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Pelas fronteiras do Estado, drogas, armas e munições

Pelas fronteiras do Estado, drogas, armas e munições

NADYENKA CASTRO E KARINE CORTEZ

30/11/2010 - 02h40
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Os 400 quilômetros de fronteira seca com Bolívia e Paraguai, países produtores de cocaína e maconha respectivamente, fazem de Mato Grosso do Sul passagem de armas e drogas que chegam até os grandes centros. Os traficantes adquirem seus produtos em cidades paraguaias e bolivianas que ficam próximas às sul-mato-grossenses Ponta Porã, Bela Vista e Mundo Novo. Entram no Brasil por estes municípios e por via terrestre, principalmente, chegam até São Paulo e Rio de Janeiro.

Para fazer os produtos chegarem até o destino, os traficantes utilizam diversos trajetos. “Não existe rota específica. Eles utilizam as rodovias oficiais, vias vicinais e às vezes passam até pelo meio do mato”, disse o inspetor Airton Motti Júnior, chefe do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo o inspetor, a droga vai direto para o local de destino e, em algumas vezes, para na Capital para mudar a camuflagem. “Se eles (os traficantes) não estão tão seguros que vai passar pela fiscalização, param em Campo Grande. Caso contrário, vão direto”, declarou Júnior.

A maioria das apreensões de maconha acontece em rodovias que dão acesso ao Paraguai e de cocaína, naquelas que chegam à Bolívia. No entanto, os traficantes têm usado rotas por território paraguaio para escoar o “pó branco” e, consequentemente, a droga é apreendida fora do trajeto principal.

Meios
As drogas e armas são levadas para os grandes centros em caminhões, carros, ônibus e até bicicletas. Neste último, cada “ciclista” chega a transportar 70 quilos de droga em determinados períodos da fronteira até Dourados ou Campo Grande, onde são colocados em outros veículos.

No caso de caminhões e carros, são camuflados em meio a cargas de soja, por exemplo, ou em fundos falsos dos carros de passeio, como por exemplo os 104 quilos de maconha apreendidos na madrugada de ontem, na BR-163, em Jaraguari, pela PRF. O veículo Gol era dirigido por um homem de 38 anos, que disse estar “viajando” pelo tráfico pela primeira vez.
Para mandar a droga por ônibus, os traficantes contratam pessoas comuns. As “mulas” levam os produtos nas bagagens, engolem o entorpecente ou colam ao corpo. Uma dessas pessoas contratadas pelo narcotráfico é um rapaz de 28 anos preso na noite de domingo pela PRF, na BR-163, em Jaraguari. Ele foi pego com pasta-base de cocaína e maconha em um ônibus que saiu de Campo Grande com destino a Cuiabá (MT). (NC e KC)

INTERIOR

Mulher passa por cirurgia após ser atingida por bala perdida no MS

Além da moça de 46 anos, um homem também foi encaminhado ao Hospital, após um dos disparos o atingir na perna; carro ficou marcado pelos tiros, que devem ter passado dos 15

21/12/2024 12h30

Carro envolvido no tiroteio ficou com marcas de balas

Carro envolvido no tiroteio ficou com marcas de balas Foto: Montagem

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Um tiroteio no Centro de Cassilândia, mais especificamente na Vila Izanópolis, deixou dois feridos, na tarde desta sexta-feira (20). Uma das vítimas é uma mulher de 46 anos, que estava transitando pela região na hora do acontecido e não havia sentido a perfuração.

Segundo informações, um dos feridos, um homem de 21 anos, disse aos policiais que passava de carro pelo local, quando viu um rapaz, conhecido como “Azul”, agredindo a namorada na frente de uma residência. Então, o homem, junto com outros dois que estavam no veículo com ele, teria tentado intervir.

Porém, o Azul estava com posse de uma arma e, ao tentar ser “parado” pelo trio, efetuou disparos contra eles. Além dele, um outro homem encapuzado estava envolvido no local. Com isso, vários tiros atingiram o carro, onde se encontrava o trio, batendo na traseira de uma carreta. Após a colisão, os homens saíram do carro e o deixaram no local.

