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Japão: imigrantes brasileiros popularizam língua portuguesa

Japão: imigrantes brasileiros popularizam língua portuguesa

Da Redação

09/02/2008 - 14h10
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"Achados & Perdidos" ou "É proibido o embarque de carrinhos de bagagem" são algumas das múltiplas expressões em português presentes nos principais meios de transporte da região de Nagoya, no coração do Japão.                

A língua portuguesa não pára de se expandir no país asiático, para onde mais de 300 mil brasileiros de origem nipônica se mudaram desde o final da década de 80.
                        
O surto, visível em grandes corporações como a Toyota, Suzuki ou Sony, elevou o português a terceira língua estrangeira mais falada no Japão, logo após o coreano e o chinês, apesar de o inglês continuar sendo língua franca.

Revista
                        
"Embalado pelo samba, Tóquio organiza o maior Carnaval fora do Brasil e o português já se tornou numa das línguas estrangeiras mais estudadas no Japão", afirma o diretor da revista quinzenal "Alternativa", Juvenal Shintaku.
                        
A publicação é uma das três revistas em português editadas no Japão pelo grupo Nippaku Yuai. Folheando as 290 páginas da "Alternativa", é possível perceber a lógica desta mão-de-obra lusófona. 
                        
Comemorações                     

"Neste ano estamos celebrando o centenário da imigração japonesa para o Brasil e a troca de informações com a mídia brasileira se intensificou bastante", disse Juvenal Shintaku, que se mudou em 1995 para o Japão.
                        
 As comemorações bilaterais atingirão o ápice em 18 de junho, data em que se celebram 100 anos da chegada do primeiro barco com imigrantes japoneses ao Porto de Santos.
                        
A comunidade nipônica no Brasil conta hoje com cerca de 1,5 milhões de pessoas, especialmente no Estado de São Paulo.
                        
"As panificadoras japonesas passaram a fabricar o pão de queijo e todas as grandes cidades no arquipélago possuem churrascarias brasileiras, que também divulgam a nossa música", disse o jornalista, acrescentando que "os japoneses adoram a moda brasileira e a bossa nova é um dos ritmos musicais mais populares no Japão".
                        
 "No ano passado, somente em Tóquio, foram abertas lojas das principais marcas brasileiras: os principais designers de moda brasileiros exportam hoje para o mercado japonês", afirmou Juvenal Shintaku.
                        
Comunidade
                        
A região de Shizuoka é onde se verifica a maior concentração de dekasegi nipo-brasileiros, especialmente em Hamamatsu e Oizumi, onde os sinais de trânsito também estão em português. 
                        
Segundo Juvenal Shintaku, cerca de 15% dos habitantes de Oizumi falam português como primeira língua."Acredito que as influências brasileiras no Japão sejam tão grandes quanto o legado japonês no Brasil". 
                        
"Hoje é grande o número de brasileiros casados com japoneses, criando uma nova comunidade", disse o jornalista.
                        
"E este está longe de ser um fato confinado ao centro do Japão. A língua portuguesa está presente no dia-a-dia japonês. O Japão conta com dois jornais em português, diversas revistas, estações de rádio, televisão, etc.", afirmou Juvenal Shintaku.

Com informação e foto da Agência Lusa

 

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Bradesco retoma funcionamento de app de pessoa jurídica; pessoa física segue fora do ar

Segundo o banco, a normalização "deve ocorrer em breve"

12/12/2025 17h14

bradesco

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O Bradesco informou no período da tarde desta sexta-feira, 12, que o aplicativo para a pessoa jurídica foi restabelecido, após cerca de 11 horas de instabilidade. Os serviços para pessoa física, no entanto, seguem fora do ar e a normalização "deve ocorrer em breve", segundo o banco.

"Equipes técnicas trabalham para regularizar o mais breve possível", reforçou a instituição financeira, sem fornecer detalhes ou previsão. "O Bradesco lamenta o transtorno causado aos seus clientes", acrescenta.

