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Laboratório Científico de Marte

Sonda da NASA chega a Marte

Sonda da NASA chega a Marte

hypescience

07/08/2012 - 07h49
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A nave Curiosity (“curiosidade”, em português) da NASA, conhecida oficialmente por Laboratório Científico de Marte, chegou ontem (domingo) ao planeta, no qual vai passar dois anos procurando sinais que indiquem que Marte já abrigou um dia a vida, ou os ingredientes-chave para que ela existisse.

A NASA anunciou o tempo de pouso oficial da nave, apontada como o primeiro laboratório móvel da ciência enviado para um mundo distante, às 22:32 do dia 05/08, hora local do Pacífico.

O projeto Curiosity, que custou US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 5 bilhões), estava com muito em jogo quando pousou na superfície de Marte: segundo os engenheiros responsáveis pela missão, a nave conseguiu sobreviver aos que eles chamam de “sete minutos de terror”, a descida dramática e perigosa pela qual todos estavam esperando para o sucesso da empreitada.

Os sete minutos de terror

Lançado em 26 de novembro de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), o laboratório robótico navegou através do espaço por mais de oito meses, abrangendo 566 milhões de quilômetros, antes de chegar à atmosfera de Marte, a 17 vezes mais que a velocidade do som, e iniciar a sua descida.

A atmosfera de Marte é considerada “imprevisível”, e os mecanismos de pouso precisavam estar muito bem calibrados para evitar danos à sonda. É por isso que a aterrisagem em Marte era conhecida como “sete minutos de terror”.

Envolta em uma cápsula protetora, a nave utilizou primeiro seu sistema de voo automático de entrada para reduzir drasticamente sua velocidade. Em seguida, um paraquedas enorme supersônico saiu de uma mochila a jato da NASA na baixa atmosfera de Marte para realizar a maior parte do resto do caminho até seu destino.

Quando as rodas da nave foram firmemente plantadas no chão, os cabos desse paraquedas foram cortados e o resto dele voou a uma distância segura e caiu. A sequência também envolveu 79 detonações de pirotecnia para soltar pesos exteriores, abrir o paraquedas, separar o escudo térmico, retirar a casca protetora da nave, abandonar o paraquedas e outras funções. A falha de qualquer uma dessas etapas teria condenado a aterrissagem.

Esse sistema complicado era necessário devido ao tamanho e peso do Curiosity. Mais de duas vezes maior e cinco vezes mais pesado que outras naves da NASA, como Spirit e Opportunity, Curiosity era muito pesado para chegar a superfície em airbags ou voar sozinho todo o caminho com foguetes propulsores – sistemas utilizados com sucesso por outras seis sondas da NASA.

Com um atraso de 14 minutos – o tempo que leva para as ondas de rádio da Terra chegarem em Marte, a 248 milhões de quilômetros de distância -, os engenheiros da NASA não podiam fazer muita coisa durante a descida, a não ser rezar.

No momento em que receberam a confirmação de rádio da aterrissagem segura da nave, ela já estava no chão por sete minutos. Curiosity já enviou suas três primeiras imagens da superfície marciana, uma delas mostrando uma roda do veículo e a sombra da sonda lançada sobre o terreno rochoso.

Sua confirmação precisa ainda tem que ser confirmada, mas os engenheiros dizem que a sonda está em uma cratera antiga de Marte, a Gale, no sopé de uma montanha alta no hemisfério sul do planeta.

Explorando Marte

Primeiro, a NASA vai testar a nave e todos os seus instrumentos sofisticados através de várias semanas de verificações de engenharia, antes de iniciar a sua missão na superfície.

Curiosity deve passar os próximos dois anos explorando a cratera Gale, de 160 quilômetros de largura, e a montanha de 5 quilômetros próxima, que parece estar acumulando sedimentos na base.

Sua principal missão é procurar evidências de que Marte – o planeta mais parecido com a Terra – pode ter uma vez sediado os blocos básicos de construção necessários para a vida microbiana existir e evoluir.

Os controladores da missão foram projetados por 1.400 cientistas e engenheiros. A nave é capaz de analisar amostras de solo, rochas e da atmosfera; seus instrumentos são tão avançados que podem até mesmo discernir a composição mineral da química de uma amostra.

Por conta disso, Curiosity vai poder estudar em profundidade a química e a geologia do local, principal chave para desvendar o mistério da “vida em Marte”.

Talvez os sete minutos de terror não tenham sido nada. Agora é aguardar para ver se Curiosity é capaz de passar pelo segundo desafio inédito a um veículo espacial: escalar um elevado de 5 mil metros.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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