Cidades

saúde

MS registra cerca 1,1 mil novos casos de infecção por HIV ao ano

Em Campo Grande, há 6,2 mil Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA)

Continue lendo...

Em meio à campanha ‘Dezembro Vermelho’, dedicada à prevenção da infecção e combate ao HIV/Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), os dados utilizados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que, a cada ano, cerca mil novos casos de HIV são registrado em MS. 

No Brasil, entre 2020 e 2021, o número de casos de infecção pelo HIV declinou 11%, contudo, em Mato Grosso do Sul, o número de casos novos se mantém em estabilidade, não apresentando aumento ou redução expressiva.

Os números de casos novos de HIV/Aids registrados no Estado mostram uma média de 1,1 mil por ano: 

  • 2019: 1.384; 
  • 2020: 1.014; 
  • 2021: 1.211; 
  • 2022: 1.216;
  • 2023 (parcial até 28/11/2023): 1.018.

“A epidemia no estado segue o cenário nacional, acometendo mais pacientes do sexo masculino, jovens, de até 29 anos, raça preta ou parda e de homens que fazem sexo
com homens (HSH)”, informou a gerente de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da
SES, Alessandra Salvatori.

Sobre o trabalho de prevenção e alerta, a SES informa que tenta contribuir com a sensibilização e a difusão dos mecanismos de prevenção das infecções sexualmente
transmissíveis, como testes rápidos, preservativos internos e externos. 

Além disso, busca-se capacitar os profissionais de saúde e levar informações sobre forma de contágios e métodos de prevenção, reforçando a importância da conscientização da população para o uso do preservativo em todas as relações sexuais.

A SES pontua que o desenvolvimento das ações são de programação do calendário dos municípios.

Especificamente em Campo Grande, há 6,2 mil Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA), conforme os dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM). 

Este dado representa o número de pessoas cadastradas ativas que já iniciaram o tratamento em algum momento do seu diagnóstico.

Campanha e cuidados 

Ontem (1º) foi a data para lembrar o Dia Mundial da Luta Contra o HIV/Aids. Por isso, em todo o mês de dezembro ações são realizadas para dar visibilidade ao tema e, principalmente, combater o estigma e a discriminação que ainda acompanham as pessoas que vivem com o HIV/Aids.

“Nesses 40 anos de luta temos muito a comemorar. Possuímos hoje medicamentos muito potentes para frear a replicação do vírus no organismo, impedindo a manifestação e o adoecimento conhecido como Aids”, disse Alessandra. 

Segundo ela, esses medicamentos suprimem de tal forma o vírus que temos o conceito hoje de indetectável igual a intransmissível, ou seja, o uso regular desses medicamentos impede que o paciente transmita o vírus para outra pessoa.

“Temos também, atualmente, uma comodidade posológica, ou seja, lá no início da pandemia há mais de 40 anos, os pacientes tomavam 10, 12 comprimidos por dia, o chamado coquetel contra o HIV. Hoje, a maioria dos pacientes toma dois comprimidos ao dia e em 2024 vamos ter a inclusão de uma nova pílula combinada onde os pacientes farão uso de apenas um comprimido ao dia”, explica. 

Logo, o termo utilizado há anos – coquetel – não cabe mais para as pessoas vivendo com HIV/Aids.

Além dos medicamentos para tratamento, há as profilaxias medicamentosas a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e a PrEP (Profilaxia PréExposição), medicamentos que protegem as pessoas de contraírem o vírus em caso de exposição. 

Em relação às estratégias de prevenção combinada, o Estado registrou, em 2023, 1.978 usuários de PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e 1.444 pessoas com pelo menos uma retirada de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição).

Além disso, neste mesmo ano, a SES distribuiu 120,2 mil testes rápidos e 3,7 milhões de camisinhas – preservativos internos e externos – a todas as unidades de saúde dos municípios, exceto Campo Grande, pois a Capital recebe os preservativos diretamente do Ministério da Saúde. 

Os preservativos podem ser retirados em qualquer unidade de saúde, sem restrição de quantidade e sem a necessidade de identificação.

Sinais e sintomas

Os sintomas do HIV variam dependendo da fase de infecção. Ainda que na maioria dos casos o maior potencial de doença seja alcançado nos primeiros meses, muitas vezes o indivíduo não sabe ser portador do vírus.

Nas primeiras semanas após a infecção, algumas pessoas podem não manifestar sintomas. Entretanto, outras apresentam sintomas de uma síndrome gripal, incluindo febre, dor de cabeça, erupção cutânea e dor de garganta.

Como a infecção enfraquece aos poucos o sistema imunológico, a pessoa pode desenvolver outros sinais e sintomas, tais como inchaço dos gânglios linfáticos, perda de peso, febre, diarreia e tosse.

