O inglês Lewis Hamilton, da McLaren, foi punido pelos comissários da FIA após o GP de Mônaco com o acréscimo de 20s ao tempo obtido na prova. O piloto, contudo, não teve a sexta colocação ameaçada pelo alemão Adrian Sutil, da Force India, sétimo colocado. Ao comentar a punição, Hamilton insinuou ser alvo de racismo.
"Foram seis provas e em cinco oportunidades fui julgado pelos comissários. Isso é uma piada. Talvez isso esteja acontecendo porque sou preto. Pelo menos é o que diria Ali G [personagem interpretado pelo comediante britânico Sacha Baron Cohen]", disse à BBC.
A punição foi por causa de um choque entre o piloto inglês e o venezuelano Pastor Maldonado, da Williams, nas últimas voltas, quando a prova foi retomada após cerca de 10min de paralisação por causa do acidente sofrido pelo russo Vitaly Petrov (Renault) --que também teve participação do inglês da McLaren.
Hamilton e Maldonado disputavam a sexta posição, mas com o choque entre os carros o piloto venezuelano acabou perdendo o controle do carro e batendo. Com isso, teve de abandonar a prova e perdeu a chance de pontuar pela primeira vez no Mundial de F-1.
Durante a prova Hamilton já havia sido punido com o drive through por manobra considerada irregular durante uma disputa com o brasileiro Felipe Massa (Ferrari). Os dois acabaram se tocando e Massa levou a pior, abandonando a prova pouco depois.
"Massa me tocou na qualificação e eu fui penalizado. Ele me fechou [na prova] e eu fui penalizado", defendeu-se Hamilton.
No sábado, Hamilton foi punido no treino por uma manobra irregular na última volta. Na ocasião, ele, que obteve a sétima colocação no grid de largada, perdeu três posições por cortar uma chicane.
"Se eu tivesse feito algo errado, faltado com fair play, eu admitiria, mas não é o caso", disse. "Vou tentar manter minha boca fechada e aproveitar o resto da temporada", disse.