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Integração e Modernização para a UFMS progredir e ser protagonista do desenvolvimento do MS

Integração e Modernização para a UFMS progredir e ser protagonista do desenvolvimento do MS

Redação

03/08/2016 - 02h00
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Marcelo Augusto Santos Turine é candidato a reitor da UFMS 

Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo é candidata a vice-reitora da UFMS

Os conhecimentos adquiridos na vida acadêmica propiciam o desenvolvimento. É imprescindível nos renovar e dialogar diuturnamente, buscar a ciência e as pessoas na tomada de decisões preservando o aspecto humano, como seres e educadores que podem sempre se ultrapassar a si mesmo. A universidade é um espaço de criação, de aprendizagem e de ensinamentos.

Neste cenário, nosso sonho é fortalecer a UFMS com um bom lugar para estudar, pesquisar, trabalhar e interagir com a sociedade. Um eixo estratégico para as práticas institucionais na administração pública. Uma universidade aberta para o diálogo amparado em muita ética, transparência, criatividade e respeito no âmbito interno, mas também externamente, na relação com a sociedade. Essa é uma prática incremental que buscamos para a UFMS a cada dia, criando debates construtivos e constantes que caminhem pela estrada da eficiência e da democracia, com integração e modernização institucional.

Em um cenário de redução de verbas para Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, de afronta ao direito à gratuidade do ensino, nosso projeto para reitoria da UFMS é pautado na governança pública e no planejamento estratégico para resgatar o papel protagonista da UFMS no desenvolvimento local, regional, nacional e internacional, buscando a excelência do ensino, da pesquisa, da extensão, do empreendedorismo e da inovação. 

Colocamos a nossa experiência em gestão pública, científica, tecnológica e de inovação, de articulação com as diferentes instituições de ensino e pesquisa do estado (UEMS, UFGD, UCDB, IFMS, Uniderp, Embrapa e Fundações MS e Chapadão), do setor produtivo, das federações (FIEMS, FAMASUL, FECOMERCIO, FAEMS e Sistema S) e das agências nacionais (CNPq, CAPES, FINEP, MEC, MCTIC e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), à disposição da comunidade UFMS, pois entendemos que a experiência é o diferencial para gerir a instituição pública em tempos de crises. 

Administrar a UFMS é enfrentar grandes desafios, tomar decisões corajosas, exercer um diálogo incessante interna e externamente e da mesma forma que as asas são essenciais para o voo, a experiência é essencial para a gestão. Sem asas não se voa, o horizonte é inalcançável, um sonhosem a menor chance de se realizar. Com asas e o saber voar, o horizonte é atingível e o futuro realizável.

Para isso, nosso plano de gestão está baseado em seis eixos: Ensino de Graduação e Pós-graduação; Extensão, Pesquisa, Empreendedorismo e Inovação; Vivência e Inclusão Universitária; Valorização da Equipe; Tecnologia da Informação; e Comunicação Científica e Social e Excelênciana Gestão Universitária. Várias ações merecem destaque, como (1) Reitoria Itinerante, para estabelecer comunicação direta entre a administração e as unidades setoriais nos diferentes municípios; (2) Consultoria externa para avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação, em conjunto com coordenadores e colegiados de cada curso, para obtenção de um diagnóstico técnico e um plano de metas a curto, médio e longo prazo; (3) Criação de Agência de Integração e Desenvolvimento de Projetos para estimular as parcerias, aumentar a captação de recursos e auxiliar a prestação de contas dos projetos; (4) Criação de Portfólio Institucional de competências da UFMS, um ponto de encontro na UFMS e uma vitrine tecnológica para parcerias com o setor produtivo e governos municipal, estadual e federal; (5) Criação da Pró-reitoria de Assuntos e Articulação Estudantis, para o fortalecimento e aperfeiçoamento da assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários com maior atendimento, creches, central de estágios e gestão dos egressos); (6) Reabertura do Morenão e revitalização do Auto Cine como espaços de integração, estímulo e consolidação de atividades culturais e desportivas e fortalecimento das atividades culturais e esportivas na universidade; (7) Criação da Escola de Extensão, para incrementar os cursos de qualificação e formação de profissionais e gestores de Mato Grosso do Sul; (8) Instituição de programa para o fortalecimento do senso de pertencimento efetivo à UFMS, por meio da melhoria do ambiente de trabalho, dos espaços e da infraestrutura e das relações humanas; (9) Criação do Gabinete Digital, com maior transparência nas decisões dos colegiados, com novas formas de participação e valorização do diálogo institucional e melhoria da representação efetiva; (10) Criação do Fórum de Coordenadores de Graduação, de Pós-Graduação de Diretores de Campus e Unidades para integração, debate e melhoria da missão institucional.

