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Estuprada e morta: Juiz põe em xeque estratégia de silêncio adotada por padrasto e mãe de Sophia

"Silêncio seletivo" de réus faz juiz proferir decisão inédita sobre juntada de perguntas

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Após o silêncio dos réus do Caso Sophia, Christian Campoçano Leithem (padastro) e Stephanie de Jesus da Silva (mãe), acusados de maltratar, violentar e assassinar a criança de dois anos. O juiz de direito, Aluizio Pereira dos Santos, da 2º Vara do Tribunal do Juri de Campo Grande, tomou uma decisão considerada 'inovadora' e que deve quebrar a estratégia de se manterem calados na próxima audiência, marcada para o dia 5 de dezembro.

Conforme o despacho do juiz, na prática as defesas técnicas diante dos interrogatórios que ocorrem nas audiências, orientam seus clientes a não responderam as perguntas. Diante disso, caso a defesa dos réus do Caso Sophia decidam permanecer em silêncio, dessa vez os advogados deverão informar previamente e anexar ao processo perguntas e respostas.

"Os referidos advogados deverão dizer no prazo de três dias se será ou não a orientação supra dada aos acusados. Faculto-lhes juntar nos autos no prazo de 5 dias as perguntas dos advogados com as respectivas respostas dos acusados sobre o conteúdo da denúncia e provas do processo para fins de levar em consideração por ocasião da setença", diz o trecho da decisão feita no dia 20 de novembro.

Na interpretação do magistrado não há a necessidade de uma nova audiência presencial para que os reús permaneçam novamente calados diante das perguntas do juiz e dos assistentes. O prazo para que os advogados de defesa se posicioem termina amanhã (23).

Até o momento, somente a defesa de Stephanie se manifestou alegando que não irá enviar as perguntas e respostas previamente por entenderem que o pedido é inconstitucional.

"Por todo o exposto, a defesa técnica da Acusada Stephanie de Jesus da Silva manifesta sua discordância com tal imposição que ao entender fere princípios constitucionais, bem como o rito processual. Portanto a defesa irá seguir os trâmites processuais e não apresentará ao juízo perguntas e respostas antecipadamente", diz o trecho do despacho enviado ontem (21) à Justiça. 

A decisão do juiz gerou discordâncias entre os advogados do caso e foi vista como um 'absurdo jurídico' pelos advogados de defesa de Christian.

"Nós vamos peticionar no processo respondendo essa decisão que ele deu, mas é adianto que nós não vamos formular pergunta alguma e juntar no processo e tampouco juntar as respostas. Isso é um absurdo jurídico, isso não existe", afirmou o advogado de defesa, Pablo Chaves.

Para ele, "o silêncio parcial sim é um direito dos acusados, se ele não quiser responder às perguntas do magistrado e da promotoria, responder somente às perguntas da defesa, assim vai fazer. Só que nós nem traçamos e nem conversamos essa estratégia ainda, ele está tentando antecipar uma coisa que está marcado para o dia 5 de dezembro", rebate o advogado de defesa de Christian.

Do lado da acusação, a decisão do juiz foi considerada uma "estratégia inovadora" de se antecipar ao "Silêncio Seletivo", utilizado em casos complexos, como o de Sophia.

"Eu entendo que não há inovação alguma no despacho proferido pelo juiz. Observamos que desde que ele assumiu esse caso, são decisões técnicas e eficientes para fins de prestação jurisdicional que o caso requer, o que não dá qualquer margem para prejudicar as partes e o andamento processual. Considerando o caso, em que os réus já tiveram a oportunidade de falar e que as defesas dos acusados já sinalizaram que os acusados pretendem ficar em silêncio, eu vejo essa decisão como uma sugestão e não como uma imposição do juiz", observam os assistentes de acusação, advogado Josemar Fogassa e advogada Janice Andrade.

Por fim, os advogados de acusação consideram que a defesa dos réus quer atrair a atenção da imprensa e criar controvérsia. "Em suma, uma audiência feita para interrogatório em que os réus ficam em silêncio, é um ato esvaziado e serve apenas para criar burburinho na comunidade", aponta o advogado Josemar Fogassa.

Nova chance

A nova audiência foi marcada para o dia 5 de dezembro devido as novas provas anexadas ao processo de acusação, que incluíram o relatório do Gaeco que apontou as conversas via WhatsApp entre Christian e Stephanie. A defesa dos acusados pediu pela nulidade absoluta de todos os atos processuais e absolvição do crime de estupro do cliente.

