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Vitamina E na gravidez pode prevenir hipertensão nos filhos

Vitamina E na gravidez pode prevenir hipertensão nos filhos

g1

25/08/2013 - 00h00
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Uma pesquisa feita com ratos como cobaias sugere que a administração em grávidas desnutridas de um tipo ativo de vitamina E, o alfa-tocoferol, durante o período perinatal (gestação ou o período que vai da fertilização até o nascimento) pode ajudar a prevenir o surgimento de hipertensão nos filhos quando adultos. As informações foram apresentadas na quinta-feira (22) pela professora de bioquímica e fisiologia Ana Durce Oliveira da Paixão, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante a reunião anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), em Caxambu, Minas Gerais. O efeito ocorre porque a vitamina E tem propriedades antioxidantes que ajudam a prevenir a formação de radicais livres na gravidez, afirma a professora. "O tocoferol age principalmente prevenindo o estresse oxidativo. No entanto, há ações genômicas [da vitamina] das quais ainda pouco se sabe", ponderou.

Na pesquisa, fêmeas grávidas de ratos foram submetidas à desnutrição. Nessa situação, elas tiveram "estresse oxidativo", ou seja, formação de radicais livres. No período de gravidez, estas moléculas mudaram a expressão de alguns trechos do DNA do feto, prejudicando seu funcionamento. "Afeta a vida inteira do filhote, [a expressão] do gene fica modificada", disse Ana Durce. Ela afirma que, nos testes com ratos, a administração da vitamina em fêmeas grávidas e desnutridas foi satisfatória em prevenir que os filhotes tivessem hipertensão. No entanto, efeitos colaterais podem surgir e ainda demandam outras pesquisas para serem conhecidos. "O tocoferol, quando administrado em uma mãe com dieta normal, ele próprio causou hipertensão. Ainda não entendemos por que isso acontece, precisamos ainda estudar a razão disso", ponderou. Sobrecargas e doses elevadas da substância podem causar problemas, afirma a cientista.

"O conceito principal é que prevenir o estresse oxidativo, isto é, os radicais livres, pode prevenir sequelas da desnutrição materna", ressalta Ana Durce. Ela diz ainda que é preciso pesquisar mais sobre quais genes estão tendo sua expressão alterada pelos radicais livres nos fetos. A pesquisa é um passo para saber como os radicais livres influenciam no aparecimento da hipertensão, diz a cientista. "Se a desnutrição 'programa' a hipertensão, é possível a 'reprogramação'", para evitar o distúrbio, na avaliação de Ana Durce.
"A desnutrição causa estresse [oxidativo]. A mãe já tem uma placenta com estresse aumentado, o feto está com estresse oxidativo aumentado e os genes fetais estariam afetados", avalia. Uma das hipóteses é que os radicais livres tenham consequências principalmente no sistema renina-angiotensina, que atua no controle da pressão arterial, pondera a pesquisadora.

Ela afirma ser muito cedo para falar em alfa-tocoferol como tratamento terapêutico em mulheres. Por enquanto os dados foram colhidos em pesquisas com ratos, e são necessários mais testes para saber se a substância pode no futuro ser eficiente com mulheres grávidas.
Em populações humanas, quadros de hipertensão em adultos que tiveram mães desnutridas foram identificados em várias regiões e épocas, afirma a professora da UFPE. Ela relata terem surgido populações na Holanda com hipertensão e função renal comprometida após a Segunda Guerra Mundial, por conta da desnutrição das mães na gravidez. Casos foram identificados entre aborígenes australianos, indígenas americanos e famílias europeias no pós-guerra, pondera.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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