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Band e integrantes do Pânico são condenados a indenizar Luana Piovani em R$ 300 mil

Band e integrantes do Pânico são condenados a indenizar Luana Piovani em R$ 300 mil

FOLHAPRESS

06/11/2018 - 20h30
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A Band e quatro integrantes do programa Pânico na Band (2012-1017) foram condenados nesta terça-feira (6) a indenizar a atriz Luana Piovani em R$ 300 mil por danos morais.

No processo, Luana afirma que o extinto programa exibiu uma reportagem jornalística em agosto de 2014 em que ela aparecia na praia com o marido, o surfista Pedro Scooby, com o "intuito de ofendê-la e humilhá-la", expondo imagens suas "em um momento de lazer e privacidade" sem autorização.

A reportagem do Pânico chama a atriz de piranha e pega depoimentos de pessoas falando mal dela, ainda segundo o processo. 

"A ilicitude na conduta está configurada nessa chegada da equipe de filmagem ao local em que a autora estava, já com as câmeras ligadas, e pela transmissão das imagens feitas sem autorização", diz o juiz Paulo Henrique Ribeiro Garcia em sua decisão. 

Além da Band, são citados Rodrigo Scarpa, o Vesgo, Emílio Surita, Alan Rapp, diretor do humorístico, e Marcelo Picón, o Bolinha. 

"De se observar que a autora em todo momento que foi filmada manifestou não ter interesse em participar da matéria, mas foi ignorada. Houve flagrante desconsideração da firme e clara objeção manifestada pela pessoa retratada em participar de qualquer forma do tipo de filmagem. Essa recusa torna ilícita a filmagem, caracterizando a invasão da privacidade, ainda, que estivesse em local público", aponta o juiz.

A decisão foi tomada pela 1ª Vara Cível de São Paulo. Procurada, a Band afirmou que vai recorrer.

O advogado dos integrantes do Pânico, Sylvio Guerra, afirmou ao UOL que também irá recorrer e que o juiz foi arbitrário e atropelou o processo "ao prolatar uma sentença dessa natureza quando eu havia requerido em audiência conciliatória o depoimento de Luana".

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Especial B+: Papa Francisco: Um Pontífice do Povo e da Mudança

Papa Francisco, líder reformador, promoveu justiça social e diálogo, deixando um legado de inclusão, compaixão e renovação na Igreja.

21/04/2025 11h00

Especial B+: Papa Francisco: Um Pontífice do Povo e da Mudança

Especial B+: Papa Francisco: Um Pontífice do Povo e da Mudança Foto: Divulgação

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É muito triste que no dia do meu aniversário uma notícia triste seja o que mais me move. O mundo se despediu no dia 21 de abril, de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, um líder que marcou profundamente a história da Igreja Católica e da sociedade contemporânea.

Primeiro papa jesuíta e o primeiro latino-americano a ocupar a posição, Francisco foi um pontífice das transformações, do diálogo e da proximidade com os mais vulneráveis. Um líder especial em momentos tão incertos e que fará falta.

Desde sua eleição em 2013, após a renúncia de Bento XVI, Francisco quebrou protocolos, rejeitou luxos e aproximou o papado do povo.

Seu compromisso com a simplicidade ficou evidente desde o primeiro momento, quando apareceu na varanda da Basílica de São Pedro sem a tradicional estola papal e pediu que os fiéis rezassem por ele antes de conceder sua bênção. Era o prenúncio de um pontificado pautado pela humildade e por um olhar atento às dores do mundo.

Um Papa Reformador

Ao longo de mais de uma década à frente da Igreja, Francisco se tornou um reformador, desafiando estruturas internas e promovendo mudanças significativas. Desde a reforma financeira do Vaticano até a modernização da Cúria Romana, buscou tornar a Igreja mais transparente e menos burocrática.

Além disso, abriu caminhos para maior participação feminina em posições de liderança, um passo que, embora tímido para alguns, foi visto como histórico dentro da instituição.

Francisco também enfrentou de frente os escândalos de abuso sexual no clero, adotando medidas mais rígidas contra os culpados e buscando maior acolhimento às vítimas. Seu pedido de perdão público e sua disposição em ouvir relatos de dor marcaram um esforço inédito de responsabilização dentro da Igreja.

Defensor dos Excluídos e da Casa Comum

Nenhum outro papa falou tanto sobre justiça social e meio ambiente quanto Francisco. Sua encíclica Laudato Si’, publicada em 2015, foi um marco ao trazer a questão ecológica para o centro da doutrina católica, denunciando a exploração desenfreada dos recursos naturais e o impacto da crise climática nos mais pobres.

O Papa também fez da defesa dos migrantes uma de suas principais bandeiras, criticando muros, fronteiras fechadas e políticas excludentes. Visitou campos de refugiados, lavou os pés de prisioneiros muçulmanos e nunca hesitou em condenar discursos de ódio e xenofobia. Para Francisco, a Igreja deveria ser um “hospital de campanha”, acolhendo a todos sem distinção.

O Papa do Diálogo e da Misericórdia

Francisco será lembrado como o papa que abriu portas. Dialogou com outras religiões, aproximou-se de ortodoxos, judeus e muçulmanos e defendeu a necessidade de pontes, não de barreiras.

No campo interno, buscou acolher divorciados, homossexuais e aqueles historicamente marginalizados dentro da Igreja. Suas palavras – “Quem sou eu para julgar?” – sobre fiéis LGBTQ+ marcaram uma nova era na postura da Igreja, gerando tanto entusiasmo quanto críticas dentro do próprio Vaticano.

