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LONGEVIDADE

Médico indica menos remédio e mais espiritualidade contra a depressão

Médico indica menos remédio e mais espiritualidade contra a depressão

BEM ESTAR/G1

22/01/2017 - 11h23
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A receita, à primeira vista pouco ortodoxa para um psiquiatra, é do doutor Jorge Jaber, professor de pós-graduação em psiquiatria na PUC-Rio e pós-graduado em dependência química pela Harvard Medical School. Ele celebra a evolução dos medicamentos para os pacientes que usam antipsicóticos (doentes com esquizofrenia ou transtorno bipolar, por exemplo), mas alerta para o preocupante abuso na utilização de diazepínicos – os chamados “tranquilizantes” ou ansiolíticos – que podem vir a deteriorar a saúde mental e física. Ele lembra que dormimos menos com a idade, e exercitar-se pode ser o melhor agente para regularizar o sono, não os remédios que levam à dependência.
 
“Utilizar a medicação não é suficiente”, afirma. “É importante que a pessoa faça exercício, se envolva com atividades de ordem espiritual, ou ligadas à arte, que inclusive se tornaram mais acessíveis aos idosos. Somos o resultado de genética e meio ambiente. Não só isso vai alterar a resposta genética, como terá grande influência no sentido de criar um novo estilo de vida”.
 
O doutor Jaber aconselha também as técnicas de meditação, como o mindfulness, método criado para aliviar a ansiedade e o estresse. O objetivo é trazer a atenção para a respiração e as sensações corporais, como tensões musculares ou dores. O foco no que o corpo nos diz é o maior aprendizado na experiência do mindfulness, de forma que consigamos relaxar em qualquer ambiente. “A espiritualidade modifica o prognóstico da doença”, ensina.
 
Na sua opinião, um ponto de atenção é o número crescente de casos de depressão entre as mulheres mais velhas: “É frequente que se sintam sem um papel social definido, porque não têm uma carreira ou uma atividade gratificante. Além disso, os filhos cresceram e muitas se ressentem da falta de uma relação estável. O resultado é que deixam de enxergar possibilidades”.

 O diagnóstico obedece à observação de uma série de fatores: falta de interesse pelas coisas, problemas de memória, alteração no apetite e no sono (para mais ou para menos) e irritabilidade. Para o doutor Jorge Jaber, não se pode afirmar categoricamente que a envelhecimento está associado à depressão: “o que acontece é que, na maioria dos casos, essa depressão não foi corretamente diagnosticada no primeiro ou no segundo episódio. Depois, esses episódios vão se repetindo e se tornam o padrão na vida do paciente. E mais uma vez eu reforço: o exercício físico produz neurotransmissores que atuam na prevenção da depressão”.

Correio B+

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais

Especialista explica que a suplementação pode ser uma grande aliada da saúde, desde que usada com responsabilidade e embasamento científico.

31/03/2025 12h00

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais Foto - Pinterest

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Com a crescente busca por uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável, muitas pessoas recorrem à suplementação para suprir necessidades específicas do organismo. No entanto, a desinformação sobre o tema pode levar a erros.

Segundo Ana Beatriz Gaeta Yokoyama (CRN-3 23844), nutricionista da Endogen - healthtech especializada em produtos de nutrição clínica e de Cannabis medicinal -, os suplementos nutricionais são um complemento à alimentação, especialmente quando a ingestão de macro e micronutrientes não é suficiente apenas com a dieta. “A suplementação tem o objetivo de suprir parte das carências nutricionais do indivíduo”, explica.

Mas afinal, quem precisa de suplementos?

De acordo com a especialista, pessoas saudáveis podem recorrer a esses produtos para complementar a alimentação, desde que sob orientação profissional.

Indivíduos com deficiências nutricionais diagnosticadas também encontram na suplementação um aliado para a saúde. Já atletas e praticantes de atividade física podem se beneficiar para melhorar a performance.

Embora o organismo possa emitir sinais de carências nutricionais, como fadiga, queda de cabelo e unhas fracas, Ana Beatriz alerta que a necessidade de suplementação deve ser confirmada por exames laboratoriais periódicos e avaliação profissional.

