Cidades

AJUDA

Confeiteiro pesa 300 kg e aguarda
há cinco anos por cirurgia do SUS

Desenganado, Fabiano quer juntar dinheiro para comprar balão gástrico

VALQUÍRIA ORIQUI

07/12/2016 - 15h58
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Há aproximadamente um mês sem conseguir permanecer por mais de 15 minutos em pé ou sentado, Fabiano Ferreira, de 36 anos, que há seis descobriu que sofre de erisipela - doença infecciosa aguda, caracterizada por uma inflamação da pele, aguarda há cinco anos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia do estômago, consequentemente perder peso e, então, poder operar a perna afetada.

Por conta do inchaço e das crises que a doença desencadeia, como dor de cabeça, febre, náusea e dor na perna, o confeiteiro, que hoje pesa 300 quilos, por orientação médica parou de trabalhar, passa a maior parte do dia deitado e depende da mãe, a dona de casa Izildinha Ferreira, de 61 anos, para desempenhar algumas tarefas.

As refeições são elaboradas pela mãe, que leva o alimento congelado ao filho, que mora sozinho no Bairro Los Angeles, em Campo Grande. Há dois anos, Fabiano descobriu que sofre de hipotireoidismo - disfunção na tireoide, glândula que regula importantes órgãos do organismo, que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

Ao Portal Correio do Estado, a mãe de Fabiano contou que o filho corre risco de morte caso não faça a cirurgia da perna. “O médico falou que para ele poder operar, primeiro precisa perder peso [de 80 kg a 100 kg]. Para isso, ele precisa colocar um balão gástrico. É feito via endoscopia”, explicou.

Sem muita esperança, há quatro meses entrou para a fila do SUS a espera por um balão gástrico. “Se já estou na fila [do SUS] há cinco anos aguardando uma cirurgia de redução do estômago, imagina quanto tempo vou ter que esperar pelo balão?”, questiona o confeiteiro.

DESCASO

Conforme ele, todas as vezes que pergunta sobre o andamento do processo da cirurgia, o SUS fala que perdeu a documentação. “Quando vou tentar saber sobre previsão de ser operado, o SUS alega que não estou na fila e fazem o cadastro novamente. Isso já aconteceu cinco vezes”.

Indignado com o descaso do serviço público de saúde, Fabiano vê como uma das alternativas, comprar o balão gástrico, que custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Não temos condições de comprar, por isso precisamos de ajuda. Com o balão em mãos levamos para um médico apto colocá-lo”.

LUTA CONTRA A BALANÇA

A mãe conta que o filho já nasceu acima do peso. “Ele nasceu com quatro quilos. Desde então, nunca perdeu nem um grama, apenas ganhou”, relatou. A luta contra a balança é constante. A cada regime que Fabiano faz consegue perder até 20 quilos, pouco em vista dos muitos que ele ainda precisa perder para poder ser operado.

Apesar das dificuldade, Ilza destaca que Fabiano não perde o humor. “Ele fala para as crianças que se desobedecerem vão ficar gordas igual a ele”. Diante do ganho de peso no decorrer dos 36 anos, Fabiano teve que enfrentar as "piadas" dos amigos na adolescência. “Nunca levei ao médico, não imaginava que ele iria chegar nesse peso. Das vezes que fez os exames, nunca acusou nenhuma alteração no organismo”.

SOBRE A DOENÇA

De acordo com o médico clínico geral Renato Figueiredo, a erisipela é uma infecção causada por bactéria que pode atingir a parte mais profunda da pele. “Ele não tem erisipela, ele pega. Obesidade e problemas como dificuldade na circulação linfática podem ter causado o inchaço na perna do rapaz”, explicou o médico.

Para Renato, um dos meios de cura para Fabiano seria a perda de peso. “O certo é emagrecer, para poder operar e assim ser tratado da doença. Já que o excesso de peso dificulta a cura da erisipela”, pontua.

O médico faz um alerta para que a doença seja tratada assim que percebida. “Quando perceber a perna inchar e ficar vermelha, tem que procurar um médico rapidamente, pois a pessoa pode ter uma infecção generalizada que pode levá-la até a morte”, finaliza.

AJUDA

Desesperada, a família corre contra o tempo para tentar comprar o balão gástrico. Quem quiser contribuir com qualquer quantia pode depositar na conta poupança de Izildinha F Ciriaco, na Caixa Econômica Federal: Agência 0017 - 013 (poupança) conta: 00042702-5.