Acreditamos que é o momento de abertura para o outro, de alteridade nas relações, mais do que derrubar grades queremos construir pontes. Por isso, fizemos a questão de estar com todos nessa jornada, de ouvir cada pessoa que encontramos pelo nosso caminho. Em um momento de crise, de divisões, de dualismo políticos, de modelos e de ideias, a universidade precisa se reinventar, se transmudar e cumprir o seu papel de ser protagonista no desenvolvimento das pessoas.

Nossa UFMS é plural e, assim como a sociedade contemporânea, apresenta-se como um território vivo, repleto de atores distintos que constituem forças sociais heterogêneas com dinâmicas próprias, demandando arranjos institucionais que comportem todas as potencialidades inerentes a esse território de pessoas, e que gerem a visibilidade a toda essa riqueza de saberes que é a UFMS e para tanto, precisaremos de uma gestão centrada nas pessoas. 

O caminho para alcançar a qualidade e a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão passa por um choque de gestão em um processo de integração e modernização de sua estrutura administrativa e é exatamente isso que sabemos fazer. 

Nosso sonho para a UFMS implica em sustentar o Juntos Somos. Juntos somos diálogo, integração e modernização para as transformações que desejamos. Juntos somos uma reitoria aberta, integrada, democrática, experiente e articulada, que reúna os milhares de talentos da universidade, estado e empresa em verdadeira sinergia para o desenvolvimento social e econômico de Mato Grosso do Sul e do Brasil, pois Juntos somos UFMS!

* O Correio do Estado abre espaço para os candidatos à reitoria da UFMS apresentarem suas propostas, antes da consulta pública, no dia 4 deste mês.  
 

EDITORIAL

Propag: uma decisão que dura décadas

O secretário de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul pode até decidir o que prefere destacar, o que não pode é decidir o que a sociedade tem o direito de conhecer

16/12/2025 07h15

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O Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) foi desenhado para revisar termos das dívidas estaduais e permitir quitação em até 30 anos, com encargos menores, atrelando parte do alívio fiscal a investimentos e mecanismos de equalização federativa.

O prazo de adesão termina no dia 31. Trata-se, portanto, de uma decisão com efeitos fiscais, políticos e institucionais de longo prazo.

É justamente por isso que causa estranheza quando um movimento dessa magnitude parece avançar sem publicidade compatível com o tamanho do que está em discussão. Ainda que os ritos formais estejam cumpridos, e o Diário Oficial exista para isso, há decisões que não se esgotam no “publicou e pronto”.

A adesão ao Propag mexe com dívida e espaço fiscal, e isso exige mais do que um carimbo burocrático: exige explicação, justificativa e escrutínio.

Matéria publicada pelo Correio do Estado apontou que a adesão pode ser benéfica e abrir folga fiscal bilionária para os próximos anos. Se isso ocorrer na prática, melhor ainda.

Mas, justamente por ser uma oportunidade desse porte, não faz sentido que a sociedade seja informada por textos que parecem exigir esforço de “investigação”, recortes, vazamentos, boatos e notas lacônicas para compreender o básico. Decisão pública não pode depender de rumor para vir a conhecimento.

O secretário não é apenas o gestor do caixa, é, por definição, o guardião das chaves do cofre e da confiança do governador.

Seu dever não é somente buscar a melhor alternativa financeira, mas assegurar que a população, o Legislativo e os órgãos de controle entendam o que está sendo feito – por que, com quais condições, com quais impactos e com quais riscos.

Publicidade, aqui, não é uma peça de marketing nem release, muito menos demanda jornalística, quando se dão ao luxo de responder, é transparência, informação completa, tempestiva e verificável sobre atos que mexem com o dinheiro de todos.

Quando uma medida desse porte avança sem clareza por parte do secretário, o problema deixa de ser meramente jurídico e passa a ser de transparência. O silêncio produz um efeito inevitável: parece tentativa de fugir de perguntas. E perguntas são inevitáveis e legítimas.

Quais são os termos efetivos da adesão ao Propag? Há contrapartidas obrigatórias? Quais metas de investimento são exigidas e em quais prazos? Que impacto a adesão ao programa traz para a capacidade de investimento do Estado nos próximos anos? Há cláusulas que podem amarrar decisões futuras? Serão oferecidos ativos com lastro? Se sim, quais? Como foram avaliados? Quem avaliou? Esse tipo de compromisso atravessa mandatos e o que ficará para a próxima geração.

Boa governança começa pelo óbvio: se a decisão é boa, não há motivo para tratá-la sob reserva. Pelo contrário, quem tem convicção expõe os fundamentos, abre números, apresenta cenários e convida ao debate. Transparência não atrapalha, transparência protege a própria decisão.

