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MAIS OPÇÃO

Vereadores aprovam criação de aplicativo de transporte próprio da Capital

Projeto que será alternativa ao Uber, 99 e outros foi aprovado na Câmara e prevê 95% de lucro ao motorista

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Ainda ontem (5) a Câmara Muncipal de Campo Grande aprovou o Projeto de Lei, que prevê criar um Aplicativo Municipal de Mobilidade Urbana que teria repasse de 95% dos valores das corridas para os motoristas, além da estruturação de uma cooperativa desses trabalhadores.  A medida agora aguarda sanção da Prefeita, Adriane Lopes.

"Os custos cada vez maiores com combustíveis, manutenção e a crescente carga tributária, associados às altas taxas de serviço cobradas pelos aplicativos, por vezes consideradas inclusive abusivas, têm onerado excessivamente à população e desmotivado os motoristas. E o Poder Público não poderia assistir inerte a essa situação, sendo urgente que mecanismos legais inovadores, como o ora apresentado”, avaliou", explicou o autor da proposta, Junior Coringa. 

Como apontou o Correio do Estado, há cerca de dois meses, a ideia seria fomentar uma cooperativa de motoristas de aplicativos, que desfrutaria do apoio dos serviços das incubadoras municipais, tanto para ter prédio físico como sede, como orientações.  

Importante frisar que a Capital possui quatro incubadoras, sendo uma tecnológica localizada no bairro Estrela Dalva, e que essa ação não deve gerar custos ao Poder Público, conforme lembra Coringa.

Vale lembrar que ainda em abril foi dado o primeiro passo, uma audiência pública, para discutir o projeto de lei (10.484/22), que aconteceu na Câmara Municipal no dia 6, para registrar dúvidas, opiniões e sugestões do público presente, para formular o projeto que agora segue para as mãos de Adriane Lopes. 

Realidade dos motoristas

Presidente do Sindicato dos Motoristas de Mobilidade Urbana de Mato Grosso do Sul, Diego Raulino aponta que um dos caminhos seria aproveitar a cooperativa que já existe em Campo Grande, mas que é desunida. Também que esse possível "MOB CG" deve ser uma alternativa para o motorista, não única opção.  

"Uma nova opção sim, mas não monopolizar esse serviço para ficar apenas um 'app' na capital. O problema são os passageiros, tem muito que confia apenas nas multinacionais, pioneira na cidade, então vai depender muito de uma forte divulgação. A prefeita tem a fonte para divulgar e nos apoiar, outdoor, ponto de ônibus, isso vai ajudar muito a categoria e os passageiros a conhecer a plataforma e ter acesso a ela", comenta ele.  

Para Diego, o mais pesado para o motorista ainda é o investimento em combustível, e que, mesmo com um aplicativo mais rentável, as horas trabalhadas não devem voltar ao mesmo patamar de 2016, quando com oito horas de serviço era possível manter a família.  

"Poucos motoristas rodam dentro do GNV, que é mais em conta. A maioria roda com carro alugado e roda na gasolina. Hoje em dia são 14 horas trabalhadas para você ganhar a mesma coisa que ganhava em oito. Só isso dá para ter uma ideia quanto está mais difícil hoje do que antigamente para se trabalhar com aplicativo", finalizou. 

 

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investimentos

CCR promete duplicar 75 km da BR-163 nos 3 primeiros anos do novo contrato

Obras resultarão em aumento do pedágio, que em 4 anos deverá subir 30%, chegando a R$ 19,67 nos trechos de pista dupla

15/11/2024 09h00

Duplicação da BR-163 deverá começar já nos primeiros anos do novo contrato, com 75 km em três anos; pedágio vai aumentar

Duplicação da BR-163 deverá começar já nos primeiros anos do novo contrato, com 75 km em três anos; pedágio vai aumentar GERSON OLIVEIRA

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O contrato de repactuação da BR-163, aprovado na quarta-feira pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que traz as novas regras da concessão a serem cumpridas pela CCR MSVia, prevê que nos três primeiros anos serão duplicados 75 quilômetros da rodovia.