"Considerando, finalmente, que aludido acusado disse nas alegações finais que, agora, pretende falar a este Juiz sobre a acusação lhe endereçada porque está ciente de todas as provas contra si produzidas: Em sendo assim, decido em dar-lhe nova oportunidade de ser interrogado por Juiz, benefício que estendo também à coacusada pelo mesmo fundamento", diz o trecho da decisão do juiz, na data do dia 14 de novembro.

Defesa de Christian pede para réu não ir a júri popular

Os advogados de Christian Campoçano Leithem, padrasto acusado de matar a pequena Sophia, de 2 anos, em janeiro de 2023, apresentaram as alegações finais de defesa à Justiça. No documento, além de alegar "fragilidade nas provas" contra Christian, a defesa pede a retirada da acusação de estupro, a anulação de depoimentos e que o réu não seja julgado em júri popular. 

Em fevereiro, após a morte de Sophia, Christian foi denunciado pela promotoria de justiça por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, e estupro de vulnerável. No entanto, a defesa alega que não existem provas suficientes para que o padrasto seja identificado como o responsável pela morte da menina, e sendo assim, não deve responder pelas qualificadas.

"Requer-se a exclusão da qualificadora do motivo fútil e meio cruel, eis que elementar do crime qualificado e não há indícios do elemento volitivo em relação a conduta de Christian CampoçanoLeithem, vez que não fora comprovada pelo órgão acusador qual a conduta praticadapelo acusado, insistindo com pretensão condenatória genérica sem individualizar as ações dos envolvidos", diz texto.

Estupro

Os advogados de Christian também pediram a absolvição do crime de estupro de vulnerável, já que não foi comprovado que o padrasto de Sophia teria cometido o delito. A coleta de material genético feita pela perícia apontou para uma terceira pessoa, logo, a defesa pede que Christian não responda pelo crime. 

Christian se manteve em silêncio

A recusa de responder às perguntas formuladas pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos foi uma orientação de ambas as defesas, que tentaram inclusive, no início da audiência adiar o interrogatório dos réus.

A defesa de Christian se manifestou para o juiz afirmando que realizar perguntas ao réu sem que os laudos de perícias pedidas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, como a do celular do acusado, atrapalha o princípio da ampla defesa e do contraditório, sendo que o réu poderia sair prejudicado. 

O caso

No dia 26 de janeiro de 2023, Stephanie de Jesus da Silva, de 25 anos, levou a pequena Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, em Campo Grande. Segundo as enfermeiras que realizaram o primeiro atendimento, a menina já apresentava rigidez cadavérica quando chegou à unidade. 

Posteriormente, a perícia constatou que a criança havia morrido 7 horas antes de chegar à UPA. O laudo necroscópico do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicou que Sophia morreu por um traumatismo na coluna causado por agressão física. Além das diversas lesões no corpo, a criança apresentava, ainda, sinais de estupro.

*Colaborou Alanis Netto.

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CAOS

Ônibus param pelo 2º dia e greve já é a maior em 31 anos

Campo Grande amanheceu chuvosa e sem ônibus nesta terça-feira (16)

16/12/2025 07h25

Caos dobrado: a terça-feira amanheceu chuvosa e sem ônibus em Campo Grande.

Caos dobrado: a terça-feira amanheceu chuvosa e sem ônibus em Campo Grande. ARQUIVO PESSOAL

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Terça-feira (16) amanheceu chuvosa e sem ônibus em Campo Grande.

O transporte coletivo está parado pelo segundo dia consecutivo e paralisado por tempo indeterminado. Com isso, a greve se torna a maior dos últimos 31 anos.

Em outubro 1994, na gestão do ex-prefeito Juvêncio César, o transporte coletivo paralisou por quase três dias. Os ônibus tomaram as ruas do centro e interditaram o trânsito. Na ocasião, motoristas murcharam os pneus dos ônibus em forma de protesto.

Hoje, mais uma vez, os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva".

Em contrapartida, as garagens amanheceram lotadas de ônibus estacionados. A greve foi alertada antecipadamente, estava prevista e não pegou passageiros de surpresa.

Por conta da chuva, ficou mais difícil recorrer a alternativas nesta terça-feira (16), sendo impossível chegar de bicicleta ao trabalho e complicado pagar o preço sugerido pelos transportes por aplicativo.