Foi neste momento dos disparos que uma mulher, de 46 anos e ainda não identificada, estaria passando de moto pelo local e acabou sendo atingida na barriga. Ela só percebeu a perfuração quando olhou para a região do tórax e avistou o sangramento. 

A Polícia encontrou o carro e 15 cápsulas de tiro, todas elas de calibres 9mm e de .357. No carro também tinha dois aparelhos celulares, do qual foram apreendidos. Ambos os feridos foram encaminhados ao Hospital, mas a mulher precisou passar por intervenção cirúrgica e segue internada na Santa Casa.

Até o momento, os cidadãos que efetuaram os disparos não foram localizados e estão sob suspeita de terem fugido em direção a Serra. Também há a suspeita de os homens que estavam no carro também terem efetuado disparos, já que havia perfurações de balas de dentro para fora.

Tiroteio recente no MS

No último domingo (15), dois homens morreram e um ficou ferido após um tiroteio, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Informações preliminares apontam que estava acontecendo uma festa em uma residência localizada na Avenida Arquiteto Vila Nova Artigas quando, por volta das 22h, uma briga teve início em frente à casa.

Um homem, identificado como Alex Junior Zinatto, de 34 anos, teria ido até o carro, que estava estacionado na rua, quando vizinhos iniciaram uma discussão, cujo teor ainda não foi apurado. Alex teria sacado um revólver e tentado disparar contra o morador da residência, um homem de 41 anos identificado como Ronil Anderson Porto Negrão.

A arma teria falhado três vezes até efetuar um disparo, momento em que Ronil foi até o interior de sua casa, buscou um revólver, voltou para a rua e efetuou diversos disparos contra Alex, que já estava entrando na garagem para retornar à festa. Ele morreu no local.

*Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Golpistas usam celular do professor assassinado para pedir dinheiro

Por meio de grupos do WhatsApp, familiares do professor Roberto Figueiredo alertaram que bandidos estão pedindo doações para um memorial simbólico

21/12/2024 12h09

Reprodução Redes Sociais

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Cerca de sete dias após o assassinato do professor e ex-superintendente da Cultura de Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 63 anos, golpistas estão pedindo dinheiro com a justificativa de um “memorial simbólico”.

Por meio do WhatsApp, familiares avisaram que o celular do professor, morto a facadas na sexta-feira (13), ainda não foi recuperado e alertaram para que não façam doações, pois se trata de oportunistas tentando aplicar um golpe.

Entenda

Professor de História da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e ex-superintendente de Cultura de Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 68 anos, foi assassinado a facadas na última sexta-feira (13), dentro de sua própria casa, localizada na rua Bárbara de Paula Ribeiro, bairro Altos do São Francisco, em Campo Grande.

O suspeito, um adolescente de 17 anos, confessou o crime ao ser apreendido pelo Choque no mesmo dia do assassinato. O veículo do professor, um Jeep Renegade, foi recuperado, mas o celular não foi encontrado.

Cultura de MS em luto

Roberto, carinhosamente conhecido como "Beto" ou "Betinho", foi responsável pela formação de milhares de acadêmicos em Campo Grande, como bem destacou a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituição onde Figueiredo atuava há 39 anos, em sua nota de pesar.

Beto coordenava o grupo de teatro "Senta que o Leão é Manso", de dança "Ararazul", e de música da UCDB, com o "Corda", "Aves Pantaneiras" e "Coral UCDB".

Ministrou aulas em diversos cursos, como História, Design, Arquitetura e Gastronomia. Também foi coordenador dos grupos de teatro, dança e música da universidade, além de membro do Conselho Universitário da UCDB (Consu).

Fora do meio universitário, atuou como presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, e teve passagem como superintendente de Cultura da Capital. Pelo Estado, foi gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

** Colaborou Alanis Netto

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