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Completo e com bom desempenho, Grand Siena faz jus ao preço alto

Completo e com bom desempenho, Grand Siena faz jus ao preço alto

ig

26/03/2012 - 03h00
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Finalmente, os mistérios acabaram. Tal como o final de uma novela ou um tão esperado fechamento de um filme, a Fiat mostrou seu novo sedã "médio", o Grand Siena. O nome exalta as mudanças feitas pelo centro de design da marca, na Itália, e o crescimento - e, porque não, amadurecimento - de um dos carros mais importantes vendidos pela fabricante no Brasil e que carrega uma série de histórias desde 1997. Embora tecnicamente ainda seja um compacto, o modelo pode, sim, incomodar sedãs maiores.

São duas versões, Attractive (R$ 38.710) e Essence (R$ 43.470), e três tipos de motores, 1.4 Tetrafuel (R$ 48.210), 1.4 Evo e 1.6 16V E.torQ, sendo o último com opção de câmbio Dualogic (R$ 45.990). A Fiat, por sua vez, espera um mix de vendas dividido entre 70% dos modelos 1.4, 25% dos carros com bloco 1.6 16V e 5% com o propulsor Tetrafuel.

A versão antiga do Siena também continuará à venda como carro de entrada no segmento. O modelo 1.0 ganhou um belo desconto e caiu para R$ 31.180, enquanto o sedã com motor 1.4 passou a custar R$ 33.300. Assim, a Fiat pretende emplacar 110.000 modelos em 2012, sendo que 60% serão da nova geração e 40% da passada.

Todos estes números significam uma coisa: a Fiat não se importa em alcançar a primeira posição do segmento C1 (sedãs compacto). Em 2011, o líder Chevrolet Corsa Sedan, por exemplo, vendeu 125.785 unidades. Então, porque não tentar bater os concorrentes? O diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos, explica: “não queremos saber da primeira posição”, disse Ramos. “O que importa é ser líder de mercado”, completou o diretor, explicando o porquê da perspectiva abaixo do líder.

Mirando o futuro

Conforme explicou o presidente da Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, a arrojada meta da marca é vender 6 milhões de veículos no Brasil até 2014. Isso sem falar no investimento pesado nas terras tupiniquins, “serão R$ 10 bilhões injetados para novos produtos, processos e tecnologias”, disse Belini. “Além da nova fábrica que será construída no estado do Pernambuco”, completou.

Para completar, o chefão da fabricante italiana prometeu que, ainda em 2012 serão 20 lançamentos. Estes, divididos em novos modelos, facelifts e aqueles pacotes e kits que bem conhecemos.

Ao volante do Grand Siena

Para responder esta pergunta, tivemos a oportunidade de fazer uma avaliação nas estradas de Santiago, no Chile, rodando aproximadamente 25 km com as versões Attractive 1.4, Essence 1.6 16V manual e Dualogic - o modelo com motor Tetrafuel não estava disponível.

Por R$ 38.710, o Grand Siena Attractive mostra que o segmento está cada vez mais caro. Mais requintado? Sim. Mais completo? Também. Porém, quem sofre com estas mudanças tão esperadas é (como sempre) o consumidor.

Pode até parecer o contrário, mas o motor 1.4 Evo, com seus 88 cv e 12,5 kgfm de torque, dá conta do recado. Por ser um carro leve (1.094 kg) o Grand Siena não sente tanto o motor mais fraco. Uma prova disso é que, segundo a Fiat, ele faz de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos com etanol e consome 9,5 litros de combustível por quilômetro. Nada mal para o uso urbano.

O câmbio manual também recebeu alterações. Aquela transmissão “mole” e ruim de engatar da versão passada do Siena deixou de existir e foi substituída por uma caixa mais justa, com trocas bem acertadas. Isso também aconteceu com o modelo equipado com o motor 1.6 16V.

Falando nisso, a variação mais completa do Grand Siena ficou ainda melhor. O bloco de 117 cv e 16,8 kgfm de torque (etanol) casou muito bem com o câmbio manual. Na estrada, por exemplo, foi fácil notar que o três volumes não se acanha na hora das ultrapassagens. Infelizmente, a versão Essence já começa a ficar (mais) salgada. Mas, a Fiat rebate os R$ 43.470 cobrados no sedã com o bom pacote de acessórios oferecidos.

Outro ponto negativo é a insistência da marca com o câmbio Dualogic. É claro que em comparação com os primeiros carros que receberam a tecnologia, as mudanças foram significativas até aqui. Porém, o Grand Siena Essence Dualogic padece dos trancos e “confusões” da transmissão automatizada. Pagar R$ 45.990 num carro automático que trabalha melhor no modo de trocas sequencias não é muito negócio, não é?

