Brasil

PLANEJAMENTO

'Chegou a hora de levar a sério revisão estrutural de gastos', diz Tebet

Apesar de indicar corte nos gastos, ministra não informou em quais setores ocorrerão estas reduções. Declarações foram dadas apór reunião do Haddad

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Em meio à pressão do mercado financeiro por cortes de despesas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça, 15, que chegou a hora de "levar a sério" a revisão estrutural de gastos.

Tebet garantiu que as regras do arcabouço fiscal serão mantidas, mas avaliou não ser mais viável promover um ajuste nas contas públicas apenas pela ótica da receita. A declaração foi dada a jornalistas após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"O Brasil já fez o dever de casa, o governo, o Congresso, do lado da receita. Não é possível mais apenas sob a ótica da receita resolver o problema fiscal no Brasil. Nós temos o arcabouço que está de pé e vai se manter de pé. Não há nenhuma sinalização de fazer qualquer tipo de alteração. Consequentemente, é preciso que o Brasil caiba dentro do Orçamento brasileiro, dentro desse arcabouço", disse ele.

Apesar disso, ela voltou a dizer que, nesta agenda, alguns debates continuam interditados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como a mudança na política de valorização do salário mínimo.

"Salário mínimo valorizado, isso não se discute. Vai haver sempre a valorização do salário mínimo. Portanto, salário mínimo crescendo acima da inflação. A aposentadoria acompanhando a valorização do salário mínimo. E as demais questões estão na mesa", disse ela, sem citar que questões são essas nem o total de economia projetado pela equipe econômica.

Tebet disse que o governo continuará atuando no combate às fraudes em políticas públicas, mas acrescentou que é preciso avançar em uma agenda mais estrutural.

"Política pública ineficiente não é justiça social. Política pública ineficiente é colocar dinheiro do povo, dinheiro público, em políticas que não chegam aos que mais precisam", avaliou. Segundo ela, a política pública, tendo sua revisão autorizada, poderia abrir espaço fiscal de até R$ 20 bilhões no Orçamento.

Conversa com Lula

A ministra afirmou que a intenção da equipe econômica é levar uma agenda de revisão de gastos a Lula após o segundo turno das eleições municipais. Posteriormente, o governo discutiria o "máximo de medidas possível" no Congresso Nacional ainda neste ano.

"Nós temos de trabalhar com a política brasileira, nós temos de trabalhar com o diálogo com o Congresso Nacional. Então, a ideia é colocar o máximo possível de medidas ainda neste ano, dentro daquilo que a gente saiba que é possível votar, ou começar a discussão e terminar no primeiro semestre do ano que vem, para depois ter um segundo pacote de medidas estruturais."

A ministra explicou que a equipe econômica já realizou um primeiro filtro nas medidas de gastos apresentadas pelos técnicos, retirando as propostas que geraram discordância e fazendo um "ajuste fino" naquelas que precisam de alterações.

"Agora, tanto o ministro Haddad quanto eu já autorizamos a equipe econômica a colocar os textos legais dentro das medidas que foram aprovadas por nós."
 

(Informações da Agência Estado)

guerra

Polícia apreende fuzis bolivianos que iriam para o "novo cangaço"

Policiais paulistas apreender oito fuzis, sendo três do Exército Boliviano. As armas estavam junto com um carregamento de 1,5 tonelada de cocaína

08/10/2024 07h08

Suspeita da polícia é de que armas e cocaína tenham entrado no Brasil pela fronteira com o Mato Grosso

Suspeita da polícia é de que armas e cocaína tenham entrado no Brasil pela fronteira com o Mato Grosso

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Oito fuzis e duas carabinas foram apreendidas em Aguaí, no interior paulista, pela Polícia Civil de São Paulo. A suspeita é que os armamentos seriam repassados a grupos criminosos especializados em crimes do chamado "novo cangaço", em que cidades inteiras são dominadas para o roubo de bancos e carros-fortes.

Três dos oito fuzis apreendidos pertencem ao Exército da Bolívia, segundo a polícia. Todas as armas foram encontradas dentro de embalagens na caçamba de um caminhão, junto a mais de 1.500 quilos de cocaína. Três homens foram presos no local.

O caminhão foi encontrado dentro do sítio de um dos suspeitos, identificado como Carlos Henrique Valente Mariano, 43. Investigadores afirmaram que a droga e as armas podem ter chegado até o local via Mato Grosso.

Outro suspeito preso -Marcelo Eduardo Nogueira de Souza, 31, o Alemão- já tinha sido preso por tráfico de drogas em Mato Grosso. A polícia afirma que o sítio em Aguaí serviria como uma espécie de entreposto das drogas, que seriam distribuídas para vários outros municípios brasileiros.