Ao tentar ingressar na conta-corrente, os usuários encontram uma mensagem: "Desculpe, não é possível acessar o app agora, mas já estamos trabalhando pra (sic) resolver. Por favor, tente mais tarde."

Aviso semelhante foi enviado diretamente para os celulares dos clientes.
 

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Cidades

Projeto de restauração da Igreja São Benedito será apresentado à comunidade

Tombada como patrimônio municipal e estadual, a igreja é a segunda mais antiga de Campo Grande

12/12/2025 17h00

Crédito: Valdenir Resende / Arquivo / Correio do Estado

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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) apresenta, no dia 16 de dezembro, às 17h, no Salão da Comunidade Quilombola Tia Eva, o projeto de restauro da Igreja São Benedito, em Campo Grande.

Com contrato estimado em R$ 2.213.000,00, a obra será executada pela empresa Marco Arquitetura, Engenharia, Construções e Comércio LTDA, que terá 540 dias para a execução, a partir do momento em que receber a ordem de início do serviço.

A reforma inclui a requalificação do entorno, iniciativa que marca um passo importante na preservação do patrimônio histórico e do legado de Tia Eva, figura conhecida que chegou a Campo Grande em 1905, vinda de Mineiros (GO), e que, com suas três filhas, fundou a comunidade.

O presidente da Associação dos Descendentes de Tia Eva, Ronaldo Jefferson da Silva, destaca a relevância da obra para os moradores.

“É o que Tia Eva deixou, é o legado de Tia Eva. Restaurar a igreja e o entorno significa preservar nossa convivência diária, nosso espaço de encontros e conversas, respeitando tanto os saberes dos mais velhos quanto os dos mais jovens. Manter esse lugar vivo é manter viva a história da nossa comunidade”, afirmou.

A diretora de Memória e Patrimônio Cultural da FCMS, Melly Sena, reforçou a importância histórica da intervenção.

“A Igreja São Benedito é um marco da formação social e cultural de Campo Grande. Restaurá-la não é apenas recuperar uma edificação, mas proteger a memória de uma liderança ancestral que contribuiu decisivamente para a identidade negra no estado. Este projeto reafirma nosso compromisso com a preservação de um patrimônio que pertence à cidade e ao país.”

O diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes, destaca o impacto simbólico do investimento.

“O governo de Mato Grosso do Sul entende que proteger a memória de comunidades tradicionais é fortalecer a cidadania. Este restauro deixa um legado duradouro, reafirma o respeito do Estado à história da Comunidade Tia Eva e mostra que políticas públicas de cultura precisam alcançar, com seriedade, os espaços onde nossa identidade foi construída.”

História e significado

Devota de São Benedito, em 1912, Eva Maria de Jesus, a Tia Eva, construiu a igreja, que é a segunda edificação mais antiga de Campo Grande.

A Igreja de São Benedito foi tombada como patrimônio municipal (1996) e estadual (1998), sendo reconhecida como símbolo da presença e da resistência da população negra na formação cultural sul-mato-grossense.

Interdição

Devido à antiguidade, e o estado em que se encontrava, a tradicional igreja foi interditada em maio de 2024 pela Defesa Civil, que alegava risco iminente de desabamento do prédio, que é um dos patrimônios históricos de Mato Grosso do Sul.

No início de fevereiro deste ano, um novo laudo da Defesa Civil indicou que a situação da construção havia piorado no tempo de interdição: o telhado cedeu parcialmente e impediu de maneira definitiva a abertura da porta de entrada.

Diante disso, o Ministério Público fez um pedido de intimação urgente do Município de Campo Grande e da FCMS (Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul) para a adoção de providências emergenciais.

A Justiça aceitou o pedido e determinou a intimação pessoal do Estado e do Município, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 500 mil, e responsabilização em caso de “mutilação e descaracterização do bem devido à inércia”.

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