Brasil

RODA VIVA

Rui Costa afirma que Lula será candidato e vencerá as eleições em 2026

Em discursos nas últimas semanas, o próprio Lula intensificou a postura de pré-candidato à reeleição

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta segunda-feira, 7, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à reeleição e sairá vitorioso do pleito em 2026.

"O presidente será candidato em 2026. Disso, eu não tenho a menor dúvida. Assim como não tenho dúvida de que ele ganhará a eleição", disse Costa, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Em discursos nas últimas semanas, Lula intensificou a postura de pré-candidato à reeleição. Ao comentar sobre os conflitos entre o Executivo e o Legislativo, o presidente afirmou na semana passada que, caso a condução do governo se dê como planeja, será o primeiro presidente eleito quatro vezes na história do País. Segundo Costa, a vitória de Lula em 2026 é essencial para "pacificar e desenvolver o País".

'50 tons de Bolsonaro'

No programa da TV Cultura, Costa também afirmou que Lula deve enfrentar "50 tons de Bolsonaro" na eleição presidencial do ano que vem. Segundo o chefe da Casa Civil, Lula deve reconquistar eleitores que votaram nele em 2022 ao apresentar um "projeto de País" com base nos programas já lançados pelo governo. "É preciso ter uma pactuação nacional e sinalizar qual País queremos ser", disse Costa.

O ministro ainda atacou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao dizer que a gestão dele no Ministério da Infraestrutura durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi um "fiasco".

"A suposta gestão dele no Ministério da Infraestrutura. Vamos comparar com a gestão do Renan [Filho, ministro dos Transportes] e do Silvio Costa [Filho, ministro dos Portos e Aeroportos], que reunia os dois. Não tem comparação, era um fiasco no ponto de vista do investimento", afirmou Costa.

Tarcísio é cotado como candidato ao Planalto em substituição a Bolsonaro.

Emendas

Rui Costa, criticou a distribuição de emendas parlamentares e questionou se em outros países há a participação do Legislativo na destinação de recursos públicos. Segundo Costa, os repasses funcionam como um "aerossol" que pulveriza verbas do Orçamento.

"Existe esse modelo na Europa? Não. Existe na Ásia? Não. Existe no mundo árabe, nos Estados Unidos? Não. Em que lugar do mundo existe esse modelo onde se pega quase a metade de um orçamento livre de uma nação e, ao invés de aplicar em logísticas, em reduzir custos estruturais, em apostar em ciência e tecnologia, educação e saúde, se pulveriza?", disse Costa.

Na avaliação do ministro da Casa Civil, o debate sobre os impactos das emendas parlamentares no Orçamento não deve ficar apenas em Brasília, mas alcançar toda a sociedade brasileira.

Judicialização do IOF

Na entrevista, Rui Costa afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca não só defender o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e sim a "capacidade de governar". Segundo o chefe da Casa Civil, não há constitucionalidade na derrubada do texto por parte do Congresso Nacional.

"Não se trata apenas de defender o IOF como instrumento regulatório, se trata de defender a capacidade de governar deste e de qualquer governo que venha daqui para frente. Se um governo não conseguir mais editar decreto, não conseguir mais fazer portaria, acabou o governo", afirmou Rui Costa.

O ministro também comentou sobre a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em taxar com uma tarifa adicional de 10% qualquer país que se "alinhe às políticas antiamericanas" do Brics. Para o chefe da Casa Civil, a "retórica" de Trump não terá sucesso contra o Brasil.

"Não vai ser ameaça de um ou de outro País que vai conter o avanço do Brasil nessas relações multilaterais. Essa retórica do presidente dos Estados Unidos não deu certo com a China, não deu certo com o Canadá, com a Europa, e não dará certo com o Brasil", disse Costa.
 

 

orçamento secreto

Hugo Motta sai em defesa de ex-assessora de Lira que foi alvo da PF

Presidente da Câmara emitiu nota para defender ex-assessira de Lira que foi alvo de operação da Polícia Federal

13/12/2025 07h38

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou nota na noite desta sexta-feira, 12, defendendo a legalidade das emendas parlamentares e elogiando a servidora da casa que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).

Mariângela Fialek é ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira. Ela é investigada pela PF por suspeitas de irregularidades no pagamento de emendas parlamentares por meio do chamado orçamento secreto, esquema revelado em 2021 pelo Estadão.

"A servidora Mariângela Fialek é uma técnica competente, responsável e comprometida com a boa gestão da coisa pública. A experiência da servidora é reconhecida por todos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo que elaboram e executam o orçamento federal. Inclusive, a atuação da servidora Mariângela Fialek foi fundamental no aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

O presidente da Câmara diz que a Casa legislativa respeita as decisões do STF, mas sustenta que o Parlamento vem adotando medidas para melhorar a transparência da execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento.

A operação da PF realizada nesta sexta-feira foi autorizada pelo ministro do Supremo Flávio Dino. Ele é relator de ações que acusam o Legislativo de manter modelo sem transparência e de difícil fiscalização para repassar recursos públicos a redutos eleitorais dos congressistas.

"A Câmara dos Deputados não compactua com ilicitudes na execução de emendas parlamentares. Em virtude disso, juntamente com o Poder Executivo, Senado Federal, Tribunal de Contas da União e Supremo Tribunal Federal, vem aprimorando os sistemas de transparência e rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

"A Câmara dos Deputados respeita o Supremo Tribunal Federal e todas as decisões por ele proferidas. Destaca, no entanto, que uma leitura atenta e correta da decisão proferida pelo ilustre ministro Flávio Dino revela que ali não se aponta nenhum ato de desvio de verbas públicas. Nenhum", acrescenta a nota.

Motta sustenta que não se deve confundir a mera indicação de um parlamentar por meio de emenda orçamentária com a forma como o dinheiro é gasto nos estados e municípios para onde os recursos são destinados.

"A correta execução dos recursos públicos e transferências governamentais, não apenas emendas parlamentares, mas também provenientes do Poder Executivo, pelos seus destinatários finais, deve ser estritamente acompanhada pelos órgãos de controle", defendeu.
 

comando vermelho

Assembleia do Rio de Janeiro liberta deputado preso pela PF

Dos 65 deputuados presentes, 42 votaram favoráveis e 21 foram contrários à soltura do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar

09/12/2025 06h59

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

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Em sessão extraordinária, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu por 42 votos favoráveis a 21 contrários pela soltura do presidente afastado da Casa Rodrigo Bacellar (União Brasil). Houve duas abstenções, dos 65 deputados presentes.

O deputado estadual Rodrigo Bacellar foi preso preventivamente na manhã de quarta-feira (3), durante a Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal (PF), para investigar o vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que prendeu o deputado estadual TH Joias. TH Joias está preso, desde setembro, acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

A ação ocorreu enquanto Bacellar prestava depoimento na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bacellar é suspeito de envolvimento no repasse de informações que teriam antecipado detalhes da operação que mirava o deputado estadual TH Joias.

Segundo a PF, o vazamento comprometeu o andamento das investigações que resultaram na prisão de TH Joias. 

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