Um filhote de gato-maracajá, espécie que está na lista de risco de extinção, foi apreendido em Rio Brilhante, nesse sábado (24).
De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), a coordenadora de uma Organização Não-Governamental (ONG) protetora de animais fez uma solitação para o recolhimento do animal.
Segundo ela, uma mulher procurou a ONG e entregou o filhote, relatando que encontrou o animal na via pública, perto de uma escola.
A mulher acreditava se tratar de um gato doméstico e fez o resgate, entregando-o a ONG, que identificou que se tratava de animal silvestre.
A coordenadora também identificou sinais de domesticação no animal, pois ele era muito dócil.
Os policiais ambientais verificaram que o animal se tratava de um filhote macho da espécie Leopardus weidii (gato-maracajá), que aparentemente era criado ilegalmente.
O animal não apresentava ferimentos e foi apreendido e encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, para possível reintrodução na natureza.
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Gato-maracajá
O gato-maracajá tem olhos e patas grandes e uma cauda longa.
O habitat preferido desses animais são matas densas e, apesar de usar o solo para andar, o gato-maracajá prefere caçar andando na galhada de árvores.
Também conhecido como gato-do-mato, ele caça à noite sem a companhia de outros animais.
A depender da disponibilidade de alimentos, pode andar em um território de 1 km² até 20 km².
No Brasil, os locais onde o gato-maracajá é encontrado com maior frequência são a Amazônia e a Mata Atlântica. A população, no entanto, é pequena.
Segundo estimativas, existem entre 4,7 mil e 20 mil indivíduos na natureza no país, com tendência de queda.
A espécie está em risco grave de extinção, especialmente motivado por caça e fragmentação do habitat natural.