Correio B

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Reumatismo: dores crônicas que incapacitam os pacientes

Reumatismo: dores crônicas que incapacitam os pacientes

THIAGO ANDRADE

09/09/2016 - 15h10
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A definição de reumatismo é abrangente. Trata-se de toda e qualquer afecção aguda, crônica, caracterizada por dor articular ou outras alterações dos músculos e ossos. Na verdade, o que existe é um grupo composto por mais de 100 enfermidades diferentes. 

Algumas delas têm elevado potencial incapacitante – sendo a segunda principal causa de afastamento de trabalho no Brasil, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. No Brasil, 12 milhões de pessoas convivem com o problema. Engana-se quem imagina que a doença esteja associada apenas aos idosos. Crianças e adultos jovens também podem sofrer com o problema.

Doenças reumáticas podem afetar as articulações, os músculos, os ligamentos e os tendões. Ainda podem comprometer o funcionamento de órgãos internos vitais, como o coração, o cérebro e os rins. Entre as doenças mais conhecidas estão a fibromialgia, a artrite psoriásica e a artrite reumatoide. 

Os sintomas costumam ser semelhantes. O diagnóstico é acompanhado por dor persistente nas articulações, por mais de seis semanas, bem como vermelhidão, inchaço e calor. Muitas vezes, os pacientes apresentam também dificuldades para se movimentar, principalmente pela manhã.

Há vários aspectos relacionados ao desenvolvimento ou agravamento das doenças reumáticas, como fatores genéticos, traumatismos, obesidade, sedentarismo, fumo e depressão, entre outros. Em casos como o da fibromialgia, fatores psicológicos podem estar ligados ao agravamento da doença.

“O que muitas vezes frustra os pacientes é que eles vão ao médico, fazem vários exames no corpo todo e não encontram nada. Muitos acreditam que estão loucos, o que só faz aumentar a depressão e as dores”, comenta a reumatologista Evelin Goldenberg. Nesses casos, o tratamento envolve uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapia, técnicas de relaxamento, apoio psicológico e acupuntura. 

IMPACTO FAMILIAR

As doenças reumáticas são crônicas, ou seja, não existe cura, apenas tratamentos que têm o objetivo de limitar os sintomas. Seu forte potencial incapacitante pode obrigar um profissional a abandonar a vida produtiva, assim como depender dos cuidados de familiares até para tarefas simples do cotidiano ou contratar funcionários domésticos. 

“Quando uma pessoa tem uma doença crônica, a família toda adoece também”, diz a reumatologista Lícia Mota, que atua no ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário de Brasília. Se por um lado o apoio da família é fundamental para adesão ao tratamento, em outra perspectiva o próprio cuidador também precisa ser alvo de atenção, para que consiga manter-se como um ponto de apoio.

Pesquisa realizada pelo Instituto Nielsen no Brasil e em outros 14 países, com 3.649 pacientes de artrite reumatoide, demonstrou que a idade média de diagnóstico é 39 anos, um período de alta produtividade. O número de pessoas que precisam abandonar as atividades profissionais por causa da doença é alto.

Em alguns casos, é possível receber o auxílio da Previdência Social. Mas, se o profissional é autônomo, por exemplo, acaba perdendo sua fonte de renda e terá de viver com o suporte financeiro da família”, analisa a reumatologista Lícia Mota. É muito comum que o enfermo seja o principal responsável pela renda familiar, o que pode gerar uma situação difícil.

Especialistas concordam que a doença é altamente incapacitante, mas um tratamento multidisciplinar pode fazer com que o paciente volte a realizar atividades cotidianas. “Ele precisa reaprender a fazê-las. Esse aprendizado não é apenas um exercício individual, mas um esforço conjunto de todos que estão ao seu redor”, pontua o terapeuta ocupacional Pedro Henrique Tavares, que atua junto a pacientes reumatoides.

Diálogo

Prefeitos de alguns municípios do interior de MS estão achando que adminis... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta terça-feira (08/04)

08/04/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Lya Luft - escritora brasileira

Que a gente se divirta sem se matar, 
que ame sem se contaminar, que aprenda 
sem se enganar, que viva sem se vender”
.

