Encontrar um tesouro enterrado no fundo do quintal de casa parece algo impossível, mas é o que aconteceu com operador de empilhadeira César Siqueira Assis, 30 anos. Há oito anos, ele deixou o emprego em uma fazenda de Jaraguari e mudou-se para Campo Grande. Com as economias que tinha comprou um terreno no Jardim Colúmbia, região norte da Capital, onde construiu a casa onde, sozinho, mora até hoje.
Foi então, que o inusitado aconteceu. “Quando fui construir a casa precisei comprar cinco caminhões de aterro, só que acabei não usando tudo e parte da terra ficou acumulada no fundo do quintal. No início deste ano, resolvi construir uma edícula nos fundos. Então, eu e meu primo começamos a espalhar a terra”.
César diz ter, nesse dia, encontrado 15 moedas brasileiras datadas de 1700 e 1600, e uma moeda do Japão. Ele conta que achou estranho, mas não se importou muito com aquilo. “Passado uns dias comecei a ficar intrigado com aquilo. Então, eu e meu primo resolvemos cavar o quintal”. O operador de empilhadeira relata que encontrou uma balde de plástico de cerca de 20 litros e que ao puxar o objeto, quilos de moedas começaram a cair.
Ele e o primo, Elizeu Santana, 36 anos, terminaram há poucos dias de contar as moedas, número que passa de 8 mil. Na coleção, a relíquia mais antiga é do Brasil, datada de 1532, e César já conseguiu identificar moedas de 15 diferentes países.
No balde havia ainda um envelope de plástico contendo algumas cédulas do “dinheiro” de diversos países. “Já procurei a Caixa Econômica Federal e dois museus de Campo Grande, todos dizem que eu tenho que fazer uma doação. Mas, eu queria mesmo é saber qual o valor disso tudo”.