Artigos e Opinião

OPINIÃO

Sônia Puxian: "Muito dinheiro no bolso"

Jornalista, Membro da BPW – Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Campo Grande - MS

Redação

26/02/2015 - 00h01
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O ser humano tem dois tipos de preocupação: a primeira é ganhar dinheiro; a segunda é saber o que fazer com ele. Em alguns casos tem também a terceira: onde esconder tanto dinheiro. A maioria está na 1ª fase e a minoria na 3ª. Ter dinheiro é muito bom, mas conservar é que são elas. Muitas vezes as pessoas passam da conta e o limite vai por água abaixo. É melhor controlar as finanças e deixar o saldo sempre positivo. De nada adianta ter muito dinheiro e gastar mais do que ganha. 

E por falar em dinheiro anote aí dicas de T. Harv Eker, autor do livro “Os Segredos da Mente Milionária”: “Se você está juntando dinheiro para os dias difíceis, o que acabará conseguindo? Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de economizar para tempos ruins, concentre-se em guardar para os dias felizes ou para o dia em que você alcançar a sua liberdade financeira. Nesse caso, pela lei da intenção, é exatamente isso o que obterá”. 

Nem sempre as pessoas param para analisar o seu modo de pensar frente ao dinheiro. Muitas trazem consigo manias errôneas de lidar com ele seguindo o exemplo dos pais. Para alguns o dinheiro não traz felicidade, para outros é preciso trabalhar duro para ganhar bem. Tudo fica registrado na memória. Resultado? Dificuldade em alcançar um patamar satisfatório. Lembre-se, o que pensares com frequência acabará se tornando real. Mude o seu ponto de vista em relação ao dinheiro e goze dos seus benefícios. 

CADÊ MEU TRÔCO?  

Dia desses, na fila do supermercado um senhor de idade comentava: “Não gosto que o caixa fique me devendo troco. As empresas têm obrigação de dar o valor exato para o cliente”. Muitas vezes quando o consumidor faz questão dos centavos dá a impressão que é mesquinho. Mesquinho é quem fica devendo troco e nem pede licença. Ouve-se muito: “Posso ficar devendo os centavos?”. Só faltava essa. Conta esses centavos de cada cliente no final do dia, mês e ano... UGH!

Como diz a música de final de ano: “Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. Você já pensou nisso? Saúde pra dar e vender com muito dinheiro no bolso... Dois itens muito poderosos pra fazer alguém feliz. Quem não quer saúde e dinheiro... Todos querem. É necessário então ir em busca desses requisitos de forma certa e inteligente.

Cuide do seu dinheiro e valorize-o. Saiba a hora certa de gastá-lo e aprenda a maneira correta de ganhá-lo. Como tudo na vida, o dinheiro também tem o seu caminho: se for conquistado pelo trabalho honesto ele vai ficar com você, crescer e caminhar junto; se for de forma ilegal ele tomará o sentido contrário. 

DE OLHO NAS METAS

Veja o que diz o autor T. Harv Eker: “O seu campo focal determina o que você encontrará na vida. Concentre-se nas oportunidades e verá oportunidades. Atenha-se aos obstáculos e terá obstáculos. Não estou lhe dizendo para não tomar cuidado com os problemas. Trate deles à medida que forem aparecendo, no momento presente. Mas mantenha os olhos postos nas suas metas, permaneça em movimento rumo aos seus objetivos”. 

E ainda dá um conselho: “Se você deseja ficar rico, concentre-se em ganhar, conservar e multiplicar o seu dinheiro. Se prefere ser pobre, dedique-se a gastá-lo. Independentemente de quantas dezenas de livros você leia e de quantos cursos sobre sucesso você faça, tudo se resume a isso. Lembre-se: aquilo que você focaliza se expande”. 

O dinheiro é como amigo, se você tratar bem a amizade estreita-se e dura pra sempre, mas é preciso saber a forma de manter essa relação sadia e verdadeira. De nada adianta agir de uma maneira e depois mudar a forma de lidar com ele. O dinheiro também estabelece relação de intimidade com o seu dono e sabe direitinho a maneira como é tratado.  

Lembrete: “Enquanto você se esforça para ganhar o seu dinheiro suado e fruto do seu trabalho tem gente ganhando dinheiro na sombra e sem trabalho algum. E é muito dinheiro”. Pois é! Inacreditável...

EDITORIAL

É preciso passar um pente-fino na Cosip

O que a sociedade exige e com razão é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte

20/12/2025 07h15

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A deflagração da Operação Apagar das Luzes, nesta sexta-feira, pelo Grupo Especializado de Combate à Corrupção (Gecoc) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), é mais um daqueles episódios que deixam claro que a iluminação pública de Campo Grande guarda muito mais sombras do que se imaginava.

E, ao que tudo indica, ainda há muito a ser revelado sobre contratos, cifras e responsabilidades envolvendo um serviço essencial para a cidade.

Campo Grande figura entre os municípios que mais arrecadam no Brasil com a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Trata-se de uma arrecadação robusta, bilionária ao longo dos anos, paga mensalmente pelo cidadão na conta de energia elétrica.

Ainda assim, a realidade vista nas ruas é contraditória: bairros inteiros convivem com postes apagados, avenidas mal iluminadas e áreas que se tornam vulneráveis à criminalidade justamente pela ausência de luz.

A investigação que apura fraudes estimadas em R$ 62 milhões lança uma pergunta inevitável: como é possível faltar iluminação em um município que arrecada tanto?

Reportagem publicada pelo Correio do Estado no ano passado mostrou que a Cosip de Campo Grande superava, à época, a arrecadação de Curitiba – cidade com mais que o dobro da população. Mesmo assim, a capital sul-mato-grossense convive com um serviço precário e reclamações recorrentes da população.

O mais preocupante é que essas suspeitas de irregularidades surgem em meio a um discurso constante de crise financeira propagado pela administração municipal.

Se confirmadas, as fraudes não estariam ocorrendo em um cenário de escassez, mas sim em um verdadeiro manancial de recursos. Isso agrava ainda mais o quadro, pois revela que o problema pode não ser falta de dinheiro, mas falhas graves de gestão, fiscalização e zelo com o dinheiro público.

É legítimo esperar explicações detalhadas sobre os contratos firmados, os critérios de pagamento e a execução dos serviços. Mas isso, por si só, não basta. O que a sociedade exige – e com razão – é transparência permanente sobre a aplicação da Cosip. Trata-se de uma contribuição pesada no bolso do contribuinte, que deveria retornar em forma de ruas iluminadas, mais segurança e melhor qualidade de vida.

Nesse contexto, o trabalho do Gecoc merece reconhecimento. Mais uma vez, o MPMS cumpre seu papel institucional de investigar, cobrar respostas e iluminar áreas em que a administração pública falhou.

Combater a corrupção não é apenas punir culpados, mas também criar condições para que os serviços públicos funcionem melhor e com mais eficiência.

Iluminação pública não é luxo. É segurança, mobilidade e dignidade urbana. Se há dinheiro sobrando e luz faltando, algo está profundamente errado – e precisa ser corrigido com urgência, transparência e responsabilidade.

ARTIGOS

Redes sociais: o "estacionamento" da reputação corporativa

Qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial

19/12/2025 07h45

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No ambiente corporativo contemporâneo, a fronteira entre opinião pessoal e responsabilidade profissional se tornou quase invisível. Com a hiperconectividade, qualquer manifestação nas redes sociais tem potencial para alcançar ampla visibilidade. Um único comentário ofensivo de um funcionário é capaz de comprometer a confiança interna, afetar a reputação da marca e desencadear litígios.

Quando as manifestações de funcionários ultrapassam o limite da crítica construtiva e se convertem em acusações ou declarações com potencial de impactar negativamente a imagem e a credibilidade da organização, abre-se espaço a um debate essencial: qual é o limite entre a liberdade de expressão do trabalhador e a proteção da honra e da imagem empresarial?

A repercussão, em casos como esse, costuma ser imediata. Colegas, clientes, fornecedores e demais parceiros têm acesso ao conteúdo, potencializando seus efeitos e ampliando o risco reputacional.

Qualquer que seja o caminho de resposta, a análise jurídica deve ser cuidadosa. A Consolidação das Leis do Trabalho (art. 482, alíneas j e k) prevê a possibilidade de dispensa por justa causa quando o empregado pratica ato lesivo à honra ou à boa fama de qualquer pessoa “no serviço”, especialmente quando dirigido ao empregador ou superiores hierárquicos.

A jurisprudência tem entendido que publicações em redes sociais podem produzir efeitos equivalentes aos de condutas praticadas no ambiente físico de trabalho, legitimando a aplicação da penalidade.

A Constituição Federal (art. 5º, incisos IV, V e X) assegura a liberdade de expressão, mas estabelece limites claros quando essa manifestação viola direitos relacionados à honra, à imagem e à dignidade. Já o Marco Civil da Internet reforça mecanismos de responsabilização de plataformas mediante notificação, permitindo respostas mais ágeis a conteúdos ilícitos.

Com a evolução da sociedade, a linha que separa opinião de ofensa se tornou cada vez mais tênue. A liberdade de expressão é garantida, mas não é absoluta: quando a crítica se transforma em injúria ou difamação, há quebra de confiança, podendo configurar justa causa, inclusive quando a conduta ocorre fora do expediente.

O desafio, agora, reside na interpretação. A definição do que constitui “crítica legítima” ou “falta grave” ainda é variável entre diferentes julgadores, o que aumenta o risco de reversão de penalidades, pedidos de indenização e danos à reputação corporativa.

Em um ambiente empresarial cada vez mais exposto ao escrutínio público, sobretudo nas redes sociais, torna-se imprescindível que as organizações adotem políticas claras, protocolos seguros de apuração e documentação robusta para fundamentar suas decisões e que as decisões e a gestão de tópicos sensíveis considerem estratégia, cautela e respaldo técnico.

Condutas inadequadas de colaboradores podem gerar impactos relevantes, mas a resposta empresarial deve estar alinhada à legislação e às melhores práticas de governança.

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