FELPUDA

Prefeitos de alguns municípios do interior de MS estão achando que administração municipal é para resolver o problema de desemprego na família deles. Assim, nomeiam esposas, sobrinhas e filhas, como se as repartições públicas fossem utilizadas para pagamento de “mesadas”. Vereadores, que deveriam fiscalizar, parecem fechar os olhos para tal tipo de farra, até porque, em muitas Câmaras Municipais, a mesma prática é utilizada. Nesses primeiros meses das atuais administrações, as denúncias são muitas e o Ministério Público está tendo muito trabalho.

Pediu...

Em Paranhos, o PT “entrou duas vezes na fila” para perder. Na eleição suplementar de domingo a prefeito, 
o petista Dr. Jorge levou uma surra nas urnas do tucano Hélio Acosta, que obteve 69,41% dos votos válidos (4.088). 

Mais

O esquerdista já havia sofrido derrota, em março, na Justiça Eleitoral, que havia indeferido sua chapa (que tinha como vice Dr. Vicente, também do PT). Ele recorreu, participou sub judice do pleito e foi derrotado, 
recebendo apenas 1.802 votos.

Diálogo

Durante o mês de março, o Ibama realizou uma megaoperação em sete estados e no Distrito Federal para combater a manutenção e o comércio ilegal de peixes ornamentais geneticamente modificados que resultou em autos de infração e na apreensão de mais de 58 mil exemplares modificados de espécies utilizadas na aquariofilia. Os agentes encontraram variedades das espécies paulistinha (Danio rerio), tetra-negro (Gymnocorymbus ternetzi) e beta (Betta splendens) modificados geneticamente para emitirem fluorescência por meio da inserção de genes de anêmonas ou de águas-vivas, conferindo-lhes cores fortes, com capacidade de bioluminescência quando submetidos à luz ultravioleta. Essas características têm atraído a atenção e tornado esses peixes muito populares entre os aquaristas ao redor do mundo.

DiálogoDr. Alexandre Adames e sua mãe, Dra. Josete Adames

 

DiálogoLarissa Chehuen

Ataque

A crítica do deputado José Orcírio em suas redes sociais ao governador Eduardo Riedel, tendo como pano
de fundo a concessão de anistia aos acusados dos atos do 8 de Janeiro, deve significar o rompimento 
da aliança política de PT e PSDB. O petista acusa o tucano, em cuja administração seu partido ocupa uma série de cargos, de defender a tese para beneficiar o ex-presidente Bolsonaro. O ataque destemperado de Orcírio deixa as duas siglas em situação incômoda.

Destoando

Na análise de alguns políticos, se o governador Riedel mantiver na administração um “partido crítico” ao que pensa, estaria dando brecha perigosa à interpretação de que não estaria mandando “no próprio quintal” e, aí, para “botar os pingos nos is”, teria de usar a conhecida frase: “Os incomodados que se mudem”. Se o PT, por sua vez, continuar apoiando um governador que estaria destoando da ideologia da esquerda, estará mostrando puro oportunismo e submissão.

Rumo

A sinalização de defesa de Eduardo Riedel à concessão da anistia mostra, segundo conversa de bastidores, que ele estaria mais próximo do PL, partido liderado nacionalmente pelo ex-presidente Bolsonaro.
Na eventual extinção do PSDB, ele poderia ingressar nas hostes dos liberais. O “padrinho” de Riedel, o ex-governador Reinaldo Azambuja, pré-candidato ao Senado, ainda está sendo aguardado por Bolsonaro, 
com vistas a assumir o comando do PL em Mato Grosso do Sul. Isso acontecendo, os dois tucanos continuariam a caminhar juntos.

