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Seguro para celular custa até 20% do valor do aparelho, mas só cobre casos graves

Seguro para celular custa até 20% do valor do aparelho, mas só cobre casos graves

r7

21/11/2011 - 02h00
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Mesmo tendo feito seguro do celular, uma pessoa que teve o aparelho roubado do próprio bolso sem perceber pode ter o ressarcimento negado pela seguradora. Apesar de cobrar até 20% do valor do aparelho pelo serviço, a maioria das empresas que atuam hoje no ramo de telefonia celular só cobre o que chamam de roubo ou furto qualificado.

A falta de conhecimento sobre este tipo de crime é o que costuma gerar polêmica entre seguradoras e clientes quando estes são vítimas de um crime. Mas, de acordo com a coordenadora institucional da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Maria Inês Dolci, as empresas são obrigadas a explicar no contrato de seguro os tipos de crime que estão dentro da cobertura.

- [O segurado] tem que conhecer todas as regras estabelecidas no contrato. A primeira coisa que tem que olhar é o que vai cobrir ou que não vai. O Ministério Público obrigou as empresas a colocar no contrato o que é furto qualificado. O consumidor não é obrigado a saber o que é esse crime.

O R7 ouviu algumas empresas para entender em que situações o cliente está protegido e constatou que a interpretação do que é roubo e do que é furto simples pode mudar de uma seguradora para outra. Antes de fazer o seguro, é preciso avaliar qual cobertura é a mais interessante para sua necessidade.

A Seguro Fácil Celular, produto da Harmonia Seguros, por exemplo, não indeniza o cliente mesmo em determinados casos em que há contato com o agente do crime, de acordo com a analista de seguros da empresa, Aline Sartorelli.

- Vamos supor que a pessoa está andando na rua e o ladrão chega pedindo o celular. Ele empregou uma ameaça. Isso é roubo, está coberto. Mas, se a mesma pessoa está andando com o celular dentro do bolso, e o ladrão passa, coloca a mão no bolso e pega o celular sem que o cliente perceba e sem deixar qualquer vestígio, isso é furto simples. Não está coberto. Existe uma diferença muito tênue entre o que caracteriza o roubo e o furto simples.

No entanto o que mais gera polêmica é o furto. A maioria das empresas exige provas deixadas pelo ladrão para compensar o cliente, como conta o diretor de seguros especiais e micro- seguros da Mapfre, Valmir Alves da Silva.

- Roubo é quando a vítima tem, de alguma maneira, contato com o agente do crime. Se a pessoa teve algum contato com o ladrão, por meio de ameaça, agressão verbal ou física, é roubo. Mas, o furto é quando a pessoa não viu quem foi. Então para separar furto da perda ou do desaparecimento cobrimos apenas quando existe uma prova de que um obstáculo foi rompido para pegar o celular.

Como quando o ladrão arrebenta a bolsa ou quebra a janela do carro.

Preços

Além de só fazer seguro de celulares novos ou no máximo com 45 dias de uso, as empresas costumam cobrar de 10% a 20% do valor de tabela do aparelho por ano pelo serviço. O seguro de um iPhone 3G, com 32 gigas de memória, na Seguro Fácil Celular, por exemplo, custa R$ 479 e pode ser pago em até 12 vezes .

Na Mapfre, há três tabelas de preços. Os aparelhos que custam até R$ 500 têm seguro de R$ 8,99 por mês, ou R$ 107,88 por ano. Já a tarifa dos que custam de R$ 501 até R$ 1.000 é de R$ 11,99 por mês, ou R$ 143,88 por ano. E, de R$ 1.000 a 2.000, a mensalidade é de 16,99, R$ 203,88 por ano.

Além disso, há uma tarifa que deve ser paga pelo cliente quando este pede o ressarcimento, chamado de franquia. O valor da franquia é proporcional ao preço do aparelho no mercado. A porcentagem dessa taxa em cima do valor total do celular também fica em torno de 20%.

No entanto, no caso dos celulares pós-pagos, a cobertura do seguro pode ficar comprometida quando o contrato é feito em parceria com a operadora. A Mapfre tem acordo com a Vivo, e é comum que os clientes da operadora já paguem pelo serviço quando compram o celular.

Nestes casos, a seguradora costuma suspender a cobertura de segurança quando o cliente deixa de pagar a fatura. Se o celular for roubado nesse período, o segurado não tem direito ao ressarcimento.

Indenização

Normalmente, o cliente que aciona o seguro recebe o mesmo modelo de celular que tinha antes do roubo ou furto. Mas as empresas adotam procedimentos diferentes antes de dar um novo aparelho. O cliente deve conferir no contrato os documentos exigidos pela empresa no caso de crime.

A Harmonia Seguros, responsável pelo Seguro Fácil Celular, exige que a vítima escreva uma carta de próprio punho sobre o crime, além de enviar o B.O (Boletim de Ocorrência) e cópias de documentos originais.

Depois de receber os documentos que comprovam o roubo, a seguradora tem de dar um prazo para entregar um novo celular ou o dinheiro ao segurado. Segundo Maria Inês Dolci, caso a empresa demore para dar uma resposta, o cliente pode tomar algumas medidas para não ser lesado neste período de espera.

- [Se demorar] tem que ir denunciar nos órgãos de defesa do consumidor. Se ver que não está resolvendo, e a pessoa precisa do celular, outra coisa [que ela pode fazer] é enviar uma carta avisando que o tempo estipulado pela seguradora venceu e que vai tomar providências enquanto a empresa não se decide, como comprar um novo aparelho por conta própria. E depois a empresa tem que abater da mensalidade do segurado. Agora é importante que, antes de fazer isso, a pessoa já mande uma notificação apenas dizendo que passou o prazo prometido para não ter qualquer tipo de problema.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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