Todo produto tem três valores diferentes. Dois deles podem ser determinados objetivamente: o da etiqueta de preço e o da qualidade.
Já o último, bem subjetivo, é o quanto o comprador acha que o produto vale. É o chamado “valor atribuído”, capaz de determinar sozinho o sucesso – ou o fracasso.
Nos últimos tempos, a Yamaha tem conseguido equalizar esses três valores no Brasil. A marca japonesa sempre ofereceu por aqui boas motocicletas a preços razoáveis, mas faltava fazer o mercado enxergar e valorizar essas características.
De uns tempos para cá, no entanto, a marca vem conseguindo consolidar uma imagem mais coerente com sua história. Exatamente por isso, está indo na contramão do mercado de duas rodas.
Segundo os dados do setor, enquanto o mercado este ano encolheu 11,8%, a Yamaha cresceu 18%. Em setembro, conseguiu a maior participação da história de 46 anos de Brasil, com 15,2%. Mas a Yamaha quer mais. E aposta que a nova Fazer 250 vai ser fundamental para que a marca se mantenha em alta.
Nesta, que é considerada a quarta geração do modelo, as mudanças foram bem aprofundadas. O modelo passa a vir de série com ABS nos freios, ganhou um novo chassi, novo design e passou por mudanças no mapeamento do motor de exatos 249,5 cc.
O propulsor agora respira melhor, com tomadas maiores, filtro de ar de maior capacidade e fluxo de saída de gases mais liberado – a nova ponteira de escapamento, inclusive, é bem mais curta. Com isso, a potência passou de 20,7/20,9 cv, para 21,3/21,5 cv, com gasolina/etanol, sempre a 8 mil rpm.
O torque agora se mantém, com os dois combustíveis, em 2,1 kgfm a 6.500 giros – antes, com gasolina, ficava em 2,09 kgfm.
O novo visual teve o objetivo de deixar a Fazer com um aspecto de moto maior e mais encorpada. O conjunto ótico dianteiro, além de ser totalmente em led, passou a ser mais horizontalizado.
A lanterna traseira, também em led, perdeu o formado triangular e ficou mais afilada. As tomadas de ar nas abas laterais ficaram maiores, o tanque de combustível ficou com um desenho mais robusto e os assentos em dois níveis remetem aos usados da XJ6.


