Cidades

Criptomoedas

Segundo MPE, não há provas de que Minerworld faz mineração de bitcoins

Peças publicitárias e ausência de rede mostram foco em pirâmide

RENAN NUCCI

19/04/2018 - 09h45
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Investigações do Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul apontam que não há provas de que a Minerworld, suposta multinacional com sede em Campo Grande, fazia mineração de bitcoins (criptomoedas), como anunciado. Toda a publicidade da empresa girava em torno da compra de pacotes e contratação de novos membros, evidenciando sua real atividade, a pirâmide financeira. Para tanto, contava com apoio da Bitpago e Bitofertas.

Segundo ação coletiva de consumo, para o desempenho da mineração, é preciso alto investimento e complexa estrutura de hardware, o que claramente a Minerworld não dispunha desde o início de suas operações fraudulentas, apesar do fato de alegar que no inicio deste ano abriu atividades no Paraguai. Sem condição de executar tal serviço, ficava claro que, com o passar do tempo, seria inviável se sustentar financeiramente.

"Esse cenário aponta e contribui para que se conclua pela ausência de lastro para as atividades da Minerworld. Com efeito, o faturamento da empresa centra-se tão somente nas novas adesões, já que ausente qualquer indício de que a empresa trabalhe com outras fontes seguras de renda", lê-se nos relatórios de investigação. De acordo com os autos, a suspeita é de que são pelo menos 50 mil vítimas em todo território nacional.

Além disso, os sites do grupo que aparecem nos contratos, no caso o  www.miner.world e o www.minerworld.com.br, não funcionam ou não carregam completamente, deixando interessados às cegas. "Pulsa certa dose de amadorismo na atuação da Minerworld que não condiz com a atuação de multinacional do ramo de tecnologia financeira. Que tecnologia é essa? Nem os sites da empresa funcionam", questiona o Ministério Público.

PUBLICIDADE SUSPEITA

Ainda de acordo com as investigações, a apresentação dos negócios deixa as criptomoedas como pano de fundo, fazendo com que o assunto passe despercebido. As peças publicitárias têm como maior preocupação detalhar as variadas formas de ganhos daqueles que aderirem aos planos, o que se dá pela captação de novos “afiliados”, “empreendedores” e afins. Toda a publicidade da empresa é feita no sentido de sempre atrair mais pessoas.

"O interesse da empresa é apenas e tão somente que seus afiliados busquem outros afiliados, o que, por evidente, implica em manter a atividade de mineração apenas como mera alegação. A famigerada 'mineração de bitcoin', assim, trata-se apenas de engodo, de artifício, que nada mais visa do que mascarar a característica piramidal do esquema".

Na terça-feira o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual deflagrou a Operação Lucro Fácil, para combater esquema de pirâmide desenvolvido pela Minerworld e associados. Na ocasião foram apreendidos documentos e computadores que serão periciados. A justiça também determinou bloqueio de R$ 300 milhões das empresas de mais sete pessoas investigadas na ação.
 

"CAIU!"

Prefeitura de Campo Grande deposita 13º salário dos servidores

Salário dos trabalhadores do município caiu antecipado após diplomação da prefeita reeleita, Adriane Lopes

19/12/2024 08h14

Em toda sua organização, Campo Grande possui 27 mil servidores municipais atuantes, que recebem o décimo terceiro salário em dezembro. 

Em toda sua organização, Campo Grande possui 27 mil servidores municipais atuantes, que recebem o décimo terceiro salário em dezembro.  Reprodução/TRE

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Após a diplomação da prefeita reeleita, Adriane Lopes, os servidores municipais amanheceram nesta quinta-feira (19) com os valores referentes ao pagamento do 13º salário já depositado na conta. 

Vale lembrar que, ainda durante a campanha, Adriane foi questionada pela sua concorrente em questão, Rose Modesto, se a prefeitura teria em caixa o dinheiro necessário para pagamento do salário extra. 

Em toda sua organização, Campo Grande possui 27 mil servidores municipais atuantes, que recebem o décimo terceiro salário em dezembro. 

Ainda que não tenha uma confirmação publicada, os servidores já informaram o recebimento, que acontece hoje inclusive de forma adiantada, já que a previsão do Executivo, como bem abordou o Correio do Estado, era pagar os servidores no último dia de prazo. 

