Cidades

Ensino superior

Unicamp lidera ranking de melhores universidades brasileiras

Na lista das 25 primeiras colocadas, o Brasil aparece 13 vezes

Istoé

20/07/2017 - 13h06
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O posto de número um entre as 81 melhores instituições de ensino superior da América Latina passou a ser ocupado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), invertendo  classificação de 2016, que tinha a Universidade de São Paulo (USP) na liderança e a Unicamp no segundo lugar, de acordo com ranking mundial divulgado hoje (20) pela instituição britânica Times Higher Education (THE).

Na lista das 25 primeiras colocadas, o Brasil aparece 13 vezes, seguido do Chile (6), a Colômbia (4) e o México (2). Entre as universidades brasileiras, além das duas primeiras (Unicamp e USP), estão a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 7º lugar; seguidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (8º); a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (9º); Universidade Federal de Minas Gerais (11º); Universidade Estadual Paulista (12º); Universidade Federal do ABC (14º); Universidade Federal de Santa Catarina (15º); Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (16º); Universidade Federal de São Carlos (18º); Universidade de Brasília (19º) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (24º).

Em nota, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, disse que o resultado representa orgulho para a instituição. “É um reconhecimento do árduo trabalho que aqui realizamos, para ter uma escola de excelência em todas as áreas que atua. Temos agora um esforço extra para, apesar da grave crise que estamos atravessando, conseguir manter essa posição no cenário internacional”, afirmou.

A Unicamp afirmou que a análise da publicação britânica sobre as universidades da América Latina inclui 13 quesitos nos segmentos de ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e grau de internacionalização e que há diferenças de avaliação quando são englobados os países do resto do mundo, como por exemplo, no critério qualidade do ensino, que tem peso de 30% no ranking global e 36%, no grupo latino-americano.

O comunicado destaca ainda a ponderação do editor dos rankings Times Higher Education, Phil Baty, que considera “fantástico” ver duas universidades de qualidade internacional competirem pelo prestígio de ser a principal instituição brasileira no ranking.

Em uma base de comparação, o editor afirmou que a USP é a maior e mais tradicional das duas instituições, enquanto a Unicamp é menor e mais conhecida por ser especializada em pesquisas médicas e científicas. “As duas universidades, tão diferentes, representam a diversidade e a excelência no setor do ensino superior do Brasil.”

Baty disse ainda que, mesmo tendo obtido uma boa participação entre os 50 mais bem classificados com 18 universidades, este número representa uma ligeira queda, pois na avaliação anterior, o país teve 23 instituições listadas.

Racismo

Motociclista chama PMs de "macacos", "cheiradores de pó" e acaba preso

Mãe do rapaz acionou a polícia porque ele estava embriagado e fazendo manobras perigosas na rua, próximo a crianças que brincavam no local; irmã que tentou impedir a prisão também foi detida

06/01/2025 09h15

Polícia Militar foi acionada para tentar conter o rapaz. Imagem ilustrativa

Polícia Militar foi acionada para tentar conter o rapaz. Imagem ilustrativa Reprodução, PMMS

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Na tarde do último domingo (8) um homem foi detido em Campo Grande por dirigir uma motocicleta embriagado, fazer manobras de risco próximo a crianças e por desacatar as autoridades policiais, com ameaças e falas racistas.

A Polícia Militar foi acionada pela mãe do indivíduo, que ligou 190 para informar que o homem estava visivelmente alcoolizado e agressivo, realizando manobras perigosas em via pública com uma motocicleta, o que causava incômodos à vizinhança e representava risco às crianças que brincavam na rua.

Ao chegar no local, os policiais identificaram o autor, que conduzia uma Honda Titan na cor vermelha sem capacete. Ao notar a abordagem, o homem acelerou e fugiu do local. Conforme consta no Boletim de Ocorrência, a PM não conseguiu acompanhar ele, já que havia um grande número de pessoas na rua.

Os vizinhos, porém, informaram onde o sujeito morava. A polícia foi até a residência, e pouco depois o homem foi visto saindo do local, já utilizando outra roupa, possivelmente com a intenção de despistar a polícia. Durante a abordagem, ele resistiu passivamente, desobedecendo às ordens e desferindo ofensas contra a equipe, utilizando expressões como "cheiradores de pó" e "filhas da puta".