ANIVERSARIANTES

Camila Tannous De Lamônica Guimarães, 
Stheven Ouríveis Razuk, 
Roberto da Cunha, 
Luiz Carlos Spengler Filho,
Franck Amorim,
Regina Maura Palhano Melke Prado,
Marco Antonio Nachif China,
Rodrigo Dalpiaz Dias, 
Esnel Expedito Otavio Portes,
Dr. Hélio Mendes,
Juares Pessoa de Abreu,
Israel Novaes Ramires,
Francisco Berbel Lopes,
Maurício de Souza Lima, 
Salete Bruno Almeida,
Tomoyoshi Wauke,
Antonio Eugenio Bergo Duarte,
Edileusa Cosmo da Silva,
Patricia Fortes Adorno Ribeiro, 
Maria Chaves Faustino, 
Nelson Luiz de Vasconcelos Junior,
Suely da Silva Pereira Lima,
Pedro Paulo Pedrossian,
Rosa Helena Tonissi Nasser Amoedo, 
Cynthia Moraes Rego Mandetta,
Valério Skovronski, 
Dr. Carlos Alberto Pedrosa de Souza, 
Rafael Farias Cação,
Jania Dagher Arce Queiroz,
Heber Maria Nogueira dos Santos Bezerra,
Irene Marcelino Vieira da Costa,
Carlos Eduardo Gomes da Rocha,
Vanessa dos Santos Lima
Mara Bethânia Bastos Gurgel de Menezes,
Sueli da Silva Pereira,
Zilda Paniago Trindade,
Raynara Macedo,
Venturino Collet,
Gislaine Teixeira Araújo,
Gabriel Ferreira,
Laicy Corrêa Martins,
Pedro Albino Coimbra Pedra, 
Mário Duailibi, 
Nelson Shiguenori Tsushima,
Dra. Maria Aparecida Rogado, 
Augusto Ribeiro Portugal, 
Evaldo Corrêa Chaves,
Carlos Furtado Fróes,
Maria Higa,
Vania Freitas Pires da Silva,
Zélia Quevedo Chaves,
Juvenal de Almeida Branco Filho,
Deusdet da Silva Santos,
Osvaldo Castro Brandão,
Sérgio Assis Godoy de Mesquita,
Nadia Cristina Mendonça,
Valdevino Goulart,
Vera Lúcia Ghizzi Figueiredo,
Luiz Akira Oshiro,
Nelly Albertino Valdivia Alamanzar,
Silvio Martins Adorno,
Luiza Pithan Freire,
Júlio César Kuroce,
Marcelo de Oliveira Vera,
Salviano Mendes Fontoura Júnior, 
Laerte Paes Coelho, 
Aleide Lemos Coelho,
Tathiana Corrêa Silva, 
TeIma Menezes de Araújo,
Ivan da Silva Mendes,
Carla Fernandes Juliano da Silva,
Lorita Duro Montagner,
Melissa Martins de Almeida,
João Maria Ferreira Antunes,
Denise Mendes Fonseca,
Alexandre Socovoski,
Amancio Gomes Machado,
Rui Queiroz Galvão,
Altevir Alberton,
Inácio Schneider,
Juarez Dambroz,
Margarete Camargo,
Maria de Lurdes de Brito Lima,
Dalila da Silva Corrêa,
Luccas Ribeiro de Souza D’athayde,
Vanderlei Caetano do Nascimento,
Darcy Rodrigues, 
Álvaro Scriptore Filho, 
Maria Augusta Sena Madureira Figueiró, 
Ruy de Menezes Câmara Junior, Paulo Mello Miranda, 
Jean Fernandes dos Santos Junior,
Enio Roberto Walker,
José Henrique Kaster Franco,
Luiz Antonio de Souza Martins,
Herlan Aponte Paz,
Laércia Aparecida Lemos Coelho Cannazzaro,
André Luiz Tanahara Pereira,
Gislene de Rezende Quadros, 
Walkiria Kosloski Ferreira, 
Teresinha Rigon,
José Nobuo Shiraishi Kawabata,
Silvio Yoshio Yokoyama,
Diego Rieffe Franco,
Faylon Alves da Rocha.

*Colaborou Tatyane Gameiro

Cultura

Expressão de Rua, o festival mais alternativo de MS, está programado para este fim de semana

Com diversidade musical, dança, oficinas (graffiti, etc), rodas de conversa, feirinhas alternativas e cultura cigana, Festival Expressão de Rua comemora sua primeira década com dois dias de programação gratuita na Plataforma Cultural

07/04/2025 11h00

Falange da Rima

Falange da Rima Divulgação

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“Nas ruas é que me sinto bem/Nas ruas é que me sinto bem/Ponho meu capote e está tudo bem/E está tudo bem”. Os versos iniciais da canção “Nas Ruas”, composta pelo guitarrista Edgard Scandurra e apresentada há quase 40 anos no repertório do segundo álbum do Ira!, “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), caem feito uma luva no conceito do próximo festival a ocupar a Plataforma Cultural (Esplanada Ferroviária) neste fim de semana.

Anunciado como “o festival mais alternativo de Mato Grosso do Sul”, o Expressão de Rua completa 10 anos de trajetória em 2025 e a edição comemorativa da primeira e frutífera década do evento será realizada neste sábado e domingo, das 14h às 23h, com uma programação extensa, variada e marcada por muito engajamento e descontração. Todas as atividades terão acesso gratuito.

