Artigos e Opinião

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O passado desafia a ciência

A teoria de Darwin, unanimidade na comunidade científica, trouxe a base para compreendermos a evolução das espécies, mas alguns pontos ainda intrigam

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Ao longo da história, parece que nosso planeta foi palco de diferentes “camadas” de civilizações. Cada uma deixou marcas, enigmas e realizações que ainda hoje nos desafiam. Na camada atual, buscamos organizar o passado em linhas cronológicas, tentando conectar datas e teorias de evolução. Nem sempre, porém, essas conexões se sustentam de forma linear.

A teoria de Darwin, unanimidade na comunidade científica, trouxe a base para compreendermos a evolução das espécies. Mas alguns pontos ainda intrigam.

Há saltos inesperados e caminhos surpreendentes, como o caso do polvo – um animal com características biológicas únicas – ou o fator Rh negativo em humanos, cuja origem permanece pouco clara.

Esses exemplos alimentam a imaginação e levantam hipóteses sobre a Terra como possível “laboratório de experiências”.

Outro enigma fascinante é o surgimento e desaparecimento dos dinossauros. Eles habitaram todos os continentes e dominaram o planeta por milhões de anos. O fim abrupto, atribuído ao impacto de um meteoro na região do atual Golfo do México, teria desencadeado um inverno global que durou anos.

Para alguns, esse evento sugere não apenas um acidente cósmico, mas uma intervenção programada na história da vida.

Seguindo a linha do tempo, chegamos às primeiras civilizações humanas. Povos antigos demonstraram capacidades impressionantes: ergueram blocos de pedra de dezenas e até centenas de toneladas, como o monumental bloco de cerca de 570 toneladas na base da muralha em Jerusalém.

Além disso, desenvolveram conhecimentos científicos notáveis. Eratóstenes, físico e matemático grego, calculou a circunferência da Terra com precisão admirável há mais de dois milênios – e pensar que hoje ainda há quem defenda que o planeta seja plano.

Diante desse mosaico de enigmas, que vai dos saltos evolutivos às obras monumentais deixadas por povos antigos, o que realmente se evidencia é nossa inquietação ancestral. Cada hipótese, seja científica ou imaginativa, revela menos sobre o passado em si e mais sobre o desejo humano de construir sentido e reconhecer seu lugar na história do planeta.

É nesse espírito de investigação curiosa que em “Vale do Silêncio – O Enigma do Lago” não trago respostas, mas um convite, recriando, pela ficção, o impulso que sempre nos moveu: olhar para o inexplicável e ousar formular novas perguntas.

Ao final, não importa quão sólida seja uma teoria ou quão fantástica seja outra, o que permanece é a importância de continuar explorando e ampliando as possibilidades do que entendemos como origem.

Ao observar tantos pontos obscuros em nossa trajetória, fica claro que a humanidade ainda está longe de compreender completamente de onde veio. A ciência avança, corrige rumos, descarta teorias e propõe outras, mas deixa brechas que alimentam nosso impulso de investigar.

Cada lacuna é um convite para reexaminar certezas e assumir que parte do passado permanece fora do alcance. Especular não é apenas um exercício de imaginação, mas uma necessidade intelectual. Permite explorar caminhos improváveis, levantar hipóteses e reconhecer que a história humana é maior do que qualquer narrativa linear.

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Terrorismo e religiosidade

Fundamentalismo dos terroristas de todos os matizes é antissemita, anticristão e anti-hislamista, porque se vale da inimizade aos valores religiosos para disseminar o ódio

22/12/2025 07h45

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A propósito do recente e trágico ataque ocorrido na Austrália, que vitimou diversas pessoas – algumas delas fatalmente – durante a pacífica celebração do Hanukkah, a festa das luzes da comunidade judaica, impõem-se algumas reflexões sobre os motivos e as consequências de tal ato.

À falta de definição mais apropriada, e sem entenderem bem o que teria motivado os ataques, aparentemente praticados por pessoas isoladas, os analistas chamaram a atenção para a facilidade com que se adquirem armamentos hoje em dia, fenômeno que ocorre também em nosso País.

É simbólico que a festa das luzes seja muito próxima dos festejos de Natal. Também no Tempo do Advento as luzes da coroa vão sendo acesas em crescente até que a Luz do Mundo venha a nascer na noite tão esperada pelos cristãos.

Jesus Cristo não selecionava ninguém. Qualquer pessoa seria bem acolhida por Ele, bastando que professasse o único mandamento propriamente cristão: ama o próximo como a ti mesmo. Aliás, o Cristo ia além e dizia: amai vossos inimigos, o que revela, igualmente, o modelo mais aberto de compreensão da pessoa do próximo.

Na verdade, o fundamentalismo dos terroristas – de todos os matizes – é antissemita, anticristão e anti-hislamista, porque se vale da inimizade aos valores religiosos para disseminar o ódio, a cultura de morte a que já se referia São João Paulo II.

Trata-se, portanto, do mesmo tipo de fundamentalismo que outros grupos de terroristas praticam para excluir as minorias de todo o tipo, mesmo as que não professem nenhuma crença.

É simbólico que tenha sido Ahmed, o sírio, a desarmar um dos terroristas, o que lhe custou dois ferimentos.

Esses terroristas disparam, inclusive pelos meios de comunicação virtual, contra todos aqueles que não pensam como eles. Eis quem são, em certo sentido, os verdadeiros fundamentalistas do ódio. Por que teriam escolhido a reunião do Hanukkah, tão plena de simbolismos?

