A doença ataca toda a planta, principalmente no capítulo, já no início do florescimento, onde é mais visível no enchimento de grão, prejudicando a produtividade. Há lavouras em que não compensa a colheita.
Produtores mais precavidos, que conseguiram aplicar corretamente o fungicida igualmente amargam significativas perdas e iniciaram a colheita. Na média estima-se que a metade da produção está perdida.
A cultura do girassol na região custa ao produtor rural R$1.100,00 em média, o equivalente a 20 sc/ha. Uma lavoura bem conduzida, livre de pragas e doenças pode produzir 30 sc/ha.
As primeiras lavouras colhidas apresentam uma produção de 15 sc/ha. A expectativa é de que as mais tardias podem render mais ao produtor. A produção será menor, mas a qualidade do grão certamente será superior, já que as chuvas cessaram no final de junho e neste início de julho.
O paradigma existente de que o girassol é agente altamente proliferador do mofo branco não procede, segundo os técnicos. Outras culturas, mesmo de inverno, como a crotalária, nabo forrageiro, feijão, soja, algodão, entre outras, igualmente são vítimas da doença e contribuem para a multiplicação e contaminação dos campos pelo fungo, com exceção das gramíneas, como arroz, milho e capim.
Por Norbertino Angeli