Os materiais utilizados pela Fiat no painel e os tecidos dos bancos mostram o quanto a marca percebeu que a versão anterior do Siena era “pobre” por dentro. Agora, todos os modelos ganharam um acabamento mais caprichado, com menos rebarbas e folgas entre as peças.

O volante e o console lembram bastante o novo Palio e todos os comandos têm fácil acesso para o manuseio. As diferenças da nova plataforma também podem ser notadas com o bom espaço para a cabeça do motorista (tenho 1,86 m e altura). Quem viaja atrás não sofre mais com todo o aperto do antigo Siena, em suma a distância entre os joelhos e o assento dianteiro é honesta.

Então vale a pena?

Os sedãs compactos não são mais aqueles carros acessíveis voltados para quem procurava economia e espaço. Eles estão ficando cada vez mais caros e sofisticados. A versão Attractive vem bem equipada e mesmo sem ar-condicionado de fábrica, pode ser mais vantajosa do que os concorrentes do Grand Siena – além de bem mais bonita.

Quando partimos para o pacote Essence, a conversa muda. Tudo bem que ele é “completasso”, vem com rodas aro 16 contra 14 do Attractive e o motor 1.6 16V tem mais potência e torque para a família. Mas, o preço está alto. Se essa diferença de 10% nos valores faz diferença, o negócio é ficar com o Attractive: você passa calor, mas está seguro. Se o dinheiro não é tudo, um Grand Siena Essence manual é hoje a melhor escolha do segmento. 

Nova data

"Enem dos concursos" será divulgado em fevereiro de 2025; 33,9 mil inscritos são de MS

Mudança ocorreu em virtude de uma decisão judicial que determinou reintegração de candidatos eliminados por falhas

21/11/2024 17h10

Divulgação foi adiada após falhas nas orientações dadas durante o exame

Divulgação foi adiada após falhas nas orientações dadas durante o exame Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A divulgação dos resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, prevista para esta quinta-feira (21) foi adiada para 11 de fevereiro de 2025 pelo Governo Federal.

O adiamento ocorreu em virtude de uma decisão judicial que determinou a reintegração de candidatos anteriormente eliminados por falhas no preenchimento de informações no cartão de respostas. Ao todo, 33.909 mil pessoas se inscreveram em Mato Grosso do Sul.

O concurso, aplicado em 18 de agosto, oferta 6.640 vagas em 21 órgãos públicos. A Justiça Federal acatou ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que apontou inconsistências nas orientações dadas durante o exame.

“O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informa que a divulgação dos resultados finais do CPNU, inicialmente prevista em edital para o dia 21 de novembro, será ajustada. Um novo cronograma será divulgado amanhã (dia 21 de novembro)”, informou a pasta.

De acordo com o coordenador-geral de logística do CPNU, Alexandre Retamal, o novo cronograma terá um impacto financeiro adicional de cerca de 3,5% sobre o valor global do concurso, que foi de R$ 130 milhões, somada a repactuação realizada em razão das chuvas no Rio Grande do Sul em maio.

Segundo o MPF, fiscais informaram apenas a necessidade de transcrever uma frase da capa do caderno de questões, sem destacar a obrigatoriedade de marcar o número correspondente ao caderno de provas, entretanto, o edital previa eliminação apenas para quem não cumprisse ambas as exigências, o que, segundo o juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva, do TRF1 do Tocantins,  fator que impossibilitaria justificar exclusões.

A União argumenta que as eliminações seguiram as regras do edital. Em agosto, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que a marcação do caderno de provas não seria motivo de desclassificação.

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Coronel que comandou pelotão de MS é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Vale destacar que o Coronel já havia sido preso durante a Operação Tempus Veritatis, em 2024

21/11/2024 16h50

Romão Corrêa na passagem de Comando do 10º R C Mec, em dezembro de 2019

Romão Corrêa na passagem de Comando do 10º R C Mec, em dezembro de 2019 Divulgação Redes Sociais

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Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto.

Os indiciados foram acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O relatório das investigações foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Vale destacar que o Coronel Bernardo Romão já havia sido preso durante a Operação Tempus Veritatis, em 2024. Comandou também o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando.

Em fevereiro deste ano, o Coronel, que estava em Washington (EUA) para participar de um curso de defesa, foi alvo de uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito da Operação Tempus Veritatis.

Apesar da prisão estar prevista para 8 de janeiro, ela só foi realizada em 11 de fevereiro, quando ele retornou ao Brasil. Detido em Brasília, foi entregue à Polícia do Exército e permanece preso no Batalhão da Guarda Presidencial.

