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grávida

"Não sou mais rainha, pois teria que pagar por posto'', diz Fontenelle

Escola disse que passista perdeu posto, por ter engravidado e descumprido acordo

EXTRA

11/01/2016 - 12h14
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O carnaval ainda nem começou e já tem o seu primeiro grande bafão! Destronada do posto de rainha de bateria da Caprichosos de Pilares, escola do Grupo de Acesso, Antônia Fontenelle decidiu quebrar o silêncio e falar sobre o real motivo que a fez abrir mão do cargo às vésperas do carnaval. Sim, ela garante que renunciou ao posto e desmente a diretoria da escola que, num comunicado oficial, informou que a atriz estava saindo por conta da gravidez. A mulher do funkeiro Jonathan Costa afirma que devolveu a coroa após ser pressionada e se recusar a dar dinheiro para a escola.

Nos bastidores, o que se comenta é que, em troca do posto, Antônia teria prometido ajudar a Caprichosos com uma de quantia de R$ 60 mil. Ela, no entanto, afirma que doou, por livre e espontânea vontade, metade desse valor, mas que estava sendo pressionada pelo presidente, Gilberto Nilo, a dar mais dinheiro.

“Antes mesmo de eu acertar ser rainha, o Gilberto falou que a escola estava passando por uma dificuldade monstra. E eu falei que nunca paguei e nunca pagaria pelo posto, mas que eu poderia ajudar de uma outra forma: trazendo uma mídia bacana para escola, por exemplo. Ele disse que a bateria não tinha dinheiro para comprar instrumentos. E eu fiz uma doação de R$ 30 mil. Mas isso porque eu quero e posso. Logo depois, ele me contou que a prefeitura (do Rio) só tinha dado 50% do dinheiro prometido para a escola e que o Babado da folia havia confiscado todo o dinheiro que a escola estava devendo para eles, e me pediu mais dinheiro”, revela.

Fontenelle afirma que, antes de renunciar, chegou a oferecer ajudar para conseguir dinheiro de outras formas.
“Vieram para cima de mim com uma pressão. Eu não sou a salvação da pátria de ninguém. Eu não tinha a menor condição. Começaram a me pressionar, dizendo que tinha gente querendo pagar pelo posto. Eu me emputeci e falei: 'Querido, você está me confundido! Me faz um favor: então cobre de quem você quiser! E pode dizer aí que eu não sou mais a sua rainha, que realmente não me interessa’. Não sou mulher de ser posta para fora de lugar algum. Me tiraram do posto porque esperavam que eu desse mais dinheiro!”.

A atriz narrou o último encontro que teve com o presidente e deixou claro que, mesmo grávida de 3 meses, estava liberada pelo médico para desfilar. Ou seja, segundo ela, o comunicado enviado pela Caprichosos de Pilares, explicando a saída da atriz da escola, não corresponde à realidade.

“No último encontro com o presidente, eu avisei que estava grávida e que isso não tinha nenhuma problema, que fui liberada pelo médico para desfilar, e dei mais um dinheirinho para a bateria comprar o que estava precisando... Não tive tempo de ter relação com a escola. A minha relação foi com o presidente, que está pedindo dinheiro para as pessoas serem rainha”.

Sobre os boatos de que teria pagado pelo posto, ela desabafa:

“Dizer que eu comprei por R$ 60 mil um posto de uma escola falida do segundo grupo, francamente... Eu sei que tem escola do primeiro grupo que sai por aí oferecendo posto por R$ 50 mil... Eu não comprei cargo de ninguém. Não compro posto. Fui rainha da Mocidade e nunca dei R$ 1. Não preciso, não vivo de carnaval, não ganho dinheiro com o carnaval. Não sou mulher de carnaval, no sentido que preciso aparecer no carnaval para ganhar dinheiro. Já fui chamada para ser rainha em várias escolas e recusei. E se eu tiver que dar R$ 60 mil, eu vou dar para uma escola do primeiro grupo, amor”.

Fora da escola de Pilares, Fontenelle acredita que a Caprichosos só estava interessada em seu dinheiro e revela que tem lugar garantido na Avenida, desfilando pela Grande Rio.