O uso preventivo dos suplementos

Segundo a nutricionista, a suplementação, geralmente, é empregada para corrigir carências nutricionais, e não como prevenção. Dessa forma, a escolha do suplemento adequado deve ser feita com critério. “É importante consultar um profissional de saúde qualificado para a escolha do produto e seguir suas orientações de uso”, destaca.

Mitos frequentes

Os mitos em torno da suplementação nutricional também são comuns. Entre os mais populares estão a crença de que suplementos engordam, que podem ser usados por qualquer pessoa sem restrições e que seu uso elimina a necessidade de uma alimentação balanceada.

“O uso indiscriminado de suplementos pode trazer riscos, incluindo sobrecarga renal e hepática, além das interações com medicamentos. Por isso, a orientação profissional qualificada garante a segurança e eficácia no uso desses produtos”.

A nutricionista conclui enfatizando que a suplementação, quando usada com responsabilidade e embasamento científico, contribui para o equilíbrio nutricional e uma vida mais saudável.

Dentro deste contexto e com base em ciência e tecnologia para o bem-estar, a Endogen tem um amplo portfólio com produtos elaborados com ingredientes inovadores e eficácia comprovada, que auxiliam o as pessoas a viverem melhor, fortalecendo o sistema imunológico, e trazendo maior equilíbrio para enfrentar os desafios e pressões do cotidiano com mais disposição.

ARTE

Grupo Núcleo Fuga! traz o fino da dança urbana para as ruas de Campo Grande

Projeto de performance duracional concebido, dirigido e apresentado por Dora de Andrade, Bruna Reis e Gabriela Giannetti que revisita a plástica urbana por meio de contaminações poéticas entre diferentes linguagens artísticas

31/03/2025 10h00

Núcleo Fuga! chega às ruas do centro de Campo Grande com

Núcleo Fuga! chega às ruas do centro de Campo Grande com "SustentAção" Foto: Divulgação/Gabriela Zanardi

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O Núcleo Fuga! chega a Mato Grosso do Sul, por meio do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, para a apresentação de “SustentAção”, obra que unirá as linguagens da dança e da performance, pelas ruas do centro de Campo Grande, de hoje a quarta-feira, a partir das 15h30min.

“SustentAção” é uma resposta ao sistema misógino, violento e sexista e escancara urgências de muitas mulheres e corpos subalternizados. Além da apresentação da performance pública pelas ruas da Capital, mulheres e pessoas dissidentes de gênero (pessoas trans e não binárias) também podem participar de outra atividade artística do projeto, a “ConversAção”. Confira no box os locais das apresentações e das rodas de conversa previstas. Todas as apresentações são gratuitas.

Serão, no total, quatro apresentações no Estado, sendo duas em Campo Grande e duas em Dourados. Em Campo Grande, as apresentações terão como ponto de partida a Praça Ary Coelho, no Centro, e percorrerão as ruas do entorno. Todas as apresentações terão acessibilidade em libras e priorizarão trajetos acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida.

“SustentAção – Performance Duracional em Dança” acontece no espaço público urbano, no qual um trajeto da cidade é escolhido para ser percorrido em três movimentos coreográficos – Amparar, Apoiar e Vingar. A performance é realizada por três mulheres em relação a outras mulheres e a cidade, uma obra que propõe deslocamentos, acolhimentos, compartilhamento de forças e outras possibilidades de encontros e trocas, como estratégia de resistência e abertura de mundos.

O projeto também conta com a “ConversAção”, outra atividade gratuita que acontece também em duas sessões em cada cidade. Esta atividade tem como objetivo criar uma roda de conversa performativa que busca promover um espaço de escuta e de troca sobre experiências diversas de apoio e amparo entre mulheres e pessoas dissidentes de gênero.

A “ConversAção” está destinada especificamente às instituições, agrupamentos e coletivos que desenvolvam trabalhos com temas e práticas direcionados às mulheres e pessoas dissidentes de gênero. Na Capital, foi realizada uma sessão no sábado e outra está prevista para amanhã. As rodas de conversação contam com acessibilidade em libras e priorizam espaços acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida.

RESPOSTA À REALIDADE

Bruna Reis, Dora de Andrade e Gabriela Giannetti, pesquisadoras do Núcleo Fuga!, assinam a concepção e a direção-geral do projeto “SustentAção”. Dora de Andrade conta um pouco sobre os elementos que compõem o propósito do projeto.