Romão, que atua como assistente do Comando Militar do Sul, em Goiás, é integrante dos Black Kids, um pelotão de elite do Exército Brasileiro, também esteve presente na reunião ocorrida em 28 de outubro, em Brasília, logo após o segundo turno das eleições, onde foram discutidos planos para um possível golpe.

As investigações da PF abordaram dois eixos principais: a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, identificaram a disseminação de notícias falsas sobre supostas fraudes nas eleições presidenciais, com o objetivo de legitimar uma eventual intervenção militar.

Os investigadores também encontraram indícios de envolvimento de Romão na chamada "milícia digital", conhecida popularmente como "gabinete do ódio", grupo responsável pela propagação de desinformação e discursos antidemocráticos.

Veja a lista completa dos indiciados, por ordem alfabética:

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros
  2. Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
  3. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin)
  4. Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha
  5. Amauri Feres Saad
  6. Anderson Lima de Moura
  7. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  8. Angelo Martins Denicoli
  9. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  10. Bernardo Romão Correa Netto
  11. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  12. Carlos Giovani Delevati Pasini
  13. Cleverson Ney Magalhães
  14. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  15. Fabricio Moreira de Bastos
  16. Fernando Cerimedo
  17. Filipe Garcia Martins
  18. Giancarlo Gomes Rodrigues
  19. Guilherme Marques de Almeida
  20. Helio Ferreira Lima
  21. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  22. José Eduardo de Oliveira e Silva
  23. Laercio Vergilio
  24. Marcelo Bormevet
  25. Marcelo Costa Câmara
  26. Mario Fernandes
  27. Mauro Cid, tenente-coronel do Exército ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  28. Nilton Diniz Rodrigues
  29. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
  30. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  31. Rafael Martins de Oliveira
  32. Ronald Ferreira de Araujo Júnior
  33. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  34. Tércio Arnaud Tomaz
  35. Valdemar Costa Neto, presidente do PL
  36. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
  37. Wladimir Matos Soares

Ramão Neto

O coronel, que comandou o 10º R C Mec, em Bela Vista, é apontado pela investigação como braço direito do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Romão Netto aparece como suspeito nas investigações como figura que articulava e incitava os militares a aderir ao golpe.

A reunião ocorreu por intermédio de Corrêa Neto, e contou com a presença de assistentes dos generais que supostamente seriam favoráveis ao golpe, assim como oficiais. Conforme trocas de mensagens trocadas, localizadas no celular de Mauro Cid, foram selecionados apelas militares que fazem parte das forças especiais (Kids Pretos).

No documento da polícia federal ele compunha o núcleo que tinha como objetivo que os militares aderissem ao golpe de estado.

Romão Corrêa na passagem de Comando do 10º R C Mec, em dezembro de 2019

Além disso, Romão Neto aparece dentro do âmbito do 'gabinete do ódio' estimulando que integrantes das Forças Armadas disseminassem notícias falsas, por meio das redes sociais, questionando lisura do processo eleitoral do país. Em conversas com Cid, a investigação aponta que a sugestão de medidas que atentam contra a democracia.

"Nesse sentido, observa-se a atuação do investigado BERNARDO ROMÃO CORREA NETO nas medidas direcionadas à disseminação de notícias falsas por integrantes das Forças Armadas em associação com outros membros do grupo criminoso para desacreditar o processo eleitoral".

Mensagens sobre a reunião para discutir o golpe:

Romão Corrêa na passagem de Comando do 10º R C Mec, em dezembro de 2019 Romão Corrêa na passagem de Comando do 10º R C Mec, em dezembro de 2019

Após a reunião com as Forças Especiais (FE) uma carta foi elaborada para ser encaminhada ao comandante do exército Freire Gomes com intuito de pressioná-lo a aderir ao golpe, intitulada como "Carta ao Comandante do Exército de Oficias Superiores da Ativa do Exército Brasileiro".

No "apagar" das luzes do governo do presidente Bolsonaro, precisamente no dia 30 de dezembro de 2022, foi enviado para fazer um curso até julho de 2025, o que levantou suspeita por parte da investigação de que teria sido uma tentativa de escapar de eventuais investigações. 

"Ressaltem-se, ainda, as considerações da autoridade no sentido de que BERNARDO ROMÃO CORREA NETO: foi designado para exercer missão no Estados Unidos - com ônus total para o Comando do Exército - na cidade de Washington, D.C. até junho de 2025. A permanência do investigado em solo estrangeiro por pelo menos mais um ano e meio, somada as circunstâncias da designação da missão, que somente foi publicada no fim do governo anterior (30.12.2022), demonstram fortes indícios de que o investigado agiu para se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal, fatos estes que justificam a decretação da prisão preventiva".

***Colaborou Laura Brasil***

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