“Quando eu falei: ‘o senhor pode chamar quem quiser, que a mim não interessa mais'... se eles tivessem realmente o interesse na Antônia, e não no dinheiro, eles falariam para eu ficar. Eu não preciso deles para nada. Eles que precisam de mim! Eu tenho meu posto garantido na Grande Rio, minha casa há três anos, e escolho onde eu quero sair, sem pagar um centavo. Carnaval para mim é uma festa, uma brincadeira da qual eu participo com responsabilidade. Eu não transformo isso num drama para mim. Eu fui tão legal com eles, tão bacana, num tempo de crise, fazer uma doação de R$ 30 mil... Não sou putinha de carnaval. E eles nem me agradeceram!”.

Sobre o palpite para quem vai ocupar o posto agora - a Caprichosos ainda não divulgou o nome da nova rainha -, ela alfineta:

“Você acha que vai entrar uma estrela da novela das oito no posto? Vão é chamar uma putinha... O motivo pelo qual eu não cedi a nenhuma pressão, foi porque eu estou cagando para ser rainha. Eu apenas gosto, mas a minha prioridade nesse momento é cuidar da minha casa, do meu trabalho, da minha gravidez, da minha família. Eu lá quero saber de ficar me desgraçando para tirar dinheiro de onde eu não tenho para ser rainha de bateria? Uma relação se constrói de respeito, coisa que não tiveram para comigo, então eu não posso ter para com eles também”.

Procurada, a Caprichosos reiterou que a atriz deixou o posto por “orientações médicas”.

“A Caprichosos de Pilares informa que a atriz e apresentadora Antônia Fontenelle não será mais rainha de bateria da agremiação neste Carnaval. Como divulgado recentemente, Antônia descobriu estar grávida e, seguindo orientações médicas, não poderá participar de nosso desfile. A diretoria da azul e branca lamenta, mas entende o fato e deseja muita saúde para Fontenelle e toda sua família, além de uma tranquila gestação”, diz o comunicado enviado pela escola.

Correio B+

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais

Especialista explica que a suplementação pode ser uma grande aliada da saúde, desde que usada com responsabilidade e embasamento científico.

31/03/2025 12h00

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais

Especial B+: Dia Mundial da Saúde e Nutrição - Confira riscos e mitos sobre suplementos nutricionais Foto - Pinterest

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Com a crescente busca por uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável, muitas pessoas recorrem à suplementação para suprir necessidades específicas do organismo. No entanto, a desinformação sobre o tema pode levar a erros.

Segundo Ana Beatriz Gaeta Yokoyama (CRN-3 23844), nutricionista da Endogen - healthtech especializada em produtos de nutrição clínica e de Cannabis medicinal -, os suplementos nutricionais são um complemento à alimentação, especialmente quando a ingestão de macro e micronutrientes não é suficiente apenas com a dieta. “A suplementação tem o objetivo de suprir parte das carências nutricionais do indivíduo”, explica.

Mas afinal, quem precisa de suplementos?

De acordo com a especialista, pessoas saudáveis podem recorrer a esses produtos para complementar a alimentação, desde que sob orientação profissional.

Indivíduos com deficiências nutricionais diagnosticadas também encontram na suplementação um aliado para a saúde. Já atletas e praticantes de atividade física podem se beneficiar para melhorar a performance.

Embora o organismo possa emitir sinais de carências nutricionais, como fadiga, queda de cabelo e unhas fracas, Ana Beatriz alerta que a necessidade de suplementação deve ser confirmada por exames laboratoriais periódicos e avaliação profissional.

O uso preventivo dos suplementos

Segundo a nutricionista, a suplementação, geralmente, é empregada para corrigir carências nutricionais, e não como prevenção. Dessa forma, a escolha do suplemento adequado deve ser feita com critério. “É importante consultar um profissional de saúde qualificado para a escolha do produto e seguir suas orientações de uso”, destaca.

Mitos frequentes

Os mitos em torno da suplementação nutricional também são comuns. Entre os mais populares estão a crença de que suplementos engordam, que podem ser usados por qualquer pessoa sem restrições e que seu uso elimina a necessidade de uma alimentação balanceada.

