Cidades

TRÊS LAGOAS

Promotor cobra punição a agressor de cavalo; protetora denunciou caso

Protetora de animais afirma que animal foi agredido com pedaço de madeira

GISELE MENDES, DE TRÊS LAGOAS

06/12/2016 - 18h10
Continue lendo...

O promotor de Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, encaminhou ofício ao delegado regional, Rogério Market, solicitando que seja instaurado inquérito policial para investigar e punir o responsável por maltratar um cavalo, na Lagoa Maior, no último sábado (3), em Três Lagoas.

Conforme o promotor, agredir e maltratar animais é crime e esta previsto no artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais. 

O caso ganhou grande repercussão após Charlene Santana Bortoleto postar foto na página do Facebook “Protetora dos Animais de Três Lagoas”. Ela chegou ao local através de denúncia e presenciou o dono do animal, um adolescente de 16 anos, possivelmente alcoolizado, tentar retirar o animal da Lagoa Maior, onde ele foi beber água e acabou se deitando.

De acordo com post feito pela protetora, o jovem tentou tirar o cavalo da lagoa a força e usou um pedaço de madeira para agredi-lo. O animal foi um dos vários que participaram da tradicional Cavalgada realizada no município todo ano. “É isso o que acontece com esses animais, em eventos como esses”, desabafou.

Em nota, a Associação SMT Cultural Sertaneja, responsável pela organização da Cavalgada, informou que repudia esta ação de maus-tratos e que a agressão foi registrada após encerramento do evento. 

A Associação informou ainda que oferece todo o respaldo aos animais e que, durante o percurso, além de um veterinário responsável, a comissão conta com o apoio de fiscalizadores que fazem o trajeto a pé para orientar e repreender qualquer tipo de atitude fora do previsto.  

Renato Carrato, médico veterinário e responsável pelo laboratório que realiza os exames dos animais, explica que o “cavalo deita com a traia“, termo usado pelos peões, quando chega a um leito d’água. “O cavalo gosta de tomar banho, é normal. O errado, neste caso divulgado, é a atitude do cavaleiro agindo com violência”, esclarece Renato. A organização do evento reforça que é contra qualquer tipo de violência e, por sua vez, explica que não pode responder pelas atitudes dos cavaleiros depois que eles se dispersam. 

“São participantes que amam os animais, que vivem na lida do campo. Não é justo generalizar e colocar em debate a organização e responsabilidade de um evento que já acontece há 16 anos, por conta da irresponsabilidade de uma pessoa”, finaliza o presidente da Associação SMT Cultural Sertaneja, Adilson Ferreira. 

16ª. Cavalgada Sul-mato-grossense

O tradicional evento realizado no último dia 3 é o resgate da cultura sertaneja. Milhares de cavaleiros e amazonas participaram da cavalgada com a presença de mais de 30 comitivas de Três Lagoas e cidades e estados vizinhos. Os participantes, a maioria uniformizados, como de costume, ajudam a resgatar a cultura do homem do campo. 

MATO GROSSO DO SUL

Motorista foge sem prestar socorro ao matar homem atropelado

Acidente aconteceu na zona rural de Campo Grande, na noite desta quarta-feira (20); vítima tinha 59 anos e andava com uma pulseira de atendimento médica no pulso no momento do ocorrido

21/11/2024 14h30

Homem, de 59 anos, morreu atropelado e condutor do veículo fugiu sem prestar socorro

Homem, de 59 anos, morreu atropelado e condutor do veículo fugiu sem prestar socorro Foto: Freepik

Continue Lendo...

Um homem, identificado como Joaquim Alves Cordeiro, de 59 anos, morreu após ser atropelado em uma zona rural de Campo Grande e o motorista fugir sem prestar o devido socorro, na noite desta quarta-feira (20).

Com o ocorrido, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi até o local e encontraram o corpo caído no chão. Junto a ele, uma pulseira de atendimento médico, cujo havia seu nome nela, estava no pulso da vítima. Mesmo com a chamada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o homem já estava sem vida quando a ambulância chegou.

Na apuração da perícia, a indicação é que a vítima transitava a pé pelo local, quando o veículo, que vinha sentido Sidrolândia-Campo Grande, o atropelou. Como ainda não há maiores detalhes, os agentes policiais irão chegar se a câmera de segurança de uma borracharia próxima conseguiu captar o momento do ocorrido, sendo possível identificar o automóvel e o autor do crime.

O caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol).

Penas

Assim como prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), omissão de socorro e fuga do local do acidente são crimes garantidos por lei. Porém, mesmo que muitas pessoas confundam há diferença nos conceitos e, consequentemente, alterações nas penas.

Omissão de socorro (artigo 304): "Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública", sob pena de reclusão de seis meses a um ano, ou apenas multa se o ocorrido não tiver um elemento mais grave.

Fuga do local do crime (artigo 305): "Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída", também sob pena de reclusão de seis meses a um ano, ou apenas multa.

Crimes no trânsito em MS

Segundo levantamento obtido no banco estatístico disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Mato Grosso do Sul registrou, de janeiro a agosto, 2.721 ações na justiça em razões de crimes no trânsito, uma média de 11 ações por dia.  

Dentre os mais comuns estão: homicídio culposo na direção de veículo automotor; lesão corporal culposa na direção de veículo automotor; omissão de socorro; fuga do local de acidente; conduzir veículo automotor sob influência de álcool ou substância psicoativa; racha; e dirigir sem permissão ou habilitação.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Lula adia visita e demarcação de terra indígena fica para dezembro em MS

Presidente era esperado já no próximo dia 25 para oficializar repasse de terra indígena

21/11/2024 14h15

Presidente em agenda com Ministra Sonia Guajajara e indígenas guarani-kaiowá em agosto deste ano

Presidente em agenda com Ministra Sonia Guajajara e indígenas guarani-kaiowá em agosto deste ano Foto: Redes Sociais

Continue Lendo...

Esperado em Mato Grosso do Sul já ná próxima segunda-feira (25) para oficializar a demarcação da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Antônio João, o presidente Lula deve comparecer ao Estado somente entre os dias 4 e 5 de dezembro, fator que adia a oficialização de entrega da terra.

Conforme informação apurada pelo Correio do Estado junto à bancada federal por meio do Deputado Vander Loubet (PT), a previsão inicial destacada pelo Governo Federal não se confirmou e o presidente deve estar presente em MS apenas na primeira semana de dezembro.

Em abril, Lula veio a Campo Grande anunciar a ampliação das exportações de carne do Brasil para a China. Três meses depois, sobrevoou o Pantanal junto do Governador Eduardo Riedel (PSDB), além das ministras Simone Tebet e Marina Silva, respectivamente do Planejamento e Meio Ambiente, em virtude das queimadas do bioma.

O repasse 

No último dia (14), os fazendeiros Roseli Ruiz e Pio Silva foram os últimos a deixar a terra após a União finalizar o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional.

Anunciada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a retirada dos produtores encerrou um ciclo de conflitos de 27 anos entre fazendeiros e indígenas, uma vez que o pagamento torna a terra de 9.317,216 hectares propriedade da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Em acordo indenizatório histórico realizado em setembro último, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia determinado que a área é território ancestral indígena, imbróglio iniciado em 2005.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.

Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua. O Estado deverá efetuar, em depósito judicial, o montante de R$ 16 milhões, também a serem pagos aos proprietários, repasse que deve ser concluído até o fim de 2026.

Assine o Correio do Estado  
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).