urina.

Para o nefrologista Artur Beltrame, presidente e professor titular da Fundação Oswaldo Cruz, essa classe terapêutica representa a mais recente inovação no tratamento oral do diabetes tipo 2, mas com algumas ressalvas.

—Como a pessoa vai eliminar açúcar pela urina, pode ocorrer um pequeno aumento de infecções genitais, que serão facilmente prevenidas ou tratadas com o reforço de medidas de higiene íntima. Entre elas, lavar a região com água e sabão mais vezes ao dia, especialmente no início do tratamento.

Sobre as infecções urinárias, os estudos mostraram que o número de episódios foi semelhante ao grupo que utilizou placebo, acrescenta Beltrame. No entanto, ele frisa que a primeira regra para iniciar o tratamento com o novo comprimido é estar com a função renal em perfeitas condições.

— Além da boa função renal, o perfil do paciente que mais terá benefícios com essa droga é o diabético tipo 2 de meia-idade, em torno de 65 anos, com sobrepeso ou obesidade e hipertensão.

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Para aquelas pessoas que não têm diabetes, mas ficaram com os olhos brilhando com a notícia de fazer xixi doce e emagrecer, o nefrologista é enfático: “Não vai funcionar”.

— A pessoa vai gastar dinheiro à toa. Não há indicação para esse perfil de paciente porque a quantidade de glicose eliminada será pequena e não haverá perda significativa de peso.

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O endocrinologista João Paulo Iazigi, chefe do Ambulatório de Diabetes tipo 2 do Hospital Dr. Mário Gatti, explica que o emagrecimento com o uso da medicação depende do peso inicial do diabético, assim “quanto mais peso, a tendência é que a perda seja maior”.

— Os estudos mostraram que em seis meses o paciente perdeu em média de 2 kg a 3 kg, mas é importante ressaltar que esse ou qualquer remédio que trata o diabetes deve ser associado com alimentação saudável e prática regular de exercício físico.

Doença silenciosa

O diabetes atinge mais de 383 milhões de pessoas no mundo e até 2035 a previsão é que esse número chegue a 592 milhões. O Brasil ocupa a 4ª posição do ranking, com 12 milhões de diabéticos, perdendo apenas para China, Índia e Estados Unidos, segundo o mais recente relatório divulgado pela IDF (Federação Internacional de Diabetes).

Iazigi, que também é médico do hospital Vera Cruz, lembra que o diabetes tipo 2 representa 90% dos casos da doença e está intimamente ligado com obesidade, hereditariedade, sedentarismo, hipertensão, níveis altos de colesterol e triglicérides, idade acima dos 40 anos e estresse emocional.

— O diabetes progride em silêncio e, quando a pessoa começa a urinar com mais frequência, beber muita água e emagrece sem motivo, a doença já está instalada.

Exatamente por ser silenciosa, cerca de 50% dos portadores de diabetes tipo 2 desconhecem sua condição, de acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Outro dado preocupante é que três em cada quatro brasileiros com a doença estão fora de controle.

— O mau controle desencadeia várias complicações no coração, olhos, rins, nervos e até na pele. O tratamento inicial costuma ser com remédio oral, mas com a progressão da doença o paciente pode vir a precisar de insulina.

O endocrinologista explica que o pâncreas do diabético tipo 2 costuma produzir insulina, mas por causa da gordura concentrada na região abdominal, o hormônio não funciona direito no organismo.

— Já o diabetes tipo 1 aparece em geral na infância e adolescência e em 100% das vezes precisa de insulina para sobreviver. Nesse caso, não há relação com o estilo de vida.

Segundo a SBD, seis em cada 10 brasileiros têm risco de desenvolver diabetes. Não à toa, os especialistas reforçam a necessidade de adotar hábitos saudáveis para prevenir a doença. Para aqueles que já têm o sangue doce, o Jardiance, desenvolvido pela Boehringer Ingelheim em parceria com a Eli Lilly, chega ao mercado brasileiro nesse mês no valor sugerido de R$ 125.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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