Após cinco rodadas de negociação, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou proposta que atendesse as reivindicações dos bancários. Como o acordo coletivo não foi firmado, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande (MS) e Região, decidiu por unanimidade, em assembleia geral realizada no último dia 25, pela greve a partir de amanhã (30), por tempo indeterminado.
Atualmente, o salário-base dos bancários é de R$ 1.648 e eles pedem reajuste de 12,5%. Dentre as reivindicações estão três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 de Participação nos Lucros e Resultados (PLR); 14º salário, vale-alimentação, vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, totalizando R$ 724 por mês; gratificação de caixa no valor de R$ 1.042,74; gratificação de função de 70% do salário do cargo efetivo e vale-cultura no valor de R$ 112,50.
A categoria pede também o fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, isonomia de direitos para funcionários afastados por motivo de saúde; manutenção dos planos de saúde na aposentadoria; fim das demissões e da rotatividade; mais contratações; proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); aumento da inclusão bancária; combate às terceirizações; Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os bancários; auxílio-educação para custear o pagamento de graduação e pós-graduação.
Por fim, os bancários exigem ainda um plano de prevenção contra assaltos e sequestros em cumprimento a Lei 7.102/83, que prevê a garantia da segurança em agências e postos de atendimentos bancário, com pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; além do fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários, bem como igualdade nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência.