Cidades

Julgamento

Acusado de matar ator e depois se esconder em MS é julgado em São Paulo

Após cinco anos do crime, Paulo Cupertino Matias está sendo julgado em São Paulo. Ele esteve escondido em várias cidades de Mato Grosso do Sul, onde, em uma delas, trabalhava como cuidador de gado.

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Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Silva Miguel, de 52 e 50 anos, respectivamente, em 9 de julho de 2019, começou a ser julgado nesta quinta-feira (10), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Após o crime, o réu ficou 8 meses escondido em Mato Grosso do Sul, usando um nome falso, até ser preso em 15 de maio de 2022.

Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Paulo Cupertino é acusado de matar o ator por não aceitar o relacionamento dele com sua filha, Isabela Tibcherani, que, na época, tinha 18 anos. Atualmente, a jovem deixou de usar o sobrenome do pai.

O ator Rafael Miguel, que atuou em novelas como Chiquititas, e seus pais foram assassinados em 2019 em uma rua próxima ao carro da família, quando deixavam Isabela na casa da mãe, localizada na zona sul de São Paulo.

Logo após o crime, Paulo Cupertino fugiu. Segundo as investigações, ele chegou a se esconder em uma fazenda em Mato Grosso do Sul, onde trabalhou como cuidador de gado. Ele também passou por um abrigo em Rio Brilhante, a 160 quilômetros de Campo Grande, e, quando foi preso, utilizava documentos falsos com o nome de Manoel Machado da Silva.

Paulo Cupertino também morou em Eldorado, a 441 quilômetros de Campo Grande, onde foi reconhecido por uma testemunha enquanto frequentava uma barbearia. Desde então, a polícia não teve mais notícias sobre o seu paradeiro.

Desde então, Paulo Cupertino Matias foi um dos criminosos mais procurados pelas autoridades de São Paulo. Ele foi preso em maio de 2022, quando foi encontrado escondido em um hotel em Interlagos, zona sul da capital paulista.

Como réu no julgamento, Cupertino responde na Justiça por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Além dele, dois amigos, Eduardo José Machado e Wanderley Antunes Ribeiro, serão julgados no mesmo processo; porém, a dupla responde em liberdade.

Ambos são acusados de favorecimento pessoal, pois ajudaram Paulo Cupertino a fugir e se esconder após os homicídios. Eduardo é dono de uma pizzaria na zona sul, enquanto Wanderley morava em Sorocaba.

De acordo com informações do Portal G1, a previsão é que o júri termine até a próxima sexta-feira (11). Segundo a Justiça, a filha e a ex-mulher de Paulo Cupertino pediram para ser ouvidas de forma virtual, ou seja, sem a necessidade de estarem presentes no plenário.

O pedido chegou a ser recusado pelo juiz, mas foi autorizado que elas prestem depoimento sem a presença do réu.


O crime

Conforme relatos do Portal G1, câmeras de segurança gravaram o momento em que Paulo Cupertino atira em Rafael, João e Miriam em frente à casa onde Isabela morava com a mãe. Após os tiros, Cupertino fugiu do local.

Segundo as investigações, foram sete tiros em Rafael (um na cabeça, um no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo). João foi atingido por quatro disparos (um no peito, dois no braço esquerdo e um no braço direito). Miriam acabou baleada duas vezes (uma no peito e outra no ombro).

Após três anos do crime, em maio de 2022, a Polícia Civil encontrou Paulo Matias Cupertino disfarçado, usando uma identidade falsa com outro nome em um hotel de São Paulo.

 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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