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Wikipédia faz dez anos entre polêmicas

Wikipédia faz dez anos entre polêmicas

folha online

15/01/2011 - 12h06
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Em 15 de janeiro de 2001, primeiro mês de atividade da Wikipédia, o projeto de enciclopédia livre acumulou parcos 25 artigos. Quase dez anos depois, o site é o oitavo mais acessado do mundo e contém mais de 17,6 milhões de verbetes em 262 línguas.

A Wikipédia foi fundada por Jimmy Wales e Larry Sanger e é mantida pela entidade sem fins lucrativos Fundação Wikimedia e por doações privadas. Todo o seu conteúdo é gratuito.

Ela ostenta o título de livre --em tese, qualquer usuário anônimo pode criar e editar páginas--,mas conta com diferentes níveis de permissão, conquistados com um histórico de edições. Verbetes polêmicos, por exemplo, só podem ser editados por usuários experientes e confiáveis.

Essa liberdade é o maior alvo de críticas do modelo wiki. Os céticos questionam a credibilidade de informações que podem ter sido postadas por anônimos.

Atos de vandalismos recorrentes, por sua vez, dão dor de cabeça para os editores assíduos.

Nesse cenário, a Wikipédia pretende mudar de foco: da quantidade para a qualidade. Para Telma Johnson, autora de "Nos bastidores da Wikipédia lusófona", "É uma mudança na trajetória do projeto inicial, que buscava se popularizar. Agora, vencida esta etapa, o que parece interessar é a busca de credibilidade junto às instituições sociais, especialmente escolas, universidades e centros de pesquisa".

Wikipédia Lusófona

A Wikipédia Lusófona conta com cerca de 660 mil artigos, sendo a oitava maior wiki em número de verbetes.

Para Fernando Souza, relações públicas do portal lusófono, o crescimento é positivo: "Como o projeto entrou na lista de sites mais acessados do mundo, veio gente de todo tipo, com os mais ricos interesses, e agora temos uma Wikipédia democrática no sentido de artigos. Temos desde artigos biográficos sobre personagens feios de mangás até presidentes norte-americanos".

Porém, um grande número de verbetes não quer dizer, necessariamente, conteúdo de alta qualidade.
Vander Marcovecchio, também relações públicas, faz as ressalvas: "Uma ânsia por somar números fez com que a Wikipédia Lusófona adquirisse uma grande quantidade de artigos, porém, em sua maioria, eles não possuem qualidade e fontes fiáveis."

Estatísticas reforçam a afirmação: segundo dados do site s23.org, um dos portais que monitoram os projetos da Fundação Wikimedia, atualmente 26,7% dos artigos lusófonos são esboços --verbetes incipientes, com conteúdo limitado. Ou seja, mais de um quarto dos artigos ainda está em estágio inicial. O índice mundial é de 26,43%.

"Embora a comunidade tenha amadurecido em muitas coisas, ela ainda precisa priorizar mais por qualidade do que por quantidade", complementa Marcovecchio.

Tensões internas

A pesquisadora Telma Johnson afirma que "uma das principais particularidades da Wikipédia Lusófona é a tensão permanente entre brasileiros e portugueses em torno da língua portuguesa."

Segundo a autora, isso ocorre porque as Wikipédias não são baseadas em países, e sim em línguas, o que impede uma eventual divisão entre Wiki brasileira e portuguesa, por exemplo.
A atual disputa lusófona "pode ser vista como uma via de destruição do projeto lusófono caso não seja resolvida", opina.

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Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador

12/11/2025 22h00

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB

Brasil fará primeiro lançamento comercial ao espaço em 10 dias, informa FAB Divulgação/Warley de Andrade/TV Brasil

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O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (MA).

A atividade servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

"Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil - satélites e experimentos - e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo", explicou a FAB.

A missão para transportar cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por universidades e empresas nacionais e internacionais, simboliza, conforme a Força Aérea, a "entrada definitiva" do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, além de abrir novas oportunidades de geração de renda, inovação e atração de investimentos para o País.

"Essa etapa da operação é uma atribuição conduzida diretamente pela Innospace e pelos desenvolvedores dos satélites e experimentos. A FAB acompanha todo o processo no Prédio de Preparação de Propulsores, infraestrutura especializada disponibilizada pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o que reforça nosso compromisso em prover suporte técnico, coordenação e governança para que cada missão transcorra com integridade, transparência e alto padrão de confiabilidade", destacou em nota o coordenador-geral da operação, Coronel Engenheiro Rogério Moreira Cazo.

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Governo vai alterar prazo para adequação de big techs ao 'ECA digital'

As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial, mas prazo deverá ser reduzido para 180 dias

17/09/2025 22h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O governo federal vai editar uma Medida Provisória para reduzir o prazo para que as big techs coloquem em prática as normas fixadas pelo PL 2628, conhecido como ECA Digital. O projeto aprovado no Congresso estabelece regras para o uso de redes sociais por crianças e adolescentes. As medidas entrariam em vigor um ano após a publicação da lei no Diário Oficial. O governo, no entanto, considerou o prazo longo e decidiu reduzi-lo para 180 dias.

A MP está sendo liderada pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) e deve ser editada nos próximos dias. Nesta quarta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai sancionar o projeto em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Ao alterar o prazo, o governo levou em conta, segundo fontes do Palácio do Planalto, o fato de que a lei entraria em vigor somente próximo da eleição, o que poderia elevar tensões durante o período eleitoral. Há uma visão de que qualquer debate relacionado às big techs está "entranhado" nas eleições de 2026

A aprovação do projeto de lei foi cercada de discussões e gerou reação de parte da oposição, que considerou o novo regramento uma espécie de censura às redes. O governo pesou ainda a possibilidade de que a demora para aplicar o ECA Digital transformasse a nova lei em "letra morta".

A nova direção do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retomar os planos de oferecer treinamento com as principais plataformas digitais para as suas lideranças. O objetivo é fortalecer a militância digital mirando as eleições de 2026 e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O "ECA digital" foi aprovado no Congresso no mês passado após intenso debate sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. A comoção da opinião pública sobre o tema foi motivada por um vídeo do youtuber "Felca" a respeito do que classificou como "adultização" de crianças. Na publicação, Felca explicou de que forma o algoritmo direciona a pedófilos os conteúdos que expõem menores de idade.

O projeto aprovado estabelece que conteúdos que violem direitos da criança e do adolescente devem ser removidos imediatamente após a empresa ser comunicada pela vítima, por responsáveis ou por autoridades. Estão incluídos nessa regra conteúdos de assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação e uso de drogas; entre outros. Além disso, o texto prevê a implementação de ferramentas de supervisão para os pais e determina que as empresas possam ser sancionadas e multadas caso descumpram medidas determinadas pela lei.

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