Alemão seria o responsável por administrar a logística do tráfico, segundo a investigação. Ele tinha um assistente, Tiago Herculano Silva, 27, que também foi preso. Mariano, que era dono do sítio, já foi preso por porte ilegal de arma em circunstâncias semelhantes: armamento que foi encontrado pela polícia numa de suas propriedades.

A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos.

ELO COM O PCC

Os fuzis e carabinas provavelmente seriam vendidos para um único grupo criminoso, segundo a polícia. A suspeita é que o grupo investigado tenha ao menos dez integrantes e seja ligado à facção criminosa PCC.

O valor das total das armas é estimado em R$ 860 mil. Os equipamentos do Exército boliviano -do modelo FAL calibre 7,62- foram identificadas pois têm encravado o brasão de armas do país.

Já a cocaína apreendida valeria cerca de R$ 30 milhões, nos cálculos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

A investigação, conduzida pela 4ª Delegacia do Patrimônio, durou quatro meses. A quadrilha investigada estava baseada em Paulínia (SP) antes de migrar para Aguaí, cerca de 80 quilômetros ao norte.

Segundo a polícia, a principal dificuldade da investigação era o fato de que vários veículos eram usados ao mesmo tempo nos locais onde se fazia a troca de armas e drogas. "Perdemos eles, às vezes, por minutos", disse o delegado Fábio Pinheiro Lopes, titular do Deic. "Na hora que a droga chegava num comboio de dez veículos, já levava tudo embora, cada veículo ia para um lado."

É do número de veículos que vem a estimativa número mínimo de integrantes do grupo criminoso. Segundo o delegado Fabio Sandrin, da 4ª Delegacia do Patrimônio, o fato de as armas estarem embaladas indica que elas eram novas e provavelmente ainda não tinham sido utilizadas.

"Pela logística, as armas tinham acabado de chegar, elas estavam embrulhadas", disse Sandrin. "Essa quadrilha que traficava armas aproveitou-se da logística da droga."
 

Sandrin também afirmou que há suspeita de uma ligação financeira entre a venda de drogas do PCC e as quadrilhas que praticam assaltos nos moldes do novo cangaço. "O novo cangaço é um meio de financiar o tráfico de drogas: eles investem para obter dinheiro, lucro para financiar o tráfico de drogas. Não tem como separar uma coisa da outra, tanto é que as armas vêm junto."

A polícia já identificou outros suspeitos de integrar a quadrilha, e pretende descobrir para onde a droga e as armas seriam encaminhadas. Autoridades também devem entrar em contato com o governo boliviano.

(Infortmações da Folhapress)

"nova política"

Prontuário de Boulos divulgado por Marçal é assinado por médico que já morreu

Além disso, o número do RG que está no documento é diferente daquele que consta na identidade de Boulos

05/10/2024 07h17

Guilherme Boulos e Pablo Marçal disputam vaga no segundo turno na eleição para a prefeitura da maior cidade brasileira, São Paulo

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O suposto prontuário do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) divulgado na noite desta sexta (4) pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB) para associá-lo ao uso de drogas tem dado errado e usa a assinatura de um médico que já morreu.

Na noite desta sexta-feira (4), o autointitulado ex-coach publicou um suposto prontuário da clínica Mais Consultas que narra que Guilherme Castro Boulos teria sido atendido na unidade, localizada no Jabaquara, em surto psicótico. Ainda segundo o documento, o acompanhante de Boulos teria levado um exame toxicológico que teria apontado a presença de cocaína no sangue do deputado.

O RG de Boulos que aparece no prontuário é incorreto, com um número a mais. O médico que assina o suposto prontuário já morreu e não tem especialidade cadastrada no site do Conselho Federal de Medicina.

O sócio da Mais Consultas, Luiz Teixeira da Silva Junior, tem vídeo publicado com Marçal, a quem se refere como seu cliente em outra clínica da qual é dono.

Assessores e um dos sócios do influenciador, Marcos Paulo, também seguem Teixeira nas redes sociais. O dono da Mais Consultas também é sócio de outras empresas em Alphaville, onde Marçal montou sua estrutura empresarial.

Boulos disse que pedirá à Justiça a prisão do influenciador e de Teixeira por falsificação de documento.

No mesmo dia indicado no prontuário, 19 de janeiro de 2021, Boulos fez uma transmissão ao vivo no fim da manhã comentando sobre a importação das vacinas em meio à pandemia da Covid-19. No dia seguinte, participou de uma ação do MTST na favela do Vietnã, na zona sul da cidade.

Marçal vinha prometendo ao longo de toda a campanha expor um processo judicial e uma internação de Boulos por uso de cocaína. Como revelou a Folha, o influenciador se baseava no processo de um homônimo para acusar o deputado.

(Informações da Folhapress)

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