O término das obras do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, mais conhecido como a antiga rodoviária de Campo Grande, segue como uma incógnita na região central da Capital. Na manhã desta terça-feira (2), a pauta foi levada pelo síndico do local, Paulo Pereira, à Tribuna da Câmara Municipal em sessão ordinária.
Diante dos constantes atrasos para entrega das obras, com prazo inicial para terminar em 2023, Paulo cobra uma data fixa para conclusão da construção e a isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos proprietários, que enfrentam dificuldades para usar o espaço.
O motivo do pedido para que o IPTU seja extinto neste ano ano ou pelos quatro anos é que os proprietários ficaram reféns destas obras “sem ninguém poder trabalhar, vender ou alugar”.
Além disso, o síndico também pontuou quatro erros de projeto que foram responsáveis pelos atrasos, resultando em aditivos na obra. Parte do prédio é da iniciativa privada e outra parte do poder público. Um dos erros foi a retirada das telhas da parte dos proprietários.
“Precisamos que nossas telhas sejam devolvidas e precisamos de uma data fixa para término dessa obra. Chega de obra pública dar prejuízo para nós que pagamos altos impostos”, cobrou o síndico. Para o investimento, foram aportados R$ 17 milhões.
O segundo erro foi o problema no estacionamento, onde era a parada dos ônibus urbanos, que seria de fundação e sondagem. No local, “ficaram materiais jogados, atrapalhando a comunidade, os moradores e os proprietários”, relatou.
Já o terceiro erro foi do ar condicionado, que precisaria de mais R$ 3,5 milhões para resolver. Por último, apontou que uma rampa foi construída de forma errada, pois está escorada por andaimes para não cair, depois de ter consumido vários caminhões de concreto.
Atrasos e investimento
A obra de requalificação do Terminal Rodoviário Heitor Eduardo Laburu foi licitada em junho de 2022 e era para ter terminado em meados de 2023, já que a previsão inicial era de 360 dias. Posteriormente, o prazo foi adiado para junho desse ano, e foi novamente suplementado com mais 150 dias, sendo atualizado para o fim deste ano.
Em reportagem do Correio do Estado em junho desse ano, quando o contrato completou três anos desde sua assinatura, o Executivo Municipal disse que a demora na conclusão da construção era motivada pela necessidade de reprogramar o projeto, a fim de acrescentar alguns ajustes.
Além dos constantes atrasos na entrega, a obra também passou por inúmeros reajustes financeiros. O valor total do contrato está em R$ 24.157.865,28, sendo R$ 7.559.056,51 somente de aditivos.


