Cuidar de praças e jardins deveria ser um dever de toda a coletividade, pois, seria a maneira ideal para uma melhor qualidade de vida à toda a população, principalmente às crianças e aos idosos. Entretanto, nossa cultura nunca esteve voltada para essa realidade, deixando que as providências fossem tomadas pelo Poder Executivo municipal. Contudo, reconhecemos que o orçamento anual tem se mostrado insuficiente no atendimento às demandas da coletividade.
Campo Grande é a capital de estado que vem apresentando um nível de crescimento acima da média do País, situação que dificulta as ações de planejamento urbanístico como também orçamentário e, por isso, as previsões para as dotações destinadas às mais diversas áreas inerentes às responsabilidades da prefeitura se apresentem deficitárias e, com isso, as improvisações do dia a dia se tornam recorrentes, como é o caso, por exemplo, da iluminação pública, cuja manutenção é realizada a conta-gotas, penalizando os bairros mais distantes.
A tecnologia da informação, no tocante às publicidades, evolui com uma rapidez impressionante e cada vez mais inteligente e, possivelmente, com uma campanha voltada à concepção e manutenção de praças e jardins e que tenha por foco a participação do cidadão, envolvendo as famílias, com ênfase na juventude, pudéssemos dar início a uma nova cultura, capaz de conscientizar a sociedade de que as praças e jardins são de propriedade de todos e que as cuidar seria saudável às crianças, aos jovens, aos idosos, por meio de uma convivência mais humanizada.
A título de sugestão, três ou quatro bairros das diversas regiões poderiam ser escolhidos como um plano-piloto para o programa, capitaneado pela prefeitura, previamente divulgado de forma inteligente aos moradores, dirigentes de bairros, lideranças religiosas, comércio, etc., motivando-os a colaborar para o bem comum. Também, a elaboração de uma pequena cartilha pudesse ajudar nesse sentido. Com a demarcação da área, bem como o serviço de terraplanagem sendo executado a cargo da prefeitura, e a elaboração da jardinagem a cargo da comunidade, já motivada em relação ao projeto, seria uma questão de tempo.
Sempre que quisermos obter bons resultados em termos de consciência para usos e costumes deveremos utilizar as crianças e suas escolas, pois, se trata de plantar uma nova mentalidade com propósitos de focar não apenas uma esperança, como também melhorar a qualidade de vida das pessoas, tão carentes de atenção e de sensibilidade, e com isso também se consegue formar bons cidadãos. Talvez um projeto dessa natureza se multiplique, para o bem-estar de todos e satisfação aos nossos gestores.