Ainda segundo o registro policial, os agentes tentaram acalmar a situação, principalmente devido a presença de crianças e vizinhos, que observavam a ocorrência. No entanto, o autor continuou ofendendo os policiais com xingamentos raciais e injúrias, como "macacos" e "pretos filhos de macumbeira".

Foi dada voz de prisão ao autor, momento em que seus familiares se aproximaram da equipe policial para tentar impedir que ele fosse detido, tornando-se necessária a solicitação de apoio de outras viaturas devido à aglomeração, se fazendo presente a Força Tática da unidade.

O autor entrou em sua residência e trancou o portão, mas foi visto pulando para a casa de um vizinho, iniciando-se, então, o cerco policial. Após alguns minutos de buscas, localizaram o autor a aproximadamente 50 metros de sua residência.

Novamente, o homem investiu contra a equipe policial, sendo necessário o uso progressivo da força para contê-lo e algemá-lo.

Durante o momento da prisão, a irmã dele tentou impedir o trabalho da polícia, puxando o autor. Diversas ordens foram dadas para que ela se afastasse, mas ela insistiu em intervir, investindo contra a equipe policial. Foi dada voz de prisão à mulher, que foi contida de forma a resguardar sua integridade física.

O autor estava visivelmente com sinais de embriaguez, tais como odor etílico, olhos avermelhados, desorientação e torpor. Foi-lhe ofertado fazer o teste do bafômetro, que foi recusado. Sendo assim, foi feito o termo de capacidade psicomotora alterada.

A motocicleta do autor foi retirada do local por terceiros durante a ocorrência, sendo assim, ela não pôde ser apreendida pela polícia. O autor e a irmã foram presos.

Ainda conforme o B.O., mesmo na delegacia, o homem continuou fazendo ofensas à equipe policial, e chegou a ameaçar os agentes e suas famílias, dizendo que iria "procurar a família e matar filhos" dos integrantes da guarnição, assim como se encontrasse a viatura na rua, iria partir para morte, desferir tiros na equipe PM. 

A ocorrência foi registrada como resistência, desobediência, desacato, injúria racial, dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida permissão para dirigir ou habilitação e dirigir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.

Injúria racial

Em 2023, foi sancionada a Lei 14.532/23, que aumentava para reclusão de 2 a 5 anos a pena para a injúria relacionada a raça, cor, etnia ou procedência nacional. A pena pode ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.

O texto ainda equiparou a injúria racial ao crime de racismo, o que tornou o crime imprescritível e inafiançável.

A injúria racial é a ofensa a alguém, um indivíduo, em razão da raça, cor, etnia ou origem. E o racismo é quando uma discriminação atinge toda uma coletividade ao, por exemplo, impedir que uma pessoa negra assuma uma função, emprego ou entre em um estabelecimento por causa da cor da pele.

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CAMPO GRANDE

Falha na sinalização e alta de fluxo causam mortes na Av. Gunter Hans

Mesmo com semáforos, diversos acidentes ocorrem em frente ao supermercado Atacadão, por conta do excesso de velocidade dos motoristas que trafegam na via

06/01/2025 09h00

Semáforo na Avenida Gunter Hans, que fica sempre aberto, só fecha se pedestre apertar a botoeira em cruzamento movimentado

Semáforo na Avenida Gunter Hans, que fica sempre aberto, só fecha se pedestre apertar a botoeira em cruzamento movimentado Foto: Gerson OIiveira / Correio do Estado

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Excesso de velocidade de motoristas em trecho da Avenida Gunter Hans vem causando diversos acidentes e mortes na região do Jardim Ouro Preto.

O grande fluxo de veículos, atrelado a imprudência dos condutores, vem resultando em colisões, além de causar perigo para pedestres que atravessam a via.

Após o pedestre Marcelo Dias Benites morrer atropelado, em 2022, no trecho entre as ruas Marambaia e Enseada, familiares e moradores da região protestaram pedindo para a Prefeitura de Campo Grande a instalação de semáforos no trecho perigoso. 

Em resposta, sinaleiros foram colocados nos dois sentidos, tirando os quebras-molas que ali existiam. A mudança surtiu efeito em um dos sentidos, porém, no sentido centro-bairro, os casos de acidentes só aumentaram.