A greve ocorre por falta de pagamento. Com isso, os motoristas reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

DECISÃO JUDICIAL

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial. Veja a decisão judicial na íntegra:

"Arbitramento. A multa pelo descumprimento de determinação judicial (astreinte) possui natureza jurídica coercitiva, e não indenizatória, destinando-se a assegurar a efetividade da ordem judicial e a compelir o obrigado ao cumprimento da obrigação de fazer imposta pelo Juízo. Não se presta, portanto, à simples incidência pecuniária, mas à preservação da autoridade da decisão judicial e do próprio Poder Judiciário.

No caso concreto, verifica-se descumprimento deliberado e injustificado da ordem judicial proferida nestes autos, que determinou a manutenção mínima de 70% da atividade essencial de transporte coletivo urbano, serviço público cuja paralisação afeta diretamente direitos fundamentais da coletividade.

A certidão lavrada pela Oficiala de Justiça, acompanhada de documentação e registros de áudio, colhidos em estrito cumprimento ao mandado de constatação, atestou de forma inequívoca o descumprimento da decisão judicial, apesar da ciência regular e pessoal do sindicato profissional.

Além disso, trata-se de fato notório, amplamente divulgado pelos meios de comunicação de grande circulação, que não houve circulação regular de transporte público na data de hoje, circunstância que evidencia a completa inobservância da ordem judicial e o esvaziamento prático da tutela jurisdicional deferida.

Tal conduta configura grave afronta à autoridade do Poder Judiciário, revela menosprezo consciente à ordem judicial e compromete a prestação de serviço público essencial, tornando manifesta a ineficácia da multa anteriormente fixada para compelir o cumprimento da obrigação.

Diante desse cenário, reputo necessária, adequada e proporcional a majoração das astreintes para o valor de R$ 100.000,00 por dia de descumprimento, como meio apto a restaurar a autoridade da decisão judicial e assegurar sua efetividade.

Consigno, ainda, que o Presidente do Sindicato profissional, na qualidade de dirigente máximo da entidade e responsável direto pela observância das determinações judiciais, passa a figurar como sujeito passivo, em tese, do crime de desobediência ao cumprimento de ordem judicial, previsto no art. 330 do Código Penal, sem prejuízo das demais consequências legais cabíveis.

Intime-se com urgência.

Dê-se ciência ao Oficial de Justiça de Plantão para as providências necessárias à imediata intimação do sindicato réu e de seu Presidente, inclusive devendo se valer de força policial caso encontre resistência à intimação.

A presente decisão tem força de mandado judicial. 

Cumpra-se"

Audiência de conciliação, entre Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano, Consórcio Guaicurus e Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG), ocorrerá às 15h45min de terça-feira (16), na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-24ª Região), localizado na rua Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira, 208, Jardim Veraneio, em Campo Grande.

A expectativa é que haja conciliação entre as partes e que o serviço de locomoção pública seja restabelecido o quanto antes.

Pesquisa

Brasileiro debateu menos política em grupos de família e amigos no WhatsApp em 2024

Levantamento do InternetLab mostra que esse tipo de conteúdo apareceu com menos frequência nesses grupos do que em anos anteriores da série histórica.

15/12/2025 21h00

Divulação

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A circulação de notícias e discussões sobre política em grupos de família, amigos e trabalho no WhatsApp caiu em 2024, mesmo em um ano de eleições municipais.

Levantamento do InternetLab mostra que esse tipo de conteúdo apareceu com menos frequência nesses grupos do que em anos anteriores da série histórica.

A proporção de pessoas que apontam os grupos de família e de amigos como aqueles em que mais aparecem debates sobre questões da sociedade foi de 23% e 24%, respectivamente, em 2024.

Em 2023, quando não houve eleições, esses percentuais eram de 30% e 27%. Nos grupos de trabalho, a proporção manteve-se em 11%.

Já o compartilhamento de notícias sobre política em grupos de família, amigos e trabalho caiu de 31%, 29% e 13%, em 2023, para 27%, 24% e 11%, respectivamente, em 2024.

A diretora de Pesquisa e Operações do InternetLab, Heloisa Massaro, explica que, na etapa qualitativa da pesquisa, surgem relatos de saturação dos usuários desses grupos.

