Cidades

CADUCEU

Contador preso em operação será investigado por lavagem de dinheiro

Suspeita é de que tenha manipulado notas fiscais falsas

RENAN NUCCI

19/11/2016 - 07h00
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O contador Tércio Brandino, preso por falsidade documental na segunda-feira, durante a Operação Caduceu - desdobramento da Operação Lama-Asfáltica - deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), será investigado pela Polícia Civil. A suspeita é de que tenha manipulado notas fiscais falsas em nome de uma empresa prestadora de serviços, a fim de lavar dinheiro de propina e desvio de recursos públicos. O esquema envolvia também outras empresas para as quais os serviços haviam sido supostamente prestados. Estas, no caso, podem ter sido usadas sem consentimento.

O caso está a cargo do delegado Maercio Alves Barbosa, da Delegacia Especializada de Defraudações e Crimes Fazendários (Dedfaz). Durante as investigações da Lama-Asfáltica, o Gaeco descobriu que Brandino supostamente estaria por traz da simulação das notas que envolviam registro de serviços e vendas de diversos produtos que iam desde produtos de limpeza, produtos químicos e estruturas metálicas. Ele teria acesso ao certificado digital de uma empresa onde trabalhava como contador. Deste modo, pagava até mesmo o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a fim de legitimar os recursos ilegais e driblar o fisco.

As empresas que supostamente teriam contratados os serviços, conforme apurado preliminarmente, nunca haviam sequer feito contato com a prestadora. Por este motivo, o delegado Maercio deve fazer uma devassa junto à Secretaria de Estado de Fazenda para descobrir a situação legal das pessoas jurídicas investigadas, se existiam, de fato, e se os valores declarados condizem com a estrutura. “É um trabalho muito extenso e complexo para ser feito. Vamos analisar os documentos enviados pelo Ministério Público e abrir inquérito. Esta investigação é um caso à parte daquilo o que foi descoberto pelo Gaeco durante a Lama-Asfáltica e a Caduceu”, disse Maercio.

O dinheiro sujo, muito provavelmente, pode estar ligado ao desvio R$ 200 milhões em contratos fraudulentos de obras em Mato Grosso do Sul, esquema que já culminou na prisão de 15 pessoas em aproximadamente um ano e meio, no âmbito da Lama Asfáltica. Durante a Caduceu, o Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão em escritório de contabilidade no cruzamento da Rua Vitório Zeolla, com a Rua Abricó do Pará, no Carandá Bosque. O escritório prestava serviços para a Proteco Construções, propriedade do empreiteiro João Amorim, citado pelo Gaeco como líder dos desvios. Outras pessoas são investigadas.

Ladário

Homem que dormia em carro é morto com tiros na cabeça e no tórax

Segundo testemunhas, a vítima costumava se envolver em confusões sempre que consumia bebida alcoólica. A motivação e as circunstâncias da morte serão apuradas pela Polícia Civil

04/11/2024 15h30

Delegacia de Polícia Civil de Ladário

Delegacia de Polícia Civil de Ladário PC/ Divulgação

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Elivelton de Oliveira Moraes, de 29 anos, foi morto neste final de semana, com tiros na cabeça e no tórax, dentro de um veículo estacionado na Alameda Sete de Setembro, entre as ruas Riachuelo e Quinze de Novembro, em Ladário, a 425 quilômetros de Campo Grande. 

De acordo com familiares da vítima, o homem costumava dormir dentro do carro e era conhecido na região por se envolver em confusões. O caso será investigado pela Polícia Civil 

Segundo informações apuradas pelo site Diário Corumbaense, o crime aconteceu na noite de sábado, quando a vítima estava sentada no banco do passageiro de um Celta e foram ouvidos tiros.

Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e da Polícia Civil foram acionadas, mas encontraram Elivelton já ferido dentro do carro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o irmão da vítima relatou que estava em casa com a esposa quando ouviu os disparos. Pouco depois, uma vizinha informou que Elivelton estava ferido dentro do carro.

Os policiais perguntaram ao familiar por que Elivelton estava dentro do veículo, e o irmão da vítima respondeu que ele costumava dormir no carro. Segundo o registro policial, o irmão afirmou que o rapaz sempre se envolvia em confusões e já havia sido vítima de uma tentativa de assassinato em 2019.

