Professor doutor Marco Aurélio Stefanes docente da Faculdade de Computação da UFMS, candidato a reitor
Professora doutora Alexandra Ayach docente do Centro de Ciências Humanas e Sociais da UFMS, candidata a vice-reitora
A UFMS vai promover consulta pública para indicação dos novos dirigentes no dia 4 de agosto. Concorrem à reitoria dessa instituição os professores Marco Aurélio e Alexandra Ayach, pela chapa movimento por uma UFMS diferente e eficiente.
O “Mude” foi construído por docentes, estudantes e técnico-administrativos, a partir de uma ampla discussão democrática sobre o papel da instituição na formação de cidadãos e profissionais capacitados para atuar na sociedade. A proposta de gestão 2016/2020 se guia para o fortalecimento da Educação Pública como um direito de todos e dever do Estado.
Unimo-nos por defender a diversidade como um princípio que deverá ser resguardado, pois temos como pressuposto que criatividade e a inovação se movimentam pela diferença. A universidade se constitui pelo plural!
A UFMS é um coletivo organizado e integrado de mais de 1,3 mil docentes, 3,2 mil técnicos-administrativos e 16 mil acadêmicos – com a sintonia entre os interesses da comunidade universitária e os da sociedade de Mato Grosso do Sul. Para tanto deverão ser pautados os critérios e a forma de uso dos recursos e das ações em busca da construção da excelência acadêmica e do papel social da Universidade.
Isso só será possível se resistirmos ao mercantilismo educacional que hoje vem ruindo as estruturas de um bem público, cujo espaço deverá estar comprometido com a reflexão, com a crítica e com o debate – preservando o princípio da autonomia, a qual refletirá na organização didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. A eficiência na gestão se traduz pela redução da burocracia dos processos, além da descentralização, permitindo o fortalecimento das unidades setoriais.
Para fazermos as mudanças necessárias teremos que propor a revisão e mudanças no Estatuto da UFMS, considerando as normatizações vigentes, e, sobretudo, garantir que as representações dos docentes, técnico-administrativos e discentes nos órgãos superiores desta Instituição sejam proporcionais.
Dessa forma, poderemos construir critérios para as tomadas de decisões e ordenamento dos fluxos de processos, de modo que as distribuições de recursos se expressem na melhoria da infraestrutura (projetos de iluminação, construções, adaptações de estrutura física entre outros), do currículo e da formação dos docentes e técnico-administrativos. Esta condução se guiará pelo princípio da transparência, garantindo que o respeito, tolerância, participação, racionalidade, confiança, compromisso e colaboração sejam fortalecidos.
O combate ao preconceito e a intolerância com relação aos grupos que foram historicamente excluídos da sociedade requer mudanças substanciais nas diretrizes curriculares com a finalidade de remover as barreiras atitudinais que se apresentam em nossas normatizações (oficiais e oficiosas).
Para que isso ocorra, precisaremos investir na formação de todos, por meio de programas integrados de ensino, pesquisa e extensão. Estas questões devem ser transformadas em desafios que não podem ficar entre as grades da UFMS. Ela deverá ser a indutora de ações que garantam que os direitos humanos sejam preservados extramuros também.
A eficiência da aplicação de recursos ocorrerá com base em diagnóstico para elaboração de critérios estabelecidos em gestão colegiada, por meio de ações integradas.
Estamos conscientes que teremos muitos desafios, com destaque para construirmos espaços confortáveis para que a permanência dentro do campus seja realizada com salubridade e segurança, ou seja, é preciso ampliar o número de salas de aulas, adaptar as existentes equipando-as. Criar espaços de convivência no campus, ampliar as bibliotecas, restaurantes universitários, construir moradias estudantis e, sobretudo fortalecer as coordenações de cursos de ensino de graduação e pós-graduação.
É preciso incentivar experiências institucionais e acadêmicas, assim como o processo de formalização e consolidação dos empreendimentos incentivando e fortalecendo as incubadoras. Também será necessário fomentar também novas ideias e incentivar projetos que direcionem o talento e a capacidade dos(as) técnico-administrativos(as) também para os campos de ensino, pesquisa e extensão, além do aprimoramento da própria gestão.
A localização geográfica dos Campi do interior em relação à cidade universitária, lócus da administração central, exigirá investimentos da reitoria de deslocamentos periódicos para, visando equacionar os problemas regionais junto à administração da Unidade. Atualmente, a UFMS tem campus em Ponta Porã, Bonito, Corumbá, Aquidauana, Nova Andradina, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Naviraí, Paranaíba e Coxim.
Administrar uma universidade requer competência técnica, científica, e, principalmente, conhecimento e vivência da atividade de educar de pesquisar e de fazer extensão. Esta complexa Instituição requer uma equipe gestora que tenha condições de gerenciar osrecursos financeiros em tempos de crise e fundamentalmente os recursos humanos. Atribuímos a essa última um valor inestimável.
E para isso, a chapa MUDE reúne tais atributos e conta com docentes e técnico-administrativos com excelente formação e que também reúnem os requisitos mencionados para fazer uma gestão, cuja metodologia será o diálogo – UFMS sem grades em torno da Reitoria. Vislumbra-se estreitar a distância que existe entre a nossa Instituição com a sociedade.
* O Correio do Estado abre espaço para os candidatos à reitoria da UFMS apresentarem suas propostas, antes da consulta pública, no dia 4 deste mês.