Não nos prendamos a esse vetor. Basta atentar para os recentes ataques a uma mesquita e a uma feira natalina para que se ponha foco na essência do que está em jogo.

A enorme confusão ideológica e doutrinal do terrorismo revela, antes de tudo, mentes perturbadas, incapazes de discernir entre o bem e o mal. Ou, se quisermos embaralhar ainda mais as cartas, incapazes de discernir a esquerda da direita.

A confusão ideológica, aliás, não é apenas um sintoma de desordem mental, mas a estratégia consciente de aniquilar a pluralidade inerente à condição humana.

O extremismo, ao se apropriar de símbolos sagrados e transformá-los em bandeiras de exclusão, trai a própria essência de qualquer fé que pregue a transcendência e o amor ao Criador, pois desumaniza a criatura feita à sua imagem.

Desta forma, o verdadeiro combate ao terrorismo não se limita à repressão policial ou militar, mas passa necessariamente pela defesa intransigente da educação e do diálogo inter-religioso.

É a luz da razão e da tolerância que deve ser acesa para dissipar a escuridão do fanatismo, provando que a diferença de crença jamais pode ser motivo para a guerra, mas sim o motor para um enriquecimento mútuo da civilização.

Urge que os homens de boa vontade se ergam, em uníssono, em favor de uma cultura de paz e de liberdade religiosa, e que todas as luzes se acendam em alerta contra toda e qualquer manifestação terrorista.

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A Câmara Municipal de Campo Grande foi atuante e presente no dia a dia da Capital

Depois de anos, a Câmara ouviu o clamor popular e retomou uma de suas funções mais importantes: investigar

22/12/2025 07h30

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Assumir a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande nesta legislatura que se iniciou este ano significou representar a Casa de Leis com o compromisso de estar presente de verdade no cotidiano da Capital.

Presente nos debates, nas decisões difíceis e nas cobranças que a população faz todos os dias. Ao longo deste primeiro ano, mostramos na prática o que sempre defendemos. Câmara CG, Presente por Você não é um conceito vazio. É postura. É trabalho diário. É compromisso com quem vive a cidade e espera soluções.

Logo no início do ano, tivemos a CPI do Transporte Público. Depois de anos, a Câmara ouviu o clamor popular e retomou uma de suas funções mais importantes: investigar.

A CPI não foi espetáculo, foi trabalho sério. Produziu relatórios técnicos, apontou falhas, identificou responsabilidades e apresentou encaminhamentos concretos, hoje, nas mãos dos órgãos executores.

Prova disso foi a instauração de inquérito por parte do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para dar continuidade às apurações iniciadas pelos vereadores da nossa Casa de Leis. A Câmara esteve presente onde precisava estar, enfrentando um problema histórico e dando respostas à população.

Outro marco deste ano foi o Projeto Pronto pro Trabalho, construído em parceria com o Senai e a Fiems, com a meta de capacitar até 10 mil pessoas para o mercado de trabalho.

É a Câmara atuando além do plenário, preparando a população para as oportunidades que estão surgindo e ainda vão surgir. Qualificação profissional sempre foi um caminho seguro para gerar emprego, renda e dignidade. E a Câmara fez sua parte.

Neste ano, mais de 1,5 mil profissionais foram capacitados para o mercado de trabalho. Uma conquista que aproxima os parlamentares de trabalhadores e de parceiros estratégicos.

Nada disso seria possível sem articulação política e institucional. Este é um plenário plural, com posições diferentes, visões distintas e debates intensos.

Ainda assim, a Mesa Diretora atuou com diálogo, respeito e capacidade de interlocução, sempre criando pontes. A Câmara buscou parcerias com instituições, entidades representativas, universidades, setores produtivos, além da classe política e das bancadas federal e estadual.

Essa atuação ativa permitiu construir agendas que transformaram diálogo em resultados concretos para Campo Grande. Divergências não paralisaram a Casa. Pelo contrário, fortaleceram um ambiente propositivo, em que a Câmara esteve presente para unir esforços e entregar resultados.

Os problemas da cidade existem e nunca foram ignorados. Falta de medicamentos, buracos nas ruas, demandas urgentes em todas as regiões. A Câmara não se omitiu. Fiscalizou, cobrou, dialogou e buscou soluções.

Um exemplo claro foi a devolução de R$ 9 milhões do duodécimo para apoiar a prefeitura na Operação Tapa-Buracos. Foi uma decisão responsável, tomada com foco no interesse coletivo. Em momentos difíceis, a Câmara esteve presente, ajudando a cidade a seguir em frente.

Também reafirmamos, ao longo do ano, a autonomia e a independência do Legislativo. Atuamos com equilíbrio, mas sem submissão.

A derrubada de vetos do Executivo garantiu a destinação de emendas remanescentes para a compra de insumos voltados às mães atípicas e assegurou o pagamento de emendas do Fundo Municipal de Assistência Social para entidades do Terceiro Setor, que atendem a população em situação de vulnerabilidade. Quando foi preciso decidir, a Câmara esteve presente e foi firme.

Nada disso é obra de um único vereador ou da Mesa Diretora isoladamente. Agradeço aos colegas vereadores e vereadoras, que compreenderam a importância do diálogo institucional e do compromisso com Campo Grande. Cada avanço é fruto de construção coletiva.

Encerramos este primeiro ano da atual legislatura com a consciência tranquila de que o trabalho foi feito. Seguimos para 2026 com responsabilidade, respeito à história desta Casa e foco no cidadão.

A Câmara Municipal continuará presente, vigilante, atuante e disponível. Porque o nosso compromisso é claro, todos os dias: Câmara CG, Presente por Você.

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