“O uso indiscriminado de suplementos pode trazer riscos, incluindo sobrecarga renal e hepática, além das interações com medicamentos. Por isso, a orientação profissional qualificada garante a segurança e eficácia no uso desses produtos”.

A nutricionista conclui enfatizando que a suplementação, quando usada com responsabilidade e embasamento científico, contribui para o equilíbrio nutricional e uma vida mais saudável.

Dentro deste contexto e com base em ciência e tecnologia para o bem-estar, a Endogen tem um amplo portfólio com produtos elaborados com ingredientes inovadores e eficácia comprovada, que auxiliam o as pessoas a viverem melhor, fortalecendo o sistema imunológico, e trazendo maior equilíbrio para enfrentar os desafios e pressões do cotidiano com mais disposição.

ARTE

Grupo Núcleo Fuga! traz o fino da dança urbana para as ruas de Campo Grande

Projeto de performance duracional concebido, dirigido e apresentado por Dora de Andrade, Bruna Reis e Gabriela Giannetti que revisita a plástica urbana por meio de contaminações poéticas entre diferentes linguagens artísticas

31/03/2025 10h00

Núcleo Fuga! chega às ruas do centro de Campo Grande com

Núcleo Fuga! chega às ruas do centro de Campo Grande com "SustentAção" Foto: Divulgação/Gabriela Zanardi

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O Núcleo Fuga! chega a Mato Grosso do Sul, por meio do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, para a apresentação de “SustentAção”, obra que unirá as linguagens da dança e da performance, pelas ruas do centro de Campo Grande, de hoje a quarta-feira, a partir das 15h30min.

“SustentAção” é uma resposta ao sistema misógino, violento e sexista e escancara urgências de muitas mulheres e corpos subalternizados. Além da apresentação da performance pública pelas ruas da Capital, mulheres e pessoas dissidentes de gênero (pessoas trans e não binárias) também podem participar de outra atividade artística do projeto, a “ConversAção”. Confira no box os locais das apresentações e das rodas de conversa previstas. Todas as apresentações são gratuitas.

Serão, no total, quatro apresentações no Estado, sendo duas em Campo Grande e duas em Dourados. Em Campo Grande, as apresentações terão como ponto de partida a Praça Ary Coelho, no Centro, e percorrerão as ruas do entorno. Todas as apresentações terão acessibilidade em libras e priorizarão trajetos acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida.

“SustentAção – Performance Duracional em Dança” acontece no espaço público urbano, no qual um trajeto da cidade é escolhido para ser percorrido em três movimentos coreográficos – Amparar, Apoiar e Vingar. A performance é realizada por três mulheres em relação a outras mulheres e a cidade, uma obra que propõe deslocamentos, acolhimentos, compartilhamento de forças e outras possibilidades de encontros e trocas, como estratégia de resistência e abertura de mundos.

O projeto também conta com a “ConversAção”, outra atividade gratuita que acontece também em duas sessões em cada cidade. Esta atividade tem como objetivo criar uma roda de conversa performativa que busca promover um espaço de escuta e de troca sobre experiências diversas de apoio e amparo entre mulheres e pessoas dissidentes de gênero.

A “ConversAção” está destinada especificamente às instituições, agrupamentos e coletivos que desenvolvam trabalhos com temas e práticas direcionados às mulheres e pessoas dissidentes de gênero. Na Capital, foi realizada uma sessão no sábado e outra está prevista para amanhã. As rodas de conversação contam com acessibilidade em libras e priorizam espaços acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida.

RESPOSTA À REALIDADE

Bruna Reis, Dora de Andrade e Gabriela Giannetti, pesquisadoras do Núcleo Fuga!, assinam a concepção e a direção-geral do projeto “SustentAção”. Dora de Andrade conta um pouco sobre os elementos que compõem o propósito do projeto.