Diplomação

Reeleita prefeita por Campo Grande em 27 de outubro,  a diplomação de Adriane Lopes (PP), sua vice-prefeita, Dra. Camilla (Avante), mais os 29 vereadores, aconteceu ontem em cerimônia fechada no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

Conforme o TRE, através da 36ª Zona Eleitoral, a cerimônia em Plenário foi conduzida pelo juiz, Dr. Ariovaldo Nantes Correa.

Importante lembrar que, essa diplomação é o atestado do desempenho eleitoral de cada um durante as eleições. 

"Como Juiz Eleitoral, quero inicialmente reconhecer e agradecer os servidores da Justiça Eleitoral de Campo Grande durante as eleições deste ano. Faço também o agradecimento aos mesários pelo trabalho inestimável a cada eleição. Registro ainda o agradecimento a todos que de algum modo contribuíram durante todo o processo eleitoral, em especial a Imprensa”, disse o Juiz durante a solenidade. 

Além de Adriene e Camilla, foram diplomados: 

  • Marquinhos Trad (PDT),
  • Rafael Tavares (PL),
  • Carlão Comunitário Mesmo (PSB),
  • Silvio Pitu (PSDB),
  • Veterinário Francisco (União),
  • Fabio Rocha (União),
  • Professor Riverson (PP),
  • Junior Coringa (MDB),
  • Dr. Victor Rocha (PSDB),
  • Professor Juari (PSDB),
  • Flavio Cabo Almi (PSDB),
  • Luiza ribeiro (PT),
  • André Salineiro Agente Federal (PL),
  • Papy (PSDB),
  • Ana Portela (PL),
  • Neto Santos (Republicanos),
  • Maicon Nogueira (PP),
  • Delei Pinheiro (PP),
  • Wilson Lands (Avante),
  • Herculano Borges (Republicanos),
  • Beto Avelar (PP),
  • Dr. Jamal (MDB),
  • Landmark (PT),
  • Clodoilson Pires (Pode),
  • Jean Ferreira (PT),
  • Dr. Lívio (União),
  • Ronilço Guerreiro (Pode),
  • Leinha (Avante),
  • Otávio Trad (PSD).

 

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Educação

Senado aprova proibição de celular nas escolas; medida por valer para 2025

Proibição foi aprovada no Senado e texto foi encaminhado para a sanção de Lula

18/12/2024 20h38

Celulares serão proibidos nas escolas

Celulares serão proibidos nas escolas Agência Brasil

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O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (18), o texto-base do projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o país. A proposta foi aprovada de forma simbólica, sem a contagem de votos no painel, e segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta ganhou apoio no Congresso Nacional após o Ministério da Educação endossar a mudança. A expectativa do governo federal é que a lei entre em vigor no início do próximo ano letivo.

O projeto passou com grande apoio em um intervalo de uma semana. Na Câmara dos Deputados, o texto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa, dispensando a votação no plenário. No Senado, a oposição se dividiu quanto à proposta.

A proibição abrange o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos móveis, como tablets e relógios conectados à internet, em toda a área escolar, incluindo aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares.

O relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que a medida tem mostrado resultados positivos em outros locais. “Em todos os lugares onde se implementou a medida de restrição ao uso de aparelhos celulares, você teve uma melhoria no desempenho escolar, na disciplina nas escolas e na redução de bullying”, declarou.

Renan Ferreirinha (PSD-RJ), secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, reassumiu seu mandato de deputado federal para relatar o projeto na Câmara. Ele acompanhou a votação no Senado, sendo o Rio de Janeiro uma das cidades pioneiras na proibição de celulares em escolas, desde o início deste ano.

São Paulo também aprovou uma legislação similar. A norma paulista é mais específica quanto ao armazenamento dos aparelhos, determinando que devem ser guardados de maneira que os alunos não tenham acesso a eles, o que exclui o uso de mochilas ou armários individuais.

O projeto de lei nacional, por sua vez, não define regras específicas para o armazenamento dos dispositivos. Esse aspecto poderá ser regulamentado posteriormente em nível nacional ou por legislações locais.

Denis Mizne, CEO da Fundação Lemann, ressaltou que o celular não tem lugar na sala de aula. “Ele gera enormes distrações para o processo de aprendizagem e prejudica não só o relacionamento com o professor, mas também com os colegas”, afirmou. Mizne também destacou que a tecnologia pode ser benéfica para a educação quando usada de forma adequada, orientada pelos professores.

“O que estamos discutindo não é a tecnologia na educação, mas o uso indiscriminado do celular dentro do ambiente escolar”, concluiu.
 

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