Nada disso impede a adesão ao Propag, pelo contrário, torna a adesão mais legítima e menos vulnerável a ruídos. O que fragiliza não é a discussão, é o vazio de explicações.

O secretário precisa compreender que publicidade não é um favor à imprensa nem ao cidadão, é um dever institucional. É a materialização do princípio de que o erário não pertence a gabinete nenhum, pertence à sociedade.

Se o Propag é uma oportunidade, que seja tratado como tal: com informações completas. Se o secretário quer ser reconhecido como pilar de responsabilidade, não pode agir como se decisões fiscais estruturantes fossem assunto restrito a poucos. Confiança é ativo que não se negocia e, uma vez perdida, dificilmente se reconquista. 

ARTIGOS

Relaxa: você não precisa ter opinião sobre tudo

Estudo recente sobre comportamento em comunidades digitais revelou que quando alguém percebe que a opinião é minoritária, tende a manter o silêncio

15/12/2025 07h45

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Existe uma ansiedade silenciosa no ar: a sensação de que você deveria ter uma opinião pronta para cada assunto que aparece no feed. Um acontecimento político numa terça, um comentário de influencer numa quarta, uma treta musical na quinta.

E se você não fala nada, parece que está sendo omisso, alienado, cúmplice ou qualquer outra palavra grande que as redes adoram jogar. Mas a pergunta que vale mais do que todas as indignações do dia é simples: quem disse que você precisa opinar sobre tudo?

A verdade é que a internet criou uma espécie de olimpíada de opiniões. E a largada é dada a cada nova notificação. Só que, quando você olha os números, percebe que esse universo não é tão povoado quanto parece.

Uma pesquisa mostrou que 55% dos americanos já deixaram um comentário on-line em algum momento e 77,9% já leram comentários. Significa que tem muita gente olhando, mas só metade de fato escrevendo alguma coisa.

Quando se vai para os jovens, 55% dizem postar opiniões com frequência e 71% afirmam estar mais confiantes do que nunca para fazê-lo. De novo, parece muito, mas não é todo mundo. É só uma parte barulhenta.

Do outro lado tem um dado incômodo. Um estudo recente sobre comportamento em comunidades digitais mostra que, quando alguém percebe que a opinião dele é minoritária, 72,6% simplesmente ficam em silêncio.

A espiral do silêncio continua funcionando mesmo num ambiente que promete liberdade absoluta para falar o que quiser. Ou seja, o barulho das redes às vezes é menos democracia e mais repetição. A impressão de que “todo mundo está falando” pode ser só a repetição de um mesmo grupo de pessoas com muita disposição e pouco cansaço.

E vale lembrar que esse palco é enorme. O mundo tem 63,9% da população usando redes sociais. É muita gente. São horas diárias rolando tela, consumindo milhares de pequenos estímulos. Nesse ambiente, a opinião virou quase um gesto automático.

Às vezes você nem sabe exatamente o que pensa, mas já sente a pressão de ter que dizer alguma coisa. Ser rápido se tornou mais importante do que ser cuidadoso. E isso tem consequência.

Opinar o tempo todo transforma a discussão pública em uma competição permanente. Você não compartilha uma ideia, você disputa espaço. E existe um dado que mostra o quanto isso escalou: em uma pesquisa internacional, 20% das pessoas disseram que às vezes é necessário ser rude nas redes para que sua opinião seja ouvida.

Um quinto das pessoas já acredita que a forma de existir no debate é gritando. Não tem nada de saudável nisso. Só desgaste.

Talvez seja por isso que, silenciosamente, muita gente está cansada. Opinar sobre tudo virou um tipo de exaustão emocional. Até porque, para opinar sobre tudo, é preciso estar o tempo todo sabendo de tudo. E começar a falar menos pode não ser um gesto de covardia, mas de inteligência.

Você não precisa ser comentarista integral do mundo. Pode escolher onde sua voz realmente importa. Pode esperar. Pode investigar. Pode até mudar de ideia sem precisar explicar isso para ninguém.

Quando quase metade das pessoas não comenta e três quartos se calam quando acham que estão sozinhas, significa que o silêncio não é falta de interesse. É um pedido de pausa. É uma escolha. Não é uma desistência do debate, é só uma forma de não ser engolido por ele.

A ideia de que você precisa ter opinião sobre tudo é só mais uma pressão inventada pela lógica das plataformas. Você não é obrigado a entrar em todas as conversas. Nem deve. O valor da sua voz não está na frequência, está na relevância.

E, às vezes, a decisão mais lúcida é ficar quieto por alguns minutos, horas ou dias. Porque pensar é um processo mais lento do que postar. E tem coisas que não precisam de urgência. Precisam de reflexão. Aliás, a maioria delas.

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