Política

RECONSTRUÇÃO DA CREDIBILIDADE

Na política, o PT deu tudo a Delcídio: dois mandatos

Na política, o PT deu tudo a Delcídio: dois mandatos

adilson trindade

25/01/2011 - 00h00
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Além da reconciliação com o ex-governador José Orcírio dos Santos, há entendimento dentro do PT que o senador Delcídio do Amaral vai precisar reconstruir dentro do partido a sua credibilidade política. A postura apartidária adotada nas eleições ficou muito ruim quando apoiou rivais históricos em prejuízos ao PT e seus aliados. "Uma coisa o Delcídio tem de entender: O PT deu tudo o que ele tem na política, que é o mandato de senador", comentou o deputado federal Vander Loubet. O PT foi buscá-lo para os seus quadros depois de ele encontrar as portas fechadas no PFL, no PMDB e PSDB. E quando tentou sair do PT para concorrer ao Governo do Estado nas eleições de 2006 pelo PSDB, Delcídio foi vetado pela senadora Marisa Serrano, a maior estrela do partido em Mato Grosso do Sul.

Rejeitado pelos grandes partidos, o único que escancarou as portas para a sua entrada foi o PT. Delcídio, na época imaginava estar filiado ao PSDB e depois descobriu que a sua ficha não tinha sido encaminhada à Justiça Eleitoral.

Na dura disputa eleitoral com grandes lideranças políticas do Estado, Delcídio saiu da lanterninha com apoio da militância do PT e de amigos para conquistar o Senado, derrotando surpreendentemente o mito da política estadual, ex-governador Pedro Pedrossian. "Hoje, Delcídio despreza a militância e jogou todos os amigos para fora", comentou um petista, que preferiu o anonimato para não atrapalhar o esforço de mais uma tentativa de reaproximação do senador com o ex-governador José Orcírio dos Santos.

Outro problema apontado no senador é se iludir facilmente com os acenos do PMDB e do DEM. O deputado estadual Paulo Duarte é da opinião que o "DEM não vai largar o osso nem a pau". Ele não tem dúvida de que os democratas se unirão ao PMDB em 2012 para derrotarem mais uma vez o PT na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. "Depois que o partido (DEM) assume o poder, esquece. Este tipo de acordo: vou agora e depois você vai, não acredito nisto na política", declarou Paulo Duarte. Ele disse ainda ter defendido a candidatura de José Orcírio nas eleições de 2010 "para não deixar o PT acabar no Estado, como pode acabar em Dourados".

Sem alma
Delcídio foi duramente criticado por representantes de algumas correntes petistas, como os deputados Paulo Duarte e Pedro Kemp, por ser um dos principais articuladores da aliança do PT com o DEM, PMDB e PSDB nas eleições em Dourados. "O que a gente nota é que Delcídio tem a carcaça do PT, mas não tem a alma do PT", comentou outro petista, também preferindo não se identificar.

Como o senador Delcídio do Amaral não tem grupo forte dentro do partido, é aconselhado a ter humildade para fazer mea culpa e passar a ter postura partidária. A preocupação do deputado federal Vander Loubet é justamente convencer Delcídio de ser mais partidário nas suas ações políticas. Hoje, o senador faz muito mais para os adversários e isto acaba prejudicando o partido. Para algumas lideranças petistas, se o senador não mudar a postura, corre o sério risco de perder a eleição dentro do PT para viabilizar os seus projetos eleitorais.

Justiça

Zanin mantém regra de 30% de recursos para candidaturas negras

Ministro rejeitou ação da PGR que pedia nova interpretação

06/09/2024 22h00

Foto: Divulgação

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin decidiu nesta sexta-feira (6) manter a destinação de 30% dos recursos dos fundos de campanha e partidário para candidaturas de pessoas negras (pretos e pardos) às eleições municipais de 6 de outubro.

Por meio de decisão individual, Zanin rejeitou uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para dar nova intepretação para regra, que foi aprovada pelo Congresso na Emenda Constitucional 133/2024.

A PGR pretendia garantir a interpretação de que o percentual de 30% não é um limite, mas um quantitativo mínimo, que não pode ser reduzido.