Seu pontificado não esteve isento de desafios e resistências. Foi contestado por setores ultraconservadores, que viam suas reformas como excessivamente progressistas. No entanto, mesmo diante de opositores, manteve-se firme em sua missão de tornar a Igreja mais inclusiva e compassiva.

O Legado de Francisco

Com a partida de Francisco, encerra-se um capítulo singular na história da Igreja Católica. Seu legado ultrapassa os muros do Vaticano e se estende a todos aqueles que encontraram nele um líder humano, próximo e disposto a questionar o status quo.

Seus gestos, suas palavras e suas reformas continuarão ecoando, desafiando a Igreja a seguir o caminho da renovação sem perder sua essência. Como ele próprio disse uma vez: “Prefiro uma Igreja acidentada por sair às ruas do que uma Igreja doente por ficar fechada em si mesma.”

O mundo se despede de Francisco, mas sua mensagem permanece.

teatro

Espetáculo de dança em Campo Grande chama atenção para o combate ao feminicídio

Unindo performance, dança, teatro, audiovisual e artes visuais, espetáculo solo de Ana Clara Poltronieri, da Cia. Duo Due (PR), transmuta a dor em afeto e beleza para denunciar os horrores da cultura machista

21/04/2025 10h00

Imagens do espetáculo

Imagens do espetáculo "Amana": tributo, denúncia e fortalecimento Divulgação

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Um grito por justiça, pelo combate ao feminicídio e por todos os tipos de violência contra a mulher. A Cia. Duo Due (PR) chega a Campo Grande, pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna, para a apresentação do espetáculo “Amana”, nesta quarta-feira, às 19h, no Sesc Teatro Prosa, com entrada gratuita.

No dia 25 de janeiro de 2020, Maria Glória Poltronieri, a Magó, bailarina e capoeirista, decidiu acampar sozinha em uma chácara próxima a Maringá (PR). No fim da tarde, desceu para uma cachoeira e não retornou.

Na manhã seguinte, sua irmã, Ana Clara Poltronieri, encontrou o corpo de Magó, com sinais de violência sexual e estrangulamento. O caso chocou o Brasil e o mundo, gerando manifestações em mais de 17 cidades (Campo Grande foi uma dessas cidades), na América Latina e Europa, em repúdio ao feminicídio e em homenagem à sua memória.

Em meio ao luto e à busca por justiça, Ana Clara reuniu forças para criar “Amana”, um espetáculo que homenageia sua irmã e reflete sobre a cultura do estupro, o machismo e a violência contra as mulheres.

Para dirigir o projeto, Ana convidou Tânia Farias, atriz e diretora da “tribo” de atuadores (é assim que a encenadora denomina seu grupo) öi Nóiz aqui Traveiz (grafado dessa forma mesmo), de Porto Alegre (RS), que trouxe sua vasta experiência para dar vida a essa obra de resistência e ressignificação.

ÁGUA

“Amana” é um manifesto poético contra a barbárie do machismo e da misoginia, utilizando a delicadeza para expressar a urgência do fim da violência contra as mulheres. Por meio do elemento água, o espetáculo evoca o fluxo da memória, da denúncia e da resistência.

As águas representam os corpos das mulheres, o sangue pulsante da artista e o movimento incessante da vida. O espetáculo busca, assim, fazer com que o público perceba que, por trás das estatísticas frias, existem histórias, afetos e subjetividades.

Em “Amana”, Ana Clara mostra toda a força resiliente de Magó, sua parceira da dança e da vida, com uma intensidade que transmite o sentimento sem limite do amor, liberto em música, poesia e movimento. Um palco que tem Magó presente.

Formalmente, o espetáculo cruza as linguagens da performance, da dança, do teatro, do audiovisual e das artes visuais, compondo uma obra fluida e potente. Seu objetivo é garantir que, assim como nunca entramos duas vezes no mesmo rio, possamos deixar um mundo em que nenhuma mulher precise se acostumar com o medo e a violência.

CIRCULAÇÃO

Pela Bolsa Funarte de Dança Klauss Vianna, o espetáculo “Amana” passará por sete cidades brasileiras: Londrina (PR), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Porto Velho (RO), promovendo o acesso à cultura e expandindo o diálogo sobre temas urgentes, como a violência de gênero, o feminicídio e a resistência feminina, presentes no espetáculo.

Mato Grosso do Sul e Rondônia foram escolhidos a dedo para essa circulação, pois foram os estados com maiores índices de feminicídio nos últimos anos.

OFICINA

“A água que cai do céu também se move dentro de nós”. Partindo poeticamente dessa premissa, a oficina “Corpar o Ser” propõe práticas de movimento com Ana Clara a partir dos atravessamentos do espetáculo “Amana”.

Mais do que técnica, esse encontro oferece um espaço para que o corpo se disponha ao gesto da memória, ao afeto como forma de resistência e ao movimento como ato político. A água, metáfora central de “Amana”, desdobra-se aqui como linguagem: fluida, pulsante, indomada – corpo coletivo em estado de criação.

A oficina é aberta para atores, bailarinos, educadores corporais, fisioterapeutas, professores de Educação Física, entre outros possíveis interessados. Não é necessário ter experiência prévia para participar.

O encontro ocorrerá amanhã, às 19h, no Espaço de Dança Selma Azambuja (Rua Jeribá, nº 866, Chácara Cachoeira). As inscrições estão abertas e devem ser realizadas por meio do link disponível no Instagram @ciaduodue.

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