MÚSICA

Entre as atrações musicais estão previstas as presenças dos sul-mato-grossenses Falange da Rima, Engenheiro Edson, A Insana Corte, MC Cachorrão, Patrick Sandim, Samba do Caramelo, Projeto To’kaya e Dupla Permanência. O grupo musical convidado de fora do estado é o Nazireu Rupestre, banda de rasta-punks da zona leste de São Paulo (SP), que pela primeira vez vai se apresentar em Campo Grande.

TGB E FNK

Haverá ainda oficina de graffiti, roda de conversa, performances artísticas e oficinas culturais com Coletivo Enegrecer e DJ TGB, além da Feira São Chico, a Feira Rota Cigana e a Tenda da Comunidade Cigana, com apresentações do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Cigana (Ibacc). O grupo de dança Espaço FNK também marcará presença no line-up de atrações.

TIA EVA E SANTA SARA

O Expressão de Rua terá duas homenageadas nesta edição: Tia Eva e Santa Sara Kali. Haverá uma roda de conversa sobre a Tia Eva, a primeira liderança feminina afrodescendente de Campo Grande. Em novembro de 2026, completam-se 100 anos de seu falecimento. O festival também vai homenagear Santa Sara Kali, a santa preta venerada como padroeira da comunidade cigana.

Realizado pelo Movimento Quem Luta Vence e Instituto Ìmolé, o Expressão de Rua tem o apoio do Ministério da Cultura e governo federal, da Secretaria Executiva de Cultura (Secult), da Prefeitura de Campo Grande e do deputado federal Vander Loubet.

NAZIREU RUPESTRE

Banda da região leste de São Paulo, conhecida como os rasta-punks, deixa sua marca com uma presença de palco única e músicas autênticas. Formada em 2004, tiveram a primeira oportunidade de se apresentarem em 2007, no quilombo da Praia de Camburi das Pedras, em Ubatuba (SP), onde moraram por oito anos.

Desde então foram muitos réveillons nesse lugar. Daí em diante, começaram a se apresentar por todo estado de São Paulo, com passagens por estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Amazonas e Paraná.

Depois de três álbuns, os rastas lançaram como quarto trabalho o álbum “Os Tempos São Cruéis” (2014), que conta com três videoclipes e músicas veiculadas em emissoras de rádio FM de São Paulo e nas maiorias das web rádios de todo o País, com boas visualizações nas plataformas digitais e milhares de cópias de CDs vendidas de forma independente.

PETER TOSH

O grupo assina um projeto paralelo chamado Tosh Attack, apresentado a partir de 2016. Trata-se de um tributo a Peter Tosh, com quatro vídeos no YouTube e apresentações ao vivo com figurino da época e músicos convidados. E a mais recente obra, o álbum “Rasta Punk”, é considerado pelos integrantes um divisor de águas na trajetória da banda.

“Um som pesado, sincero e revelador. No começo [da trajetória da banda], violão e tambores. Hoje, guitarras distorcidas e linha de baixo e bateria se fundem às harmonias de teclados e mensagens marcantes”, anunciam os integrantes do Nazireu Rupestre nas redes sociais do grupo.

Serviço

FESTIVAL EXPRESSÃO DE RUA EDIÇÃO COMEMORATIVA DE 10 ANOS

SÁBADO (12/4)

14h – Feira São Chico, Exposição de Arte e Cultura Negra, Feira Rota Cigana e Tenda da Comunidade Cigana;
14h – Oficinas artísticas com TGB, Coletivo Energrecer e Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Cigana;
16h – Espaço FNK;
18h – Abertura oficial;
18h20min – MC Cachorrão;
19h10min – Dupla Permanência;
19h30min – Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Cigana;
19h50min – Projeto To’kaya;
20h30min – Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Cigana;
20h50min – A Insana Corte;
21h30min – Instituto Brasileiro de Arte e Cultura Cigana;
21h50min – Falange da Rima.

DOMINGO (13/4)

14h – Feira São Chico, Exposição de Arte e Cultura Negra, Feira Rota Cigana e Tenda da Comunidade Cigana;
14h – Roda de conversa: 100 anos sem Tia Eva;
14h – Oficinas artísticas com TGB e Coletivo Energrecer;
17h – Samba do Caramelo;
19h – DJ TGB com participação de DN MC e Martins MC;
20h – Patrick Sandim;
21h – Engenheiro Edson;
22h – Nazireu Rupestre (SP).

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