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seca histórica

Após atingir menor nível em 124 anos, Rio Paraguai reage

Na régua de Ladário, rio chegou a 69 centímetros abaixo de zero no último dia 17. Após algumas chuvas, subiu oito centímetros nos últimos cinco dias

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Depois de chegar a 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário na quinta-feira da semana passada (17), o nível do Rio Paraguai melhorou pelo quinto dia seguido e nesta terça-feira (22) amanheceu com com oito centímetros mais alto, com 61 centímetros abaixo de zero. 

A melhora é resultado de pancadas de chuva que beneficiaram diferentes regiões do Estado desde o último 9, principalmente. Porém, esta reação ainda não significa que o período de vazante (quando o nível do rio cai) tenha chegado ao fim. 

A marca de 69 centímetros abaixo de zero superou em oito centímetros o pior nível que fora registrado em Ladário desde 1900, quando a Marinha começou a fazer as medições diárias. Em 1964, que até agora era o recorde, o nível chegou a 61 centímetros abaixo de zero. Em 1921 ocorreu  a segunda pior seca, com 60 abaixo de zero. 

E não é somente em Ladário que o nível do Rio Paraguai está esboçando reação. Em Cáceres, no vizinho Mato Grosso, o rio subiu 23 centímetros desde o dia 9, quando as chuvas se tornaram mas constantes. 

Em Cuiabá, onde existe outro local de medição diária da Marinha, o rio também chegou a subir 10 centímetros no fim da semana passada. Esta alta, porém, foi interrompida e no começo desta semana recuou quatro centímetros. 

Na Capital de Mato Grosso,  o rio estava na casa dos 94 centímetros fazia quase três meses. Ele só não baixou mais porque a hidrelétrica do Manso, rio acima, liberava regularmente cerca de 80 metros cúbicos de água por segundo, garantindo a estabilidade. 

E esta água extra, que em 1964 não era injetada no Rio Paraguai, uma vez que a represa não existia, ajudou a impedir que o recorde negativo de 2024 fosse ainda maior em Ladário. Após quase três meses, pela primeira vez o nível ultrapassou a marca de um metro.

Em outro local de medição, Bela Vista do Norte, localizado entre Cáceres e Ladário, o nível do rio também subiu cinco centímetros desde o dia 14. Isso indica que as chuvas, embora muito irregulares, beneficiaram a maior parte da bacia pantaneira. 

Abaixo de Ladário, no Forte Coimbra, onde o nível chegou a 1,98 metro abaixo de zero, a água subiu seis centímetros desde o último domingo e nesta terça-feira estava com -1,92

Em Porto Murtinho, porém,  o nível continua em queda e nesta terça-feira (22) amanheceu com apenas 54 centímetros, o que é 23 centímetros abaixo do menor nível de 2021, ano que até então havia sido marcado como da segunda pior seca da história da bacia pantaneira. Desde o começo de outubro, mês em que normalmente começam as chuvas, o nível recuou 15 centímetros na régua de Porto Murtinho. 

Mas, as chuvas registradas até agora não garantem que estas melhoras no nível do rio sejam contínuas, principalmente na região de Ladário, onde o nível depende principalmente da água que chega de Mato Grosso. A água do Estado vizinho, porém, demora até dois meses para chegar até a região de Corumbá. 

HIDROVIA

E, mesmo que o período de vazante tenha acabado, a tendência é de que somente a partir do final de janeiro é que a hidrovia volte a ser navegável, já que a perspectiva de que os bancos de areia sejam removidos antes disso. 
Em 2021, o menor nível do ano (-60) também foi registrado em 17 de outubro. Depois disso, começou a subir, mas somente em meados de fevereiro é que chegou à marca de 1,5 metro, nível mínimo para que as barcaças com minério que partem de Ladário e Corumbá consigam operar com capacidade máxima. 

Neste ano, o nível máximo do rio em Ladário chegou a apenas 1,47 metro, o que foi 2,77 metros abaixo do pico de 2023. I isso ocorreu porque a quantidade de chuvas foi em torno de 40% inferior à média histórica em toda a bacia pantaneira. 

Por conta da falta de água, a exportação de minérios despencou 41%% nos primeiros nove meses do ano, passando de 5,27 milhões para  3,13 milhões de toneladas. No ano passado, o transporte foi possível até novembro. Neste ano, teve de ser interrompido ainda em julho. 

