Tecnologia

PESQUISA

Tempo gasto por brasileiro
em páginas da web diminuiu

Tempo gasto por brasileiro
em páginas da web diminuiu

Folhapress

29/08/2015 - 09h45
Continue lendo...

Apesar de cada vez mais pessoas na internet ­e de uma crescente importância do smartphone nesse processo­, o Brasil teve entre 2010 e este ano uma redução de 9% no tempo médio gasto por pessoa em páginas da web, segundo um estudo realizado com 1.200 pessoas divulgado pelo Google nesta semana.

O tempo das visitas caiu de 4min30s para cerca de quatro minutos. A título de comparação, no Reino Unido foi encurtado em 12%, para 4min7s.

Segundo a empresa, isso é resultado de um aumento no imediatismo e também de uma expansão nas opções de fontes de informação na internet. 'A comunicação on-line está se alterando nesse ambiente de abundância. Se a pessoa entra na página e não encontra o que quer, sai na hora e vai ver em outro lugar', disse Fabio Coelho, presidente da companhia no Brasil, durante um evento em São Paulo.

O fenômeno corre em paralelo ao incremento da porção de internautas no celular: havia 10 milhões de smartphones há cinco anos e, hoje, são 93 milhões, de um total de 117 milhões de pessoas na rede. Dos usuários da internet no celular, 74% fazem compras, e, destes, 33% compram usando o telefone.

O estudo foi realizado com 1.200 usuários de smartphone das classes A, B e C entre 14 e 54 anos nas regiões sul, sudeste, nordeste e centro-oeste de junho a agosto.

Coelho diz que parte das empresas não dá a importância devida ao chamado acesso 'mobile'. 'Muitas vezes a companhia chama o [arquiteto] João Armentano ou outro desses caras bons para fazer a loja física, mas a virtual fica por conta do estagiário que começou a trabalhar na semana retrasada.'

Os estabelecimentos também devem se atentar a esse imediatismo: 83% dos usuários de smartphone usam mecanismos de busca para buscar comércios ou serviços locais.
Segundo o executivo, há um grande movimento de sites e varejistas para tentar convencer o consumidor a baixar um aplicativo, o que nem sempre é produtivo. 'Há um enorme 'hype' [burburinho] em torno de apps, mas os nossos smartphones [do público médio brasileiro] não suportam muitos deles, então o usuário começa a apagar para livrar memória.'

A alternativa, então, seria a construção ­ou a adaptação­ de um site para que seja exibido melhor na telinha. O Google vem forçando esse processo, que chama de 'revolução', por meio de medidas como o favorecimento de páginas adaptadas para o celular e com o fim do suporte ao software Flash, incompatível com a maior parte dos smartphones.

O comportamento dos internautas brasileiros, fator central da pesquisa, difere-se do resto do mundo pelo forte uso de redes sociais e também pela frenética pesquisa sobre compras, segundo a empresa.

'O que diferencia o brasileiro, mesmo, é o bolso apertado, que leva a mais comparações de preços e até processos de aprendizado alternativos', diz Coelho. Um exemplo dado é o de vídeos de aulas do ensino médio no YouTube, que angariaram 800 milhões de visualizações no Brasil.

Segundo Coelho, 80% dos brasileiros que acessam a internet pelo celular buscam informações sobre uma futura compra pelo celular.

Um outro estudo, realizado no primeiro trimestre pelas empresas Ogilvy e SurveyMonkey, mostra que os brasileiros são os mais propensos (42%) a promover uma marca on-line entre os 11 países que fizeram parte da enquete, com abrangência de 5.500 usuários de rede social. No Japão, só 1% disseram que o fariam; nos EUA, 19%.

O país tem a segunda maior porção de usuários de rede social que curtiram um produto ou uma marca, com 94%, segundo a Ogilvy e a SurveyMonkey. Na China, são 96%; no Reino Unido, 73%; nos EUA, 75%.

GUERRA PELOS OLHOS
'A batalha pela conquista de corações, mentes e dinheiro [do internauta] é vencida ou perdida em minúsculos momentos de tomada de decisão', escreveu Sridhar Ramaswamy, vice-presidente-sênior de anúncios e comércio do Google, em estudo de junho.

Segundo a companhia, quase todos os usuários de celular no Brasil (94%) buscam informações enquanto realizam outra tarefa, como dirigir ou trabalhar. Em média, os usuários verificam seus telefones 86 vezes por dia.

Tecnologia

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

Continue Lendo...

O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

Tecnologia

Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

Continue Lendo...

O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).