No termo de autocomposição (termo técnico do documento que estabelece regras e condições do acordo que será assinado), consta que a concessionária deverá aplicar, pelo menos, R$ 1,087 bilhão na duplicação de 203 km da rodovia, considerando o valor por quilômetro de R$ 5,358 milhões, além de mais R$ 8,203 bilhões em todas as obras previstas, totalizando R$ 9,29 bilhões até 2054. 

A concessionária também investirá R$ 7,7 bilhões na operacionalização da rodovia, totalizando R$ 16,9 bilhões.

O contrato prevê que nos três primeiros anos deverão ser duplicados 75 km da rodovia, chegando a 80,04 km até 2039, com investimentos de R$ 411,3 milhões. Entre 2039 e 2044, mais 87,38 km de pistas duplas serão construídos, com investimentos de R$ 511,9 milhões. No período de 2045 a 2049, mais 11,12 km deverão ser duplicados, com aplicação de R$ 56,5 milhões, e entre 2050 e 2054, outros 34,48 km, com investimento de R$ 108 milhões. 

Além da duplicação, estão previstos 147,77 km de terceiras faixas, 22,99 km de vias marginais, 467,40 km de melhoria de acostamentos, implantação de 22,64 km de contornos em pista simples, implantação de 6,19 km de contornos em pista dupla, melhorias em 379 acessos, implantação ou melhoramento de 180 dispositivos e implantação de 22 passarelas. 

Esses contornos serão nas cidades de Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Vila São Pedro e Vila Vargas.

PEDÁGIO

Essas obras vão possibilitar que a CCR MSVia cobre mais dos usuários, porque na repactuação está assegurado um aumento de quase três vezes da tarifa em vigor atualmente.

Hoje, para todos os trechos, duplicados ou não, o valor cobrado é de R$ 7,52 a cada 100 km. Porém, o novo contrato prevê que, para a extensão que for duplicada, a tarifa poderá chegar a R$ 13,07 a cada 100 km, no primeiro ano, e alcançar R$ 19,67, em quatro anos. No caso dos trechos de terceira faixa, o valor será de R$ 17,40. 

Além desses valores, será cobrado um porcentual de até 5% por obra realizada, como contornos.

Esses valores vão ser praticados assim que o novo contrato for assinado, atendendo previsão do termo de autocomposição, que prevê aumento imediato de 33,78% da tarifa no primeiro ano sem estar atrelado à realização de obras, fazendo com que o pedágio chegue a R$ 10,06. 

O valor vai chegar a R$ 15,13 em quatro anos para pista simples e nas pistas duplas, a R$ 19,67. 
No caso de uma terceira faixa construída, o pedágio cobrado será 15% maior, passando para R$ 11,57 a cada 100 km, nos 12 primeiros meses, até alcançar R$ 17,40, em 48 meses.

Outros investimentos também vão aumentar o pedágio, como contornos, que vão provocar a “reclassificação de toda a tarifa”, mas em porcentuais reduzidos, “1% ou 1,6% para cada contorno e 5% para a conclusão das demais melhorias (acostamentos, acessos, dispositivos)”, pontua o acórdão do TCU. 

De acordo com o ministro relator do TCU, Aroldo Cedraz, “em relação às regras contratuais, foram adotadas regras semelhantes às do modelo de 5ª etapa, com algumas alterações específicas”, citando que haverá benefícios de isenções para motos, descontos para usuários frequentes, descontos para usuários que adotam o pagamento por tag (dispositivo eletrônico instalado no veículo) e previsão de Pontos de Parada e Descanso de caminhoneiros (PPD) e de postos de pesagem automáticos.

TARIFA MENOR 

Cedraz também alertou em seu voto, que foi derrotado em plenário, sobre o aumento tarifário além do necessário, considerando os R$ 15,13 a partir do quarto ano do novo contrato, mais que o dobro do valor cobrado atualmente. 

“O aumento da TBP [traifa básica de pedágio] em torno de 52% seria suficiente. Seria o aumento da tarifa atual de R$ 7,52 por 100 km para R$ 11,49 por 100 km, sem considerar os fatores redutores da tarifa que ainda deveriam incidir”, explica.

“Com um aumento da tarifa básica de pedágio em torno de 82%, os impactos das causas alegadas seriam integralmente compensados, podendo o contrato retornar ao seu estado inicial de exequibilidade sem que a concessionária sofra nenhum impacto dos riscos que foram integralmente alocados a ela. Seria o aumento da tarifa atual de R$ 7,52/100 km para R$ 13,74/100 km, sem considerar os fatores redutores da tarifa que ainda deveriam incidir”, complementa. 

Ele destaca que, levando em consideração vários fatores que pesam na elaboração da tarifa, “a solução que ataca as causas alegadas de maneira proporcional, atendendo à exigência legal de vinculação ao instrumento licitatório, ao preservar a proposta vencedora da licitação e preservando o equilíbrio contratual, ao adotar as regras contratuais para exclusão e inclusão de investimentos, deve resultar em uma tarifa certamente e consideravelmente inferior a R$ 11,49 por 100 km”.

“A proposta, no entanto, além de não demonstrar sua conexão entre os problemas contratuais enfrentados e anular a proposta da licitação, resulta em tarifa pelo menos 31% superior, ao apresentar tarifa de R$ 15,13 por 100 km. ‘Pelo menos’, porque o porcentual foi obtido a partir do valor de R$ 11,49 por 100 km e a tarifa proporcional ao problema é certamente inferior a esta”, diz o ministro.

INVIABILIDADE

Cedraz fez um alerta em seu parecer para que sejam revisados os valores para a realização das obras, sob risco de a repactuação se tonar inviável, como ocorreu com o contrato assinado em 2014. 

“É notório o aumento nos custos dos insumos utilizados nas obras do sistema rodoviário, com destaque para o cimento asfáltico de petróleo [CAP], que apresentou comportamento atípico nos últimos anos”, começa o ministro. 

“Neste sentido, considerando que o presente acordo visa repactuar um novo cronograma factível de obras entre a concessionária e a ANTT, consideramos razoável que se discuta a possibilidade de revisitar os custos do Capex considerados originalmente no contrato, visando atualizar os valores das obras, com destaque para os insumos que apresentaram comportamento de majoração em caráter extraordinário nos últimos anos, com o objetivo de permitir sua execução”, continua.

“Ora, caso sejam mantidos os investimentos originais, considerando a relicitação em curso, voltaríamos à condição atual sobre a inviabilidade de execução das obras necessárias, atestada pela ANTT quando da aprovação da relicitação”, finaliza.

O ministro aponta que esses custos foram apresentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na proposta de solução consensual.

Em 2012, o quilômetro da duplicação foi calculado em R$ 2,547 milhões, valor que pularia para R$ 4,504 milhões, seguindo as regras do contrato mais a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022, ano do cálculo usado como baliza no termo de autocomposição.

SAIBA

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) votaram, na quarta-feira, o parecer do ministro relator, Aroldo Cedraz, que foi contra a repactuação da BR-163.