“Acredito que ‘SustentAção’ surge pelo fato de que, há algum tempo, essa ação já estava presente em nós. Percebo que, em nossos trabalhos e mesmo em outras formas de construção, já agíamos nessa direção, ao pensar formas de estarmos juntas em um movimento de acolhimento e encontro de forças, de vozes, de gritos e de sonhos a serem sustentados. Talvez não tivéssemos ainda a consciência e já praticávamos essa ação de maneira mais sutil em nossa vida, mas não menos potente. Então esse projeto veio dando contorno a esses movimentos”.

A artista enfatiza que este trabalho é uma resposta à realidade brasileira, que passa por dificuldades em diversos âmbitos sociais.

“Esta ação vem também em uma perspectiva de estarmos fazendo o inadiável dentro de um sistema extremamente violento, sexista e misógino, trazendo nossas urgências, e de muitas outras e ‘outres’, e também de estarmos com a escuta atenta para urgências que são muitas vezes silenciadas. Busca reivindicar a necessidade de outras configurações para nossas existências e criar um espaço de encontro e de estar lado a lado com outras mulheres”, posiciona-se Dora.

RESISTÊNCIA

A performance vem tendo diversos retornos do público.

“Cada território por onde passamos apresenta uma recepção e uma relação singular com o trabalho, mas, de modo geral, a ação performativa provoca alguns estranhamentos no espaço urbano, além de certos reconhecimentos, principalmente quando encontramos outras mulheres durante o percurso. Elas se veem ali, se colocam em nosso lugar, oferecem ajuda, se sentem tocadas e, muitas vezes, nos movem com seus olhares, de modo que uma cumplicidade se estabelece, mesmo que em silêncio ou a alguma distância”, afirma Bruna.

“No último movimento da ação, mulheres e pessoas dissidentes de gênero são convidadas a seguirem conosco, assim, ouvimos o que elas querem vingar, falamos sobre apoios e amparos, e em todas as cidades por onde circulamos esse é um momento de encontros delicados e de muita força, no qual as pessoas presentes reconhecem a importância de estarmos ‘juntes’ e as tantas sustentações que isso aciona”, explica.

“Assim, a performance também tem entrado em contato, mesmo que de modo breve, com histórias de vida e resistência, acessando mulheres que estão conosco, nossas antepassadas, as mulheres que precisam ser lembradas. Aquelas que queremos vingar e aquelas que nos fazem vingar”, diz a artista.

O NÚCLEO

O Núcleo Fuga! é uma linha de pesquisa composta por artistas docentes pesquisadoras que vêm investigando, de forma transdisciplinar, as contaminações poéticas entre as linguagens do teatro, da dança e da performance e que se encontra ligada ao grupo de pesquisa Corpo Sendo, coordenado pela professora dra. Dora de Andrade, dos cursos de Dança e de Teatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

A pesquisa prática do grupo busca criar encontros entre diversos artistas e pesquisadores, unindo a prática e a pesquisa acadêmica guiada por uma noção de coletividade. Para saber mais, acesse no Instagram
@nucleofuga.

SERVIÇO

Núcleo Fuga! “SustentAção – Performance Duracional em Dança”

Apresentação 1
Hoje, das 15h30min às 16h30min.

Apresentação 2
Quarta-feira, das 15h30min às 16h30min.
Ponto de partida*: Praça Ary Coelho, Centro, Campo Grande.
Público-alvo: mulheres, homens, transeuntes e/ou qualquer pessoa interessada.
* A obra artística é uma intervenção que acontece em deslocamento pelas ruas da cidade.
Classificação etária: Livre.
Acessibilidade: tradução em Libras. Grátis.

“ConversAção” – sessão 1
Já realizada no sábado (29), das 18h às 20h, no Grupo Casa (R. Visconde de Taunay, Amambai, Campo Grande).

“ConversAção” – sessão 2
Amanhã, às 15h.
Duração: 3 horas.
Central Única das Favelas (Cufa).
Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, Campo Grande.
Público-alvo*: mulheres e corpos dissidentes (pessoas trans e não binárias).
* Atividade fechada com prévia inscrição. 
Classificação etária: a partir de 18 anos.
25 vagas.
Acessibilidade: tradução em Libras. Grátis.

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