“Acredito que ‘SustentAção’ surge pelo fato de que, há algum tempo, essa ação já estava presente em nós. Percebo que, em nossos trabalhos e mesmo em outras formas de construção, já agíamos nessa direção, ao pensar formas de estarmos juntas em um movimento de acolhimento e encontro de forças, de vozes, de gritos e de sonhos a serem sustentados. Talvez não tivéssemos ainda a consciência e já praticávamos essa ação de maneira mais sutil em nossa vida, mas não menos potente. Então esse projeto veio dando contorno a esses movimentos”.

A artista enfatiza que este trabalho é uma resposta à realidade brasileira, que passa por dificuldades em diversos âmbitos sociais.

“Esta ação vem também em uma perspectiva de estarmos fazendo o inadiável dentro de um sistema extremamente violento, sexista e misógino, trazendo nossas urgências, e de muitas outras e ‘outres’, e também de estarmos com a escuta atenta para urgências que são muitas vezes silenciadas. Busca reivindicar a necessidade de outras configurações para nossas existências e criar um espaço de encontro e de estar lado a lado com outras mulheres”, posiciona-se Dora.

RESISTÊNCIA

A performance vem tendo diversos retornos do público.

“Cada território por onde passamos apresenta uma recepção e uma relação singular com o trabalho, mas, de modo geral, a ação performativa provoca alguns estranhamentos no espaço urbano, além de certos reconhecimentos, principalmente quando encontramos outras mulheres durante o percurso. Elas se veem ali, se colocam em nosso lugar, oferecem ajuda, se sentem tocadas e, muitas vezes, nos movem com seus olhares, de modo que uma cumplicidade se estabelece, mesmo que em silêncio ou a alguma distância”, afirma Bruna.

“No último movimento da ação, mulheres e pessoas dissidentes de gênero são convidadas a seguirem conosco, assim, ouvimos o que elas querem vingar, falamos sobre apoios e amparos, e em todas as cidades por onde circulamos esse é um momento de encontros delicados e de muita força, no qual as pessoas presentes reconhecem a importância de estarmos ‘juntes’ e as tantas sustentações que isso aciona”, explica.

“Assim, a performance também tem entrado em contato, mesmo que de modo breve, com histórias de vida e resistência, acessando mulheres que estão conosco, nossas antepassadas, as mulheres que precisam ser lembradas. Aquelas que queremos vingar e aquelas que nos fazem vingar”, diz a artista.

O NÚCLEO

O Núcleo Fuga! é uma linha de pesquisa composta por artistas docentes pesquisadoras que vêm investigando, de forma transdisciplinar, as contaminações poéticas entre as linguagens do teatro, da dança e da performance e que se encontra ligada ao grupo de pesquisa Corpo Sendo, coordenado pela professora dra. Dora de Andrade, dos cursos de Dança e de Teatro da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

A pesquisa prática do grupo busca criar encontros entre diversos artistas e pesquisadores, unindo a prática e a pesquisa acadêmica guiada por uma noção de coletividade. Para saber mais, acesse no Instagram
@nucleofuga.

SERVIÇO

Núcleo Fuga! “SustentAção – Performance Duracional em Dança”

Apresentação 1
Hoje, das 15h30min às 16h30min.

Apresentação 2
Quarta-feira, das 15h30min às 16h30min.
Ponto de partida*: Praça Ary Coelho, Centro, Campo Grande.
Público-alvo: mulheres, homens, transeuntes e/ou qualquer pessoa interessada.
* A obra artística é uma intervenção que acontece em deslocamento pelas ruas da cidade.
Classificação etária: Livre.
Acessibilidade: tradução em Libras. Grátis.

“ConversAção” – sessão 1
Já realizada no sábado (29), das 18h às 20h, no Grupo Casa (R. Visconde de Taunay, Amambai, Campo Grande).

“ConversAção” – sessão 2
Amanhã, às 15h.
Duração: 3 horas.
Central Única das Favelas (Cufa).
Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, Campo Grande.
Público-alvo*: mulheres e corpos dissidentes (pessoas trans e não binárias).
* Atividade fechada com prévia inscrição. 
Classificação etária: a partir de 18 anos.
25 vagas.
Acessibilidade: tradução em Libras. Grátis.

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