Na seção, os ministros votaram contra o parecer e a favor do novo contrato entre a CCR MSVia e o governo federal. A repactuação garantirá investimentos de R$ 16,9 bilhões ao longo de 30 anos.

câmara de campo grande

PP não vai abrir mão de presidência e definirá nome nas próximas semanas

A princípio, ainda estão no páreo pelo cargo na Casa de Leis os vereadores reeleitos Beto Avelar e Professor Riverton

15/11/2024 08h00

Os vereadores progressistas Professor Riverton e Beto Avelar tentam viabilizar as candidaturas

Os vereadores progressistas Professor Riverton e Beto Avelar tentam viabilizar as candidaturas

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Após a prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmar que o partido não abrirá mão de disputar a presidência da Câmara Municipal na próxima legislatura, o partido vai definir nas próximas semanas o nome do vereador reeleito que representará a legenda no pleito.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, continuam no páreo para ser o nome do PP na disputa pela presidência da Casa de Leis os vereadores reeleitos Beto Avelar e Professor Riverton, enquanto o terceiro interessado, o vereador reeleito Delei Pinheiro, já teria informado que não concorrerá mais. 

Com isso, o Professor Riverton, que teve 6.271 votos nas eleições municipais deste ano, e Beto Avelar, que alcançou 4.063 votos, terão as próximas semanas para se viabilizarem com os demais colegas eleitos e reeleitos para, só então, voltarem a se encontrar com a prefeita Adriane Lopes, já com o martelo batido.

A reportagem apurou que os dois teriam chances iguais, porém, Professor Riverton levaria uma ligeira vantagem sobre Beto, em razão da aproximação que tem com o atual presidente, o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão. Essa amizade, dizem, facilitaria na composição da futura Mesa Diretora da Câmara de Campo Grande.

As próximas semanas devem ser decisivas dentro do PP de Campo Grande, pois a senadora Tereza Cristina (PP), a principal líder do partido em Mato Grosso do Sul, retorna da China, onde está acompanhando uma comitiva que viajou à Ásia para participar, entre outros eventos, do Workshop China-Brasil – Inovação e Biotecnologia para Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar, realizado em Pequim.

Tereza Cristina deve fazer os ajustes finais com as demais lideranças do partido na Capital para então começar para valer a disputa pelos dois cargos mais importantes da Casa de Leis.

ENTRAR DE CABEÇA

Em conversa com o Correio do Estado na semana passada, Adriane Lopes explicou que já se reuniu com os quatro vereadores eleitos e reeleitos pelo PP (Maicon Nogueira, Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton) e com os dois eleitos do Avante (Wilson Lands e Leinha) para ouvir deles sobre o processo de escolha do novo presidente da Câmara.

Além disso, ela revelou que já tinha se reunido com os dois vereadores eleitos pelo Republicanos (Herculano Borges e Neto Santos), a fim de tratar da mesma questão, e deixou encaminhada uma possível aliança em torno de um nome apoiado por ela para o cargo, totalizando, dessa forma, oito votos certos de um total de 29.

“O PP tem a segunda maior bancada da Câmara, e seria inadmissível não disputar a presidência da Casa de Leis. Por isso, conversei com os vereadores do partido e três demonstraram interesse no cargo. Dei a eles um prazo para viabilizarem as próprias candidaturas e o melhor terá o meu apoio para concorrer”, disse.

Ela deixou claro que o PP não pode abrir mão de concorrer, afinal, é de seu interesse ter no comando da Mesa Diretora um vereador aliado, e não um adversário. 

A gestora também considera como cargos-chaves para a sua administração as presidências das comissões permanentes de Legislação, Justiça e Redação Final e a de Finanças e Orçamento.

Sobre a reunião que teve com o governador Eduardo Riedel (PSDB), a prefeita negou que ele tivesse indicado um nome para disputar a presidência da Câmara Municipal.

“Não procede que o governador indicou alguém do PSDB para concorrer ao cargo. Pelo contrário, ele reforçou que a eleição da Mesa Diretora só diz respeito ao gestor municipal, e não ao estadual”, assegurou.
Ela acrescentou que Riedel lhe garantiu que não pretende intervir nesse processo e que ele deixou as articulações nesse sentido ao encargo dela. 

Por isso, Adriane fez questão de conversar com os vereadores do seu partido e dos partidos aliados para, só então, entrar de vez nas tratativas sobre essa questão.

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