As equipes policiais também conversaram com vizinhos, que relataram ter visto uma motocicleta saindo em alta velocidade do local logo após os disparos.

Ainda segundo a denunciante, ela ouviu informações de que Elivelton teria cometido alguns crimes, como furtos e roubos, na cidade, e que sempre se envolvia em confusões quando consumia bebida alcoólica. A vizinha também informou aos policiais que era comum ver o homem sentado em frente à sua casa, conversando sozinho.

Além da Polícia Civil, equipes da Perícia Técnica também estiveram no local do crime para apurar as circunstâncias e a motivação. O caso foi registrado como homicídio simples na Delegacia de Polícia Civil do município.

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Reintegração de posse

Aeroporto de Campo Grande: Aena solicita reforço policial para despejo em estacionamento

Concessionária rompe contrato de estacionamento no Aeroporto de Campo Grande e cobra R$ 2,1 milhões; permissionário, que está com câncer, alega impacto da pandemia

04/11/2024 15h14

Aena briga na Justiça com antiga gestora do estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande

Aena briga na Justiça com antiga gestora do estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande Reprodução

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A Aena Brasil e a GJ de Souza Júnior Serviços - ME travam, desde o início deste ano, uma disputa por um dos espaços mais nobres do Aeroporto Internacional de Campo Grande: o estacionamento localizado em frente ao terminal de embarque.

A concessionária, estatal espanhola que passou a ser responsável pela gestão do aeroporto da capital de Mato Grosso do Sul em 2023, tem em mãos uma liminar concedida no mês passado para que a empresa que ocupa o estacionamento desde 2020 seja despejada.

Desde o dia 23 de outubro, obteve autorização do juiz Thiago Nagasawa Tanaka para realizar o despejo à força, com reforço policial e ordem de arrombamento, da empresa que administra o estacionamento.

A concessionária do aeroporto alega que o permissionário do estacionamento deve mais de R$ 2,1 milhões, montante que corresponde às outorgas em atraso (a maioria nunca foi paga) e ao percentual de 40% sobre o faturamento que deveria ter sido repassado à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e, agora, à Aena.

Aena briga na Justiça com antiga gestora do estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo GrandeEstacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande/Gerson Oliveira

Por outro lado, a empresa que administra o estacionamento em frente ao terminal de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande recorre a uma ação revisional, em que solicita a revisão do contrato de concessão firmado com a Infraero em 2020, alegando que ele foi praticamente descumprido. A empresa também afirma que, mesmo após mais de quatro anos da chegada do novo coronavírus, ainda sofre os impactos da pandemia.

Foi anexada ao processo uma fotografia do proprietário da empresa, Francis Fernandes Júnior, internado no início de outubro no Hospital Proncor para tratamento de câncer.

Em primeira instância, o magistrado da 2ª Vara Cível de Campo Grande, Thiago Nagasawa Tanaka, não acatou os pedidos de reconsideração da liminar com base nos argumentos apresentados e manteve a ordem de despejo.

"Não obstante, houve a concessão de prazo voluntário para a parte requerida desocupar a área ou adotar outras eventuais medidas que entendia cabíveis, a fim de evitar maiores prejuízos", afirmou o magistrado. 

A Aena Brasil, que criou uma sociedade de propósito específico (SPE) para administrar os aeroportos de Campo Grande, Congonhas (SP), além de outros em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, insiste na reintegração de posse do estacionamento ocupado pela empresa de Francis Fernandes Júnior.

Até a manhã desta segunda-feira, o estacionamento continuava funcionando normalmente e cobrando pelo uso dos automóveis que desejam estacionar no local.

Outra parceira

Em meio a briga na Justiça com o antigo administrador do estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande, a Aena já firmou contrato de parceria com a Estapar, uma das líderes em administração de estacionamento Brasil afora. 

“O estacionamento do Aeroporto de Campo Grande receberá investimentos para aumentar a comodidade e segurança dos usuários, com a criação de 50 vagas cobertas para carros e motos, além de uma área dedicada exclusivamente a caminhonetes, com vagas maiores para esse tipo de veículo”, informou a Aena. 

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