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Depressão em adolescentes cresce impulsionada por uso de redes sociais

Depressão em adolescentes cresce impulsionada por uso de redes sociais

FOLHAPRESS

05/11/2018 - 20h00
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A disseminação de smartphones, tablets e notebooks conjugada com o surgimento das redes sociais mudou a maneira como crianças e adolescentes interagem com o mundo e com os outros, com impactos positivos e negativos.

Se propiciaram acesso a uma miríade de conhecimento e permitiram uma comunicação ágil e instantânea, essas novas tecnologias também produziram novas fontes de angústia e tornaram mais fácil aos jovens tomarem contato com conteúdos e situações para os quais não estão preparados emocionalmente.

Nos últimos tempos têm-se acumulado evidências de que o uso exagerado de aparelhos e redes sociais produz efeitos deletérios na saúde mental de crianças e adolescentes e pode ser um dos fatores por trás do aumento da prevalência de depressão nesse grupo etário.

"Os mais jovens têm de enfrentar hoje coisas inimagináveis no passado, como a exposição e a permanência nas redes sociais daquilo que eles fazem e falam, por exemplo", diz Roberto Sassi, psiquiatra infantil e professor da Universidade McMaster, no Canadá.

Segundo Sassi, a adolescência é uma fase de experimentação, na qual o jovem age de modo mais impulsivo e arriscado. "Faz parte do desenvolvimento pessoal aprender com os erros. O problema é que agora esses erros podem ficar marcados de forma indelével, com consequências maiores."

O psiquiatra também aponta que hoje é muito mais fácil para crianças e adolescentes terem contato com sites que discutam, por exemplo, automutilação. "Antigamente você teria de encontrar alguma pessoa do seu meio que tivesse esse comportamento para ter conhecimento disso."

Para Jackeline Giusti, psiquiatra da infância e da adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP, o jovem contrastar a própria vida com a vida online fantasiosa de outros no Facebook e no Instagram pode potencializar estados psicológicos negativos. "Ele pode pensar: todo mundo está feliz, todo mundo vai a festas, menos eu. Se a pessoa está triste, isso vai deixá-la mais triste ainda", diz.

Um dos aspectos mais perniciosos da rede, apontam os dois psiquiatras, é o chamado cyberbullying. Segundo Sassi, a prática online produz nas vítimas a mesma sensação negativa de passar por essas situações na vida real.

Artigo publicado recentemente na revista da Academia Americana de Pediatria fez vasta análise da literatura científica sobre o tema. Na questão do cyberbulling, uma meta-análise de 131 estudos mostrou que adolescentes que passam por essa experiência apresentam risco maior de desenvolver problemas mentais e físicos. "O uso de internet em geral e a experiência de ser vítima de cyberbulling estão associados a mais pensamentos suicidas e comportamentos de automutilação", diz o artigo.

Outro estudo, esse publicado em meados de outubro, analisou os efeitos de se passar muito tempo em frente a telas de aparelhos eletrônicos na saúde mental de crianças e adolescentes.

Os pesquisadores assinalam que adolescentes de 14 a 17 anos que passam mais de sete horas diárias em smartphones, tablets, computadores e televisão tem o dobro de chance de serem diagnosticados com ansiedade ou depressão do que aquele que passam uma hora.

Mesmo depois de apenas uma hora em frente à tela por dia, crianças e adolescentes podem começar a ter menos curiosidade, menor autocontrole, menos estabilidade emocional e menor capacidade de concluir tarefas, segundo o estudo, publicado na revista Preventive Medicine Reports.

Entretanto, como se trata de um ramo novo de pesquisa, ainda há muitos aspectos não compreendidos a respeito da influência das tecnologias digitais na saúde mental dos mais jovens.

No caso do segundo estudo, por exemplo, Sassi diz que há certas nuances que podem ter impactos diferentes em crianças e adolescentes. "O jovem pode ser um usuário ativo de Facebook, que interage e conversa com outras pessoas, ou alguém mais passivo, que só observa a atividade de outros; jogar games é uma atividade muito diferente de ver um filme na Netflix. São coisas que nós colocamos juntos, mas que podem ter impactos diferentes."