Se houvesse a remoção de pelo menos quatro grandes bancos de areia do fundo do rio, o transporte seria possível inclusive durante a estiagem. Porém, os técnicos do Ibama de Brasília estão barrando estes trabalhos que foram classificados pelo próprio presidente do Ibama como de “manutenção de calado”. 

Cidades

Exército nega irregularidade em visitas a presos no Inquérito do Golpe

Visitas são feitas conforme regras militares, diz corporação

26/12/2024 20h00

Agência Brasil

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O Exército negou, nesta quinta-feira (26), irregularidades nas visitas de familiares e advogados aos presos no inquérito que apura a tentativa de instauração de um golpe de Estado no país após as eleições de 2022.

As explicações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes pedir que a corporação informe se os generais Braga Netto e Mario Fernandes, além dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima, estariam recebendo visitas diárias de parentes e advogados sem autorização judicial.

De acordo com ofício do Comando Militar do Leste, não há irregularidades nas visitas, que ocorreram conforme as regras militares. De acordo com as informações prestadas, Fernandes recebeu visitação às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos. As visitas a Braga Netto ocorreram às terças e quintas-feiras e aos domingos.

"Esta divisão de Exército esclarece que não há que se falar em visitação diária por ocasião da custódia do general de brigada Mario Fernandes, tampouco do general de Exército Walter Souza Braga Netto. Neste sentido, salvo outro juízo, não houve desrespeito ao regulamento de visitas estabelecido nesta OM [organização militar]", declarou o Exército.

No mês passado, Mario Fernandes, Rodrigo Bezerra e Hélio Fernandes foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília. Braga Netto continua detido na capital fluminense.

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Golpe

Estelionatário se passa de médico e idosa perde R$ 4,2 mil em MS

Criminoso relatou que valor seria destinado a compra de medicamentos para seu esposo, que está internado

26/12/2024 18h31

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado Divulgação Depac

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Uma idosa de 74 anos perdeu R$ 4,6 mil após cair em golpe na manhã desta quinta-feira (26), em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, o criminoso entrou em contato por telefone se passando por um médico. Ele justificou a ligação para informar a suposta necessidade de compra de medicamentos. Os remédios seriam destinados a seu marido, que de fato está internado na Santa Casa de Campo Grande desde o dia 9 de dezembro.

Além dos medicamentos, o criminoso informou à vítima que seu marido também precisava urgentemente de um novo aparelho hospitalar. Nesse sentido, ele solicitou duas transferências bancárias, uma de R$ 4 mil e outra de R$ 600 reais. Os pedidos foram prontamente atendidos pela idosa, que preocupada com a saúde de seu marido, não cogitou ser um golpe no momento.

Ao tentar transferir o valor, contudo, a idosa enfrentou problemas e não conseguiu realizar o depósito. Assim, ela pediu a seu irmão fazer o pagamento.

Momentos depois, ao entrar em contato com seu marido, a idosa percebeu que foi vítima de um golpe. Após este momento, a vítima reembolsou seu irmão e posteriormente procurou a Polícia Civil para relatar a situação.

O caso está registrado como crime de estelionato e está em investigação.

Idosa cai em golpe e perde R$ 13,2 mil na véspera de Natal em MS

Uma idosa de 60 anos caiu em um golpe e perdeu R$ 13,2 mil reais nessa terça-feira (24), véspera de Natal, em Dourados, interior de Mato Grosso do Sul.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima recebeu duas ligações de uma pessoa que se identificou como mecânico. Na chamada, o estelionatário informou que estava socorrendo uma pessoa conhecida da família, que supostamente estava parado na estrada com problemas em seu veículo.

O criminoso ainda revelou uma falsa surpresa: o suposto conhecido estava se dirigindo a casa da idosa. A vítima então prontamente passou a colaborar com o criminoso. Inicialmente, o golpista pediu R$ 2 mil, que supostamente seria para a compra de peças do veículo.

Ainda segundo o registro policial, assim que recebia o depósito solicitado, o estelionatário relatava um problema diferente no carro. Depois do primeiro Pix, ele pediu mais um de R$ 2 mil, depois um depósito de R$ 4,5 mil e outro de R$ 5,2 mil. Por fim, ele entrou em contato novamente e pediu à idosa uma transferência de R$ 1,5 mil. 

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