Ao analisar a questão, Zanin entendeu que as alegações da PGR são "equivocadas" e podem provocar a suspensão da destinação dos recursos para as candidaturas.

O ministro também afirmou que as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que trataram da questão antes da aprovação da emenda constitucional, não estabeleceram um limite mínimo para os repasses. Dessa forma, não houve retrocesso, segundo Zanin.

"Importante reconhecer que, ao promulgar a EC 133, na parte em que impôs a destinação de 30% de recursos às candidaturas pretas e pardas, o Congresso Nacional deu concretude ao princípio da igualdade material, em benefício do grupo historicamente com menor representação política, tendo atuado de forma colaborativa com o Poder Judiciário", concluiu o ministro.

Desfile

Forças federais atuam na segurança de desfiles de 7 de setembro

Em Brasília, Esplanada dos Ministérios estará sob monitoramento

06/09/2024 19h00

Desfile realizado em 2022

Desfile realizado em 2022 Foto: Marcelo Victor

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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), forças federais e estaduais atuam em conjunto nesta sexta-feira (6) e no sábado (7) para garantir a segurança durante os desfiles do Dia da Independência, em diversas partes do país.

A Abin mobilizou o centro de inteligência e monitoramento, em Brasília, para atuar de maneira integrada com as superintendências estaduais do órgão e com parceiros do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), com o governo do Distrito Federal e a Presidência da República. O objetivo é identificar ameaças e eventuais incidentes que possam colocar em risco a segurança de autoridades e demais participantes dos eventos.

Dentro da estratégia de segurança, as superintendências estaduais da Abin trabalham no envio de informações consideradas relevantes ao centro de inteligência, em Brasília.

Segurança da Presidência

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR) empregará cerca de 600 integrantes para garantir a segurança das autoridades federais durante o desfile cívico-militar neste feriado, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

De acordo com o GSI, o efetivo é maior do que em anos anteriores em função do aumento da extensão do desfile, com mais arquibancadas, exigindo o reforço do pessoal empregado.

Os militares integram o Comando Militar do Planalto, responsável pelas tropas sediadas no Distrito Federal, Goiás, Tocantins e no Triângulo Mineiro.

Atuação

Antes do desfile em Brasília, os agentes do GSI/PR farão uma varredura eletrônica e antibombas nos prédios da Esplanada dos Ministérios e arredores e ocuparão locais estratégicos para observação.

No dia do desfile, o GSI/PR controla as arquibancadas laterais e frontais mais próximas à tribuna das autoridades. Nessas arquibancadas, os convidados passam por rígido controle de acesso, via pórticos detectores de metais, após apresentação do convite de acesso. Todo o itinerário de deslocamento de autoridades é guarnecido por agentes de segurança.

Espaço aéreo

O espaço aéreo próximo à Esplanada estará interditado e somente drones cadastrados poderão voar na área central de Brasília. Bloqueadores de drones estáticos e móveis e armamento portátil antidrone serão acionados para proteger autoridades. As equipes do GSI/PR também utilizarão drones de vigilância, monitorados por agentes de análise de risco.

Toda a Esplanada estará sob monitoramento de segurança, por meio de câmeras de vigilância distribuídas em toda a avenida.

Trânsito

Os órgãos de segurança pública do Distrito Federal farão o controle de trânsito para acesso à Esplanada dos Ministérios, que a partir das 23h desta sexta-feira estará fechada para os veículos.

No sábado, os agentes controlarão o acesso à área de segurança, com revista do público para evitar a entrada no espaço de itens proibidos pelos órgãos de segurança pública.

Entre os itens proibidos para levar ao desfile da Independência, estão fogos de artifício e similares; artefatos explosivos; substâncias inflamáveis armas de fogo em geral; armas brancas ou qualquer outro objeto que possa causar ferimentos, mesmo que representem utensílios de trabalho ou culturais; armas de brinquedo, réplicas; latas, copos, garrafas, coolers e isopores; apontador a laser ou similares; bolsas e mochilas com mais de 100 cm na soma das dimensões dos três lados (altura, largura e profundidade); sprays e aerossóis; animais em geral, exceto cães-guias; entre outros.

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