TRANSPORTE COLETIVO

Campo Grande: motoristas retomam negociação, mas risco de paralisação permanece

Categoria espera sucesso em mais uma rodada de negociação nesta segunda; ameaça de paralisação se mantém para esta semana

24/11/2024 15h40

Motoristas do Consórcio Guaicurus  haviam programado uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira (25).

Motoristas do Consórcio Guaicurus haviam programado uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira (25). Foto: Gerson Oliveira

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Após adiarem a paralisação anteriormente marcada para ocorrer na próxima segunda-feira (25), os motoristas de ônibus de Campo Grande devem retomar as negociações com o Consórcio Guaicurus a partir de amanhã. No entanto, sem um reajuste salarial, a possibilidade de uma greve não é descartada entre a classe.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira, a expectativa dos motoristas é que as negociações com a concessionária tenham finalmente uma definição nesta segunda-feira (25). Contudo, segundo o presidente, o acordo só deve ser firmado caso todas reivindicações iniciais sejam cumpridas. 

“Esperamos que amanhã tenha uma definição. Caso não tenha um acordo, durante a semana com certeza devemos fazer a paralisação. As reivindicações são as mesmas, reajuste salarial e benefícios. Não mudou nada”, explicou Demétrio ao Correio do Estado

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Paralisação 

No dia 21 de novembro, uma quinta-feira, os motoristas do Consórcio Guaicurus programaram uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira, dia 25 de novembro. 

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se torna um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Atualmente, cerca de 1.100 profissionais reivindicam um reajuste salarial de 8%, sob justificativa de que a inflação tem ‘corroído’ seus ganhos, atualmente fixados em R$ 2.749,00. Além disso, a categoria busca um aumento no valor do ticket alimentação, que hoje é de R$ 250,00, para R$ 350,00.

Em contrapartida, o Consórcio Guaicurus, por sua vez, argumenta que a proposta apresentada, com um reajuste de 4% e outros benefícios, já é satisfatória, em razão do cenário econômico atual e das dificuldades enfrentadas pelo setor.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Willian Alves, desde o dia 25 de outubro está encerrada a data base da categoria e não houve indicativo de aumento.

Quais são os benefícios?

  • Vale gás mensal, já que hoje o benefício é ofertado mês sim, mês não;
  • Aumento de R$ 100 no vale alimentação, que iria de R$ 250 para R$ 350;
  • Reajuste de 2% na Participação nos Lucros, que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses;
  • e ampliação na cobertura da assistência à saúde.
     

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79. 

No entanto, o processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada.

Colaborou Daiany Albuquerque*

 

Investigação

Homem morre esfaqueado após discussão em posto de combustível

O autor do crime foi descoberto e, até o momento, não foi encontrado. Ele foi identificado pela polícia por meio das câmeras de segurança do local, que registraram a discussão seguida da morte

24/11/2024 14h30

Delegacia de Polícia Civil de MS

Delegacia de Polícia Civil de MS Divulgação/ PCMS

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Elton Jaqson Ferreira Lopes, de 27 anos, foi morto às facadas na madrugada deste domingo (24), na varanda de um posto de combustível em Eldorado, a 441 quilômetros de Campo Grande. O autor do crime foi descoberto e está sendo procurado pela polícia.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima estava em um posto de combustível quando foi encontrada com o suspeito no pátio do estabelecimento.

Ainda conforme relatos de testemunhas no boletim de ocorrência, o suspeito foi encaminhado por Elton e iniciou uma discussão ríspida entre os dois. Durante a briga, o autor, armado com uma faca, desferiu vários golpes contra a vítima, que morreu no local. Após cometer o crime, o suspeito fugiu do estabelecimento.

Equipes da Polícia Civil foram acionadas e, durante as investigações, tiveram acesso a imagens das câmeras de segurança, nas quais o autor foi identificado como José Carlos Lopes da Cruz, de 34 anos.

Com as informações em mãos, os policiais se dirigiram aos endereços relacionados ao suspeito, mas não o encontraram. No imóvel, os agentes da Polícia Civil encontraram fotos do autor que correspondiam às imagens identificadas pelas câmeras de segurança.

Conforme informações da Perícia Técnica, a vítima foi esfaqueada no peito, na mão e nas costas, totalizando cinco facadas.

O caso foi registrado na delegacia do município, e as investigações foram iniciadas na busca pelo paradeiro do suspeito, que segue foragido.

 

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