Ao Correio do Estado, o presidente da Associação dos Moradores do Jardim Ouro Preto, Márcio do Carmo Vieira Lima, informou que os motoristas abusam da velocidade quando avançam pelo semáforo, causando acidentes em um trecho onde o fluxo de veículos e de pedestres é intenso.

“Com a vinda dos supermercados atacadistas na região, a Avenida Gunter Hans ficou muito movimentada, e a distância entre um semáforo e outro, no sentido centro-bairro, ficou muito longa e sem nenhuma faixa para pedestres. Então, precisamos aqui de redutores de velocidade, lombada eletrônica ou quebra-molas para evitar os acidentes”, disse.

Pedestres que cruzam a avenida para irem às compras no supermercado ou para chegarem à escola mais próxima, no caso de estudantes, acabam se arriscando no trânsito, já que as faixas de pedestres dos semáforos estão muito distantes da entrada principal do atacadista – que está em funcionamento na região há um ano e quatro meses –, trecho de maior fluxo.

Além disso, o semáforo instalado no sentido centro-bairro é do tipo botoeira, ou seja, só fica fechado quando um pedestre solicita travessia apertando um botão.

“Já que esse semáforo do sentido centro-bairro é isolado, ninguém respeita a sinalização. Quando percebem que não vem ninguém atravessando, eles [motoristas] saem em velocidade”, descreveu o presidente da associação de moradores.

ACIDENTES

Conforme informado em matéria do Correio do Estado, na noite do dia 14 de dezembro do ano passado, o motociclista Luiz Carlos, de 41 anos, morreu após colidir contra meio-fio, cair no asfalto e ser atropelado por um carro na Avenida Gunter Hans.

O motociclista trafegava na esquina com a Rua da Enseada, sentido centro-bairro, quando perdeu o controle da moto, colidiu contra o meio-fio do canteiro central e caiu no asfalto, no meio da avenida. 

O capacete se desprendeu da cabeça no momento em que ele foi arremessado em direção ao solo.

De acordo com populares que presenciaram o acidente, em seguida, outro carro que vinha no mesmo sentido atropelou a vítima, passando por cima de sua cabeça.

O motorista do carro fugiu do local e não prestou socorro. Testemunhas acionaram a polícia e o Samu, mas Luiz morreu no local do acidente. Ele sofreu diversas lesões na região da cabeça.

Em 2022, a vítima foi Marcelo Dias Benites, de 41 anos. Na época, familiares e amigos se despediram e cobraram justiça pela morte da vítima com cartazes em mãos. Imagens de câmera de segurança mostraram que ele foi atropelado por uma caminhonete, no dia 21 de junho daquele ano.

O acidente ocorreu pouco antes das 20h. Benites atravessava a avenida e estava próximo da calçada quando foi atropelado.

Sem prestar socorro, o motorista fugiu. Marcelo foi levado para a Santa Casa, onde ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos.

REIVINDICAÇÕES

De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do Jardim Ouro Preto, o problema na sinalização desse trecho mencionado na reportagem foi informado à Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e à Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).

Fiscais estiveram no local, mas não deram retornos positivos para a possibilidade de instalação de redutores de velocidade.

“Eles [fiscais] vieram aqui in loco, observaram todas as situações, mas disseram que não havia viabilidade de colocar redutores por causa de uma via arterial”, declarou Lima.

Jairo Dittrich, de 61 anos, que é comerciante há oito anos em frente à avenida, indigna-se com o excesso de velocidade de motoristas na Avenida Gunter Hans.

“Depois que o Atacadão veio para cá, estamos com um problema sério aqui de velocidade. Já houve óbitos no trânsito, tentaram resolver colocando os semáforos, mas isso não resolveu. O nosso problema aqui é a falta de lombadas, se não colocarem logo, pode ter mais pedestres sendo vítimas de atropelamento. Espero que os políticos empossados neste ano tomem providências”, concluiu Dittrich.

Dados do Grupo de Análise de Acidentes de Trânsito (Gaat) mostram que na Avenida Gunter Hans, em 2023, ocorreram 12 acidentes graves.

O Correio do Estado entrou em contato com a prefeitura sobre o tema, mas não obteve retorno até o fechamento.

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