Transmissão

O HIV pode ser transmitido pelo contato com diversos fluidos corporais de indivíduos infectados, como sangue, leite materno, sêmen e secreções vaginais.

Não é possível se infectar por meio de contatos cotidianos, como beijo, abraço, aperto de mãos ou compartilhamento de objetos pessoais, comida ou água. 

Fatores de risco

Algumas práticas ou condições que podem aumentar a exposição ao vírus HIV:

  • Práticas sexuais sem proteção.
  • Possuir alguma outra infecção de transmissão sexual, como sífilis, herpes, clamídia, gonorreia ou vaginose bacteriana.
  • Compartilhar agulhas ou seringas contaminadas, soluções de drogas e outros materiais para consumo de drogas injetáveis.
  • Receber injeções não seguras, transfusões de sangue e procedimentos médicos ou estéticos, que envolvam materiais não esterilizados.
  • Acidentar-se com agulhas contaminadas, principalmente no caso de profissionais de saúde. 

Prevenção

Os indivíduos podem reduzir a possibilidade de infecção por HIV limitando a exposição aos fatores de risco. Os principais métodos de prevenção combinada são: 

  • Uso de preservativos interno e externo.
  • Ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST.
  • Testagem e aconselhamento para HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.
  • PrEP (Profilaxia Pré-Exposição).
  • PEP (Profilaxia Pós-Exposição).
  • Tratamento antirretroviral para todas as pessoas vivendo com HIV.
  • Prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B (quando a transmissão ocorre da mãe para o filho).

ABRANGE MS

Aquífero Guarani corre o risco de secar, alerta estudo

Chuvas não estão sendo suficientes para repor volume na maior reserva de água doce subterrânea do mundo

12/10/2024 17h30

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países Reprodução / Jornal Nacional

Continue Lendo...

O Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do planeta, está secando. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que concluiu que as chuvas atuais não são suficientes para repor o volume de água da reserva.

O Aquífero Guarani se estende por uma área total de aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros quadrados, abrangendo partes de sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, além de partes do Paraguai, Uruguai e Argentina.

A seca histórica no Brasil tem gerado efeitos visíveis, como queimadas e a diminuição dos níveis dos rios, mas o problema se estende também à camada subterrânea de água.

Segundo o estudo, atualmente, o consumo de água do Aquífero Guarani é maior do que sua reposição, com perspectiva de redução do nível de 120 metros em 70 anos em algumas áreas.

De acordo com o professor Didier Gastmans, pesquisador do Centro de Estudos Ambientais da Unesp, a falta de chuvas é o principal fator que impede a recomposição do aquífero.

"Nós não estamos recompondo porque não está chovendo nada, e o que acaba acontecendo é que você acaba usando a água para os mais diversos fins”, explica.

Além disso, o aumento da temperatura global provoca uma evaporação mais rápida da água das chuvas, dificultando ainda mais a infiltração no solo.

"A movimentação é muito lenta. A água se movimenta a uma taxa de centímetros por ano", afirma Gastmans, destacando que as águas têm mais de 100 mil anos e infiltraram-se há milênios.

O Aquífero Guarani é importante para o abastecimento de cerca de 90 milhões de pessoas no Brasil. Durante períodos de seca, ele pode responder por até 90% da descarga das nascentes, sendo o segundo maior uso para irrigação agrícola.

No entanto, a exploração excessiva, aliada a secas prolongadas, ameaçam sua capacidade de manter o fluxo dos rios e nascentes, o que pode agravar crises hídricas.

Diante desse cenário, o professor alerta para a necessidade urgente de um sistema de monitoramento em tempo real que permita uma gestão adequada dos recursos hídricos.

"Precisamos saber quando podemos utilizar água superficial e quando devemos recorrer à água subterrânea, de forma que respeite a capacidade do aquífero e atenda às demandas", conclui.

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero guarani

O Aquífero Guarani está localizado na região centro-leste da América do Sul e ocupa área de 1,2 milhão de km², estendendo-se pelo Brasil (840 mil km²), Paraguai (58,5 mil km²), Uruguai (58,5 mil km²) e Argentina (255 mil km²).

Trata-se de um lago subterrâneo de água doce maior do que a área somada da França, Espanha e Inglaterra.

Da área total, 2/3 estão localizados em território brasileiro, abrangendo estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A área de afloramento do aquífero mais importante em MS representa cerca de 31.299 km², localizada na região nordeste e parte da sudoeste, abrangendo em quase toda sua extensão a bacia hidrográfica do Alto Taquari.

Entre os municípios mais importantes estão São Gabriel do Oeste, Coxim, Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes e Sonora. Há outra porção situada a oeste de Campo Grande, que se estende até o Paraguai. 

fatalidade

Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).