Cidades

infraestrutura

Após leilão, pedágio na Rota da Celulose começa no segundo semestre de 2026

Consórcio entre empresa K-Infra e a Galapagos Capital venceu disputa ofertando 9% de redução no valor da tarifa de pedágio

Continue lendo...

A Rota da Celulose, projeto que ofertou à iniciativa privada cinco rodovias em Mato Grosso do Sul, foi a leilão na tarde de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Entre quatro propostas, a do consórcio Rotas da Celulose, formado pelas empresas K-Infra e Galapagos Capital, foi a vencedora da disputa, com a proposta de reduzir em 9% a tarifa de pedágio proposta para a rodovia. 

A previsão é de que a cobrança comece a partir do 13º mês de contrato. Com isso, o pagamento deve iniciar no segundo semestre do ano que vem.

O projeto da Rota da Celulose é composto pelos trechos das rodovias estaduais MS-040 (de Campo Grande a Santa Rita do Pardo), MS-338 (de Santa Rita do Pardo a Bataguassu) e MS-395 (de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267), além de trechos das rodovias federais BR-262 (que liga Campo Grande a Três Lagoas) e BR-267 (que liga Bataguassu a Nova Alvorada do Sul). Ao todo são 870,3 quilômetros de rodovias.

Após o leilão, de acordo com o Escritório de Parcerias Estratégicas de Mato Grosso do Sul (EPE), “a empresa será convocada para assinar o contrato no prazo de 60 dias”.

Se o prazo foi cumprido corretamente, em julho o contrato deverá ser assinado. Assim, em agosto do ano que vem, os motoristas que circulam pelas rodovias já terão que pagar pedágio nas 12 praças previstas.

Conforme o edital publicado pela EPE em janeiro deste ano, o valor do pedágio varia de R$ 5,60 (na BR-267, em Bataguassu) a R$ 18 (na BR-262, em Ribas do Rio Pardo).

O valor é superior ao edital publicado no ano passado, no qual a previsão de pedágio variava de R$ 4,70 a R$ 15,20.

Entretanto, o valor total publicado no estudo do EPE receberá um deságio de 9%, conforme a proposta do consórcio Rotas da Celulose, vencedora do leilão. Com isso, o valor dos pedágios deverá variar entre R$ 5,09 e R$ 16,38. 

Dessa maneira, para percorrer os mais de 870 km de concessão, um carro deverá pagar R$ 151,06, contabilizando o valor do “desconto”.

LEILÃO

Depois de um leilão deserto no ano passado, na primeira tentativa de licitar a Rota da Celulose, quatro grupos fizeram proposta para comandar os 870,3 km das cinco rodovias que estão localizadas no leste do Estado, em região onde há grandes fábricas de celulose instaladas.

Além dos vencedores, também se interessaram pelo projeto de Mato Grosso do Sul o BTG Pactual Infraestrutura 3, que estava representada pelo Itaú, o consórcio Rotas do Brasil, representados pela Corretora Guide, e o consórcio Caminhos da Celulose, formado pelas empresas XP Infra V Fundo de Investimento e Participações e outras empresas.

Após o resultado, o governador Eduardo Riedel comemorou o grande interesse, já que esse foi um dos leilões mais disputados entre os ofertados pelo governo federal desde o ano passado.

“Um agradecimento especial às empresas que acreditaram nesse projeto, também horas de dedicação, de medição, avaliação. Todas empresas idôneas”, declarou Riedel.

“Deixo aqui um Estado de oportunidade, um Estado que caminha a passos largos para a reconfiguração completa de sua infraestrutura. E aqui estamos falando das nossas rodovias, das nossas ferrovias e das hidrovias, que precisamos ativas transportando mais de 10 bilhões de toneladas, dos nossos aeroportos, que voltaremos aqui em breve para discutir os regionais. Nesse Estado encravado no Centro-Oeste brasileiro que vocês terão grandes oportunidades de atuação”, completou o governador.

EMPRESAS

Conforme o ministro dos Transportes, Renan Filho, que esteve presente no leilão, essa é a primeira vez que o fundo de investimentos imobiliários Galapagos participou de uma licitação para administrar rodovias no Brasil, suplantando ofertas de gigantes do setor.

A empresa K-Infra, por sua vez, já tem experiência no setor, atuando na concessão de 180 km de rodovias no estado do Rio de Janeiro. No leilão, porém, o consórcio foi representado pelo diretor do fundo de investimentos Galápagos, Rafael Gonçalves.

“Estamos comprometidos em fazer com que essa concessão seja um sucesso e contribua fortemente para a economia de Mato Grosso do Sul e em seu crescimento, assim como no do Brasil”, declarou.

Em seu discurso, Riedel chegou a chamar a empresa de “esposa” e deu boas-vindas ao Estado.

“Obrigado Galapagos, a esposa de Mato Grosso do Sul. Vamos ter que conhecê-la, muito bem-vinda ao nosso estado. Da mesma maneira que seremos parceiro no dia a dia para construção, fiscalização, dos desafios a serem superados, contem conosco para a gente poder transformar isso da maneira exata como está colocado no projeto do nosso leilão”, declarou. 

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).