O psiquiatra também diz que ainda não se pode estabelecer uma relação de causalidade entre uso de tecnologias e depressão em mais jovens.  "Não podemos esquecer que o tempo em frente à tela é um tempo que você está tirando de outras atividades, como sono e atividades físicas. Sedentarismo e baixa qualidade do sono prejudicam a saúde mental tanto de jovens como adultos.

Por isso, é preciso certa cautela antes de cravar que a tecnologia digital está por trás do aumento da incidência de depressão em jovens nos países desenvolvidos. "É possível que esteja, mas ainda não temos uma resposta definitiva. Há também a melhora do diagnóstico, a diminuição do estigma, que faz mais gente procurar ajuda".

Nos EUA, a prevalência da doença na faixa dos 12 aos 17 anos passou de 8,7% em 2005 para 11,3% em 2014, segundo os dados mais recentes de uma pesquisa nacional.

No Brasil não existem estatísticas do fenômeno, mas Jackeline Giusti diz que ter observado nos últimos anos grande aumento de casos de depressão relacionada a tecnologias digitais.

"Cerca de 10% dos adolescentes e crianças que atendo apresentam essa relação", diz.

Os pais têm papel relevante para evitar que o uso da internet traga prejuízos às crianças, aponta Giusti. "Os pais devem olhar os celulares dos filhos de vez em quando para saber o que eles estão fazendo e acessando, mas isso precisa ser combinado com eles. Também devem mostrar exemplos de consequências de certos comportamentos nas redes sociais".

A psiquiatra também diz que os pais devem buscar restringir a quantidade de horas para os filhos se divertirem na internet, e incentivar atividades como jogar bola e ler livros.

Mas, para isso funcionar, os pais devem dar o exemplo. "Não adianta falar isso e, na hora do jantar, o pai e a mãe ficarem grudados no celular, enquanto a criança fica olhando para o teto. Esse é um momento para estar com os filhos, saber como foi o dia deles", diz Giusti.

Os pais também devem ficar atentos a mudanças de comportamento dos filhos, que podem indicar um quadro depressivo. Giusti dá como exemplo o afastamento de amigos, queda no desempenho escolar, irritabilidade e perda de interesse em atividades que eles antes gostavam.

Negligenciar esses comportamentos, considerando-os normais para a idade, acarreta um risco. Uma depressão na idade mais jovem não tratada pode produzir grande prejuízo no futuro.

"A criança deixa de se relacionar com a escola de uma maneira normal, as notas vão caindo e ela passa a se ver de uma maneira negativa. Se ela começar a achar que não consegue realizar nada, aí que não conseguirá fazer nada mesmo. Dessa forma, deixa de ter uma visão positiva do futuro. Esse grupo de crianças têm mais propensão a abandonar a escola, cometer atos de delinquência, começar a fumar e usar drogas mais precocemente", diz Roberto Sassi.

Depressão em jovens e adolescentes é o tema do próximo programa Ciência Aberta, produzido pela Fapesp em parceria com a Folha de S.Paulo. A transmissão será ao vivo na terça-feira (06), a partir das 15h pelo site da Folha de S.Paulo, pelo YouTube e pelo Facebook da Agência Fapesp.

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Com cardápio fixado em R$ 28, Campo Grande recebe festival de café nesta sexta

Evento começa nesta sexta-feira (14) e segue até 30 de março; participam 25 estabelecimentos que oferecerão oficinas, workshops e degustações gratuitas

12/03/2025 18h45

Evento contará com degustação gratuita e menus a preço fixado

Evento contará com degustação gratuita e menus a preço fixado Reprodução, Henrique Arakaki/Campo Grande Coffe Week

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Começa nesta sexta-feira, dia 14 de março, a terceira edição do evento gastronômico Campo Grande Coffee Week.

O evento tem o de objetivo posicionar ainda mais a Capital no mapa da profissionalização e consumo de cafés especiais no Brasil.

Nesse sentido, o festival começa nesta sexta e seguirá até o dia 30 de março, com o oferecimento de um menu especial (comida + bebida) em valor fixado e reduzido a R$ 28.

