A pílula projetada para tratar doença de Alzheimer pode ajudar compradores compulsivos a conterem seus hábitos devastadores. Durante um teste, pessoas que tomaram o medicamento passaram menos tempo fazendo compras e juntaram o dinheiro que gastavam por impulso. As informações foram divulgadas no Daily Mail. Mais de quatro em cada cinco vítimas são mulheres e seus problemas não estão apenas no fator de não resistir a um sinal de venda, mas sim em comprar coisas que não precisam e não podem pagar. Por isso, psiquiatras da Universidade de Minnesota, em Minneapolis, testaram um medicamento chamado memantina, normalmente prescrito para evitar a deterioração em pacientes com Alzheimer. Resultados dos ensaios clínicos mostraram que, depois de oito semanas, homens e mulheres que tomam a pílula reduziram a quantidade de tempo fazendo compras.
Em geral, os sintomas foram reduzidos pela metade, com a compra menos impulsiva e melhorias no funcionamento do cérebro ligado à impulsividade, pensamentos e comportamento. O estudo foi feito com pessoas entre 19 e 59 anos que foram diagnosticados com transtorno do compra compulsiva. Isso levou a elas sofrerem de angústia, uma incapacidade de desenvolvimento no trabalho ou socialmente e problemas financeiros.
A compra compulsiva afeta cerca de 5,8% dos adultos, de acordo com estudos. As pessoas das pesquisas guardaram quase 40 mil libras por ano, mas 61% da sua renda foram gastos em compras impulsivas, principalmente roupas. Ainda segundo a pesquisa, essas pessoas ficam até 38 horas por semana nas lojas procurando pechinchas. Os pesquisadores disseram que o gasto foi impulsivo, muitas vezes desencadeado por sinais de venda, necessidade de impressionar e o desejo de 'must have' (tem que ter).