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Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte

Vitamina B3, usada para reduzir colesterol, traz risco de morte

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20/07/2014 - 04h00
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A niacina, conhecida como vitamina B3, usada para reduzir o risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) em pessoas com colesterol alto, também traz risco de morte, revelou um amplo estudo internacional divulgado nesta quarta-feira.

Por este motivo, a maioria das pessoas deveria parar de usar este suplemento popular, destacou em editorial a revista New England Journal of Medicine, que publicou simultaneamente os resultados da prova.

A niacina ganhou popularidade nos últimos 50 anos e é usada principalmente para elevar o nível de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), também conhecido como colesterol bom. No entanto, um estudo feito durante quatro anos com pessoas entre os 50 e os 80 anos, com colesterol elevado, revelou não haver benefícios que se traduzissem em uma redução da taxa de infartos ou AVCs.

Foram estudadas 25.673 pessoas, e todas já tinham tomado estatinas para reduzir o colesterol. Além disso, algumas tomavam niacina e laropiprant (um medicamento que reduz a vermelhidão do rosto causado pelas altas doses de niacina). Outras tomaram um placebo. As pesquisas foram feitas na Grã-Bretanha, China e Escandinávia.

A niacina "se associou a uma tendência crescente de morte", informou o estudo, segundo o qual o composto também se associa a "um aumento significativo de efeitos colaterais graves: problemas hepáticos, excesso de infecções, sangramento excessivo, gota, perda de controle (das taxas) de açúcar no sangue, no caso dos diabéticos, e desenvolvimento de diabetes naqueles que não padeciam dela quando começou o estudo".

Donald Lloyd-Jones, diretor de medicina preventiva da escola de medicina da Universidade Northwestern Feinberg e do hospital Northwestern Memorial, disse que os usuários de niacina correm um risco 9% maior de morrer, um percentual que os cientistas consideraram estatisticamente significativo, ou seja, os benefícios ficam em segundo plano.

"Poderia ocorrer uma morte a cada 200 pessoas que tomam niacina", disse Lloyd-Jones, que escreveu o editorial da revista. "Com um sinal como este, é claro que (a niacina) é uma terapia inaceitável para a ampla maioria dos pacientes".

Outro estudo sobre a niacina, feito com mais de 3.400 pacientes, revelou que ela aumentava o risco de infecção e daria certa proteção a problemas cardiovasculares, reportou o New England Journal of Medicine. "Deve-se considerar que a niacina tem uma toxicidade inaceitável para a maioria dos pacientes e que não deve ser usada rotineiramente", escreveu Lloyd-Jones.

Ao contrário, os tratamentos com estatinas deveriam continuar sendo - como são atualmente - o principal recurso para ajudar a reduzir o colesterol ruim, enquanto a niacina só deveria ser prescrita para pacientes com alto risco que não conseguem tolerar as estatinas, acrescentou.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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