"Em anos anteriores, muitas pessoas diziam que, depois de brigas ou expulsões de grupos maiores, passaram a criar grupos paralelos, menores, com poucos amigos ou familiares, nos quais conseguiam conversar sobre política. O que observamos mais recentemente é um pouco diferente. Neste ano, apareceu mais um relato de saturação dos grupos em geral. Um cansaço mesmo. As pessoas estão menos ativas nos grupos", afirmou.

O estudo apresenta depoimentos de alguns entrevistados, sem identificá-los. Uma das entrevistadas, de São Paulo, relata sensação semelhante à descrita pela pesquisadora.

"Me sinto muito cansada com a quantidade de informações e de coisas que temos que acompanhar para manter contato e informação", afirmou.

Segundo Heloisa, isso não significa que o tema política tenha desaparecido das interações no aplicativo. "Muitas vezes, a discussão migra para conversas individuais no WhatsApp ou para outros espaços", disse.

"Nos grupos, pelo menos na minha família, ficou proibido mesmo. Quando alguém toca em algum assunto, como alguma mudança na economia, logo alguém interrompe, porque sabe que vai dar briga', contou outra entrevistada.

Medo de dar opinião

Mais da metade (56%) das pessoas que participaram da pesquisa relataram sentir medo de expressar opinião sobre política porque "o ambiente está muito agressivo". O percentual, no entanto, manteve-se relativamente estável nos últimos três anos, dentro da margem de erro.

"Esse indicador está estável desde 2022, quando atingiu 57%. Naquele ano houve um pico, o que é esperado, por ter sido uma eleição presidencial muito marcada pela polarização", explicou Heloisa.

Além disso, 52% dos entrevistados afirmam se policiar cada vez mais sobre o que dizem nos grupos, enquanto metade diz evitar falar de política para fugir de brigas.

"Os dados sobre as pessoas se policiarem mais cresceram até 2022 e depois se estabilizaram em um patamar um pouco mais baixo. Isso é consistente com o contexto, já que eleições federais tendem a gerar mais engajamento e mais conflito do que eleições municipais ou anos não eleitorais", afirmou.

"Acho que os ataques hoje estão mais acalorados. Então, às vezes você fala alguma coisa e é mais complicado. O pessoal não quer debater, na verdade já quer ir para a briga", disse uma das entrevistadas.

Mulheres se resguardam mais

No recorte por gênero, a pesquisa indica que as mulheres relatam mais medo de se posicionar, se policiam mais e evitam com maior frequência compartilhar mensagens que possam atacar os valores de outras pessoas.

"Em praticamente todos os indicadores ligados a se sentir seguro ou à vontade para falar de política, as mulheres aparecem com percentuais mais baixos. Já os homens predominam entre os mais ativos, administradores de grupos ou dispostos a compartilhar conteúdo mesmo com risco de conflito", disse Heloisa.

Menos usuários em grupos de debate político

De 2020 a 2024, o número de usuários que participam de grupos exclusivamente dedicados a debater política no WhatsApp caiu quase pela metade. Enquanto 10% dos usuários estavam nesses grupos em 2020, apenas 6% relataram participar deles em 2024.

Heloisa pondera, no entanto, que a variação foi pequena entre 2023 e 2024 e deve ser lida dentro de uma tendência mais ampla.

"Quando olhamos a série histórica, essa queda é gradual e acompanha uma redução geral do número de grupos dos quais as pessoas participam. Há também queda na média de grupos por pessoa. Por isso, interpreto esse dado mais como parte dessa tendência geral do que como um recuo específico e abrupto do debate político", afirmou.

Grupos de campanha eleitoral

Em 2024, houve aumento no recebimento de links e na inserção em grupos de campanha eleitoral no WhatsApp. A proporção de usuários que receberam um link e entraram em um grupo desse tipo cresceu nove pontos percentuais em relação a 2023 (36% ante 27%) e cinco pontos na comparação com 2022 (31%), ano de eleições federais.

"Isso sugere um uso mais sofisticado desses grupos por parte das campanhas. Vimos estratégias mais elaboradas do que em anos anteriores. Muitos desses grupos estavam ligados a bairros, comunidades locais ou ações específicas, algo característico das eleições municipais", explicou Heloisa.

"Ou seja, não é que o debate político tenha desaparecido. Ele continua existindo, mas de forma mais direcionada e estratégica, fora dos grupos tradicionais de família, amigos e trabalho", concluiu.

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