Evento contará com degustação gratuita e menus a preço fixado(Reprodução, Henrique Arakaki/Campo Grande Coffe Week)

Ao todo, o festival reunirá 25 estabelecimentos inclusos, entre cafeterias, confeitarias, panificadoras e gelaterias. 

Importante ressaltar que o evento ocorrerá na própria sede das cafeterias participantes. Entre elas, estão:

  • 8 & 18 Coffee & Bistrô
  • Allegra Café
  • Amora’s Café Bistrô
  • Be Good Pães Artesanais
  • Cacimba Sorvetes
  • Café com Você
  • Café Limão Confeitaria Gourmet
  • Canteen Central
  • Casa Trentin
  • Chocolate Lugano
  • Consagrados Cafés
  • Doces Lembranças
  • Doces Momentos
  • Kanto de Minas
  • Le Verger Café & Bistrô
  • Martinello’s Coffee
  • Padoca do Enaldo
  • Sagrado Café
  • Steffens Pastry Shop
  • Tea Shop
  • The Coffee
  • Tigre Café
  • Toffee Doces Artesanais

Além da gastronomia, o festival conta com oficinas, workshops e degustações gratuitas; como campeonato de latte art (desenhos feitos com leite sob o café), workshop de chás e infusões, métodos de extração e matcha.

Evento contará com degustação gratuita e menus a preço fixado(Reprodução, Henrique Arakaki/Campo Grande Coffe Week)

Em entrevista ao Correio do Estado, o organizador do evento e Diretor Executivo da Brasil Coffee Week, Diego Drush (36), ressalta o alto potencial gastronômico de Campo Grande.

"A cidade tem boas confeitarias e boas panificadoras, e o evento vem exatamente para mapear esse nicho gastronômico, para gerar acesso, para democratizar esse nicho que vai envolver o café, a confeitaria, a panificação. A gente está bem animado para esse ano, para essa terceira edição", disse.

"A gente espera um público muito maior que a do ano passado e do ano retrasado e que as pessoas possam, de fato, reconhecer que Campo Grande já é uma cidade que não deve muito para as outras capitais no quesito de gastronomia, principalmente quando se diz café de qualidade, café especial", complementa.

Vale destacar que o festival tem conta com o apoio da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e é uma realização Brasil Coffee Week. 

Para acessar o cardápio completo e se inscrever para as atividades do festival, acesse brasilcoffeeweek.com.br ou o Instagram @brasilcoffeeweek. 

Promoção

Dia da pipoca será celebrado com promoção inspirada nos EUA em cinema da Capital

Ação viralizou nas redes sociais e consiste em cada cliente levar seu próprio balde para encher com até 10 litros de pipoca

12/03/2025 18h30

Pipoca

Pipoca Divulgação

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No próximo domingo, dia 16 de março, a Cinemark realizará uma ação inédita para celebrar o Dia da Pipoca, que é comemorado em 11 de março.

A rede de cinemas oferecerá a promoção "Traga seu Balde", permitindo que o público leve um recipiente de sua preferência para ser preenchido com até 10 litros de pipoca por apenas R$ 19. Fora da promoção, a pipoca pequena na rede custa a partir de R$ 22.

A ação é inspirada em promoções similares nos Estados Unidos, onde centenas de pessoas levaram recipientes criativos para serem abastecidos com pipoca.

Regras

Recipiente Livre:

Os clientes podem levar qualquer tipo de recipiente, desde que esteja higienizado, seja impermeável (para adicionar manteiga) e adequado para o consumo de alimentos. Isso inclui baldes colecionáveis, potes, bacias, malas, mochilas, coolers e barris compactos.

Limite de Volume:

A promoção permite encher o recipiente até 10 litros, o que equivale a dois baldes de pipoca padrão da Cinemark. Não há refil; o enche é único.

Disponibilidade:

A promoção é válida apenas no dia 16 de março, em todas as unidades padrão da Cinemark no Brasil, exceto em cinemas com snack bar prime como Iguatemi São Paulo, Cidade Jardim e Lar Center.

Canais de Venda:

Os clientes podem adquirir a promoção através do aplicativo, site, caixas de autoatendimento (ATM) e bilheteria local.

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