Cidades

EDUCAÇÃO

Alunos terão dificuldades no retorno ao presencial, avaliam especialistas

Aulas no município começam dia 26 de julho, e no Estado, em 2 de agosto

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As aulas presenciais nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul, tanto municipais quanto estaduais, serão retomadas no segundo semestre deste ano letivo, após um ano e meio sendo realizadas de forma remota. 

Por causa desse período longe do convívio diário, especialistas ouvidos pelo Correio do Estado avaliam que o retorno trará grandes dificuldades, principalmente para os alunos mais pobres.

Desde a chegada da pandemia de Covid-19 no Estado, em março de 2020, os ambientes escolares foram substituídos pelo ensino remoto, implementado no País com o objetivo de amenizar os efeitos que o isolamento social impôs à educação. 

Na prática, a realidade de um ensino desigual foi potencializada e se transformou em um abismo, em que as oportunidades se distanciam dos mais vulneráveis.  

As consequências diretas da pandemia serão sentidas dos prejuízos na alfabetização até o abandono escolar. 

Últimas notícias

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, serão necessários muitos investimentos no setor para que os danos educacionais sejam reparados a longo prazo.  

“Prevemos grandes dificuldades na retomada das aulas nas séries iniciais, haverá muita defasagem de aprendizagem. 

Esta, inclusive, será a nossa grande dívida com essa geração de alunos”, ponderou.  

A pesquisa mais recente do Instituto Datafolha apresentou um cenário em que 40% dos estudantes da Educação Básica no Brasil não estão evoluindo na aprendizagem. 

Conforme relatado pelos pais ou responsáveis, desmotivados, grande parcela dos estudantes consideram abandonar os estudos.  

Em relação ao impacto da pandemia na alfabetização, a pesquisa apontou que mais da metade das crianças, por volta de 51%, estacionou na aprendizagem. 

Em 22% dos casos, os pais alegam que houve retrocesso, ou seja, as crianças desaprenderam conteúdos com os quais já estavam familiarizadas.

Desafios

Segundo a pedagoga Kátia Araújo, o período de volta às aulas será muito difícil, por conta de todos os meses em que as crianças ficaram fora da sala de aula. 

Conforme a professora, a primeira etapa será de readaptação ao ambiente escolar. Por outro lado, as escolas particulares retomaram as atividades ainda em 2020.

Para crianças menores, será necessário utilizar recursos lúdicos para que a volta ao ensino seja possível, por meio de trabalhos com música, jogos e ferramentas que façam a escola ser atrativa e interessante novamente. 

Araújo ponderou que as atividades diagnósticas serão importantes para detectar o que de fato ficou defasado no aprendizado.  

“Teremos que contar com professores de reforço, haja vista que muitas crianças terão dificuldades. 

Será necessário buscar, ainda, uma nova metodologia de ensino atrelada ao ainda recorrente cenário de pandemia”, ressaltou Kátia.

Retorno

Com aulas remotas há 14 meses, MS se prepara para retomar as aulas na Rede Estadual de Ensino (REE) em 2 de agosto. 

A nova data foi definida em reunião conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).  

Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SED), o retorno será gradual para os mais de 200 mil alunos matriculados nas 345 escolas da rede e deve obedecer aos critérios definidos pelo Prosseguir.  

O município que estiver na bandeira cinza, grau extremo de contágio por Covid-19, só poderá ter 30% dos estudantes em sala de aula, com o restante no sistema remoto.

Incertezas

Mãe de oito crianças e adolescentes, a cuidadora de idosos Ericka Ferreira da Silva, 35 anos, relatou ao Correio do Estado que, por ora, não pretende mandar os filhos de volta para o ensino presencial nas escolas públicas de Campo Grande. 

“Prefiro esperar para que eles se vacinem primeiro, aqui em casa só eu estou imunizada”, afirmou.

Com a rotina intensa de trabalho no hospital, Silva afirmou que as filhas mais velhas se transformaram em tutoras em casa.

“Agora ficou melhor aqui em casa, conseguimos colocar internet para facilitar o ensino”, ponderou.  

Para conter o avanço da doença atrelada às aulas presenciais na Capital, a Rede Municipal de Ensino (Reme) fará o ensino escalonado. 

Com uma série de mudanças na rotina escolar, a retomada está prevista para o dia 26.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), haverá limite de ocupação das salas de aula de 30% a 50%. 

Por esta razão, para o revezamento, uma turma poderá ser dividida três. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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