A Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul) emitiu nota de pesar e solidariedade aos familiares da juíza Viviane Vieira do Amaral Arrenzoni, 45 anos, assassinada pelo ex-marido na véspera de Natal (24), no Rio de Janeiro.
Em nota, Amamsul afirma que, além do pesar, se compromete a realizar ações concretas para o enfrentamento dos crimes contra as mulheres, nos ambientes público e privado.
“O feminicídio é um crime de ódio, com raízes na estrutura patriarcal e sexista presente na nossa sociedade e por meio da qual se deseja manter a mulher na condição de subalternidade e inferioridade”, diz a nota.
Ainda conforme a Amamsul, o número de feminicídios tem aumentando expressivamente no Brasil e em Mato Grosso do Sul e, “acontece justamente nos momentos em que as mulheres resolvem abandonar os papéis sociais a elas impostos”.
Por fim, a nota afirma que os princípios de igualdade e da dignidade da pessoa humana estão previstos na Constituição Federal.
“Toda a sociedade é responsável pela busca da igualdade de fato entre os gêneros e os magistrados sul-mato-grossenses não poderiam se abster de cumprir seu papel, de forma a contribuir para a construção de uma sociedade menos violenta, mais solidária e isonômica”, finaliza.
A juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) foi assassinada na última quinta-feira (24), véspera do Dia de Natal, pelo ex-marido Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante.
A magistrada foi esfaqueada no momento em que entregaria as três filhas que tinha com Arronenzi para passar o Natal com ele.
Ela chegou a pedir medida protetiva contra o ex-marido, mas depois retirou o pedido. A escolta era feita pela segurança do Tribunal de Justiça.
A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do engenheiro.