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Um dia pelo Meio Ambiente, 300 anos pela pecuária conservando o Pantanal

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O Pantanal, com seus vastos campos nativos, fornece uma rica oferta de gramíneas e leguminosas que são consumidas por herbívoros, como o gado. Estudos científicos indicam que, no passado, o Pantanal abrigava grandes herbívoros que desempenhavam um papel crucial na manutenção da biomassa vegetal. Hoje, o gado bovino, manejado de forma sustentável e com lotação adequada, assume esse papel essencial. Ao consumir a biomassa, os bovinos ajudam a controlar o crescimento excessivo de vegetação, prevenindo incêndios naturais ou acidentais que podem devastar grandes áreas.


    A conversão da biomassa em proteína animal é um processo que contribui para a produção de alimentos de alta qualidade. Ao invés da vegetação ser queimada pelo fogo, ela é “queimada” no rúmen do animal, passando por um processo de fermentação que resulta em carne. Além dos benefícios diretos para a vegetação, a pecuária no Pantanal tem um impacto ambiental relativamente pequeno sobre outras espécies da fauna local, mantendo a riqueza genética e a diversidade das espécies pantaneiras.


    A recente Expedição Pantanal Sustentável, organizada pela ABPO através do Governo do Estado do MS, reuniu diversas instituições como a Embrapa, ONGs, universidades, a Federação de Agricultura do Mato Grosso do Sul, produtores e a comunidade pantaneira. Rodando cerca de 760 km entre os pantanais de Aquidauana, Nhecolândia até a sub-região do Rio Negro, cruzando a Nhecolândia de sul a norte e chegando próximo à margem do Taquari, a Expedição marcou um importante avanço na integração e articulação entre produtores e instituições que atuam no Pantanal. Essa colaboração é fundamental para a aplicação das novas legislações, resultantes de um amplo debate e consenso, que precisam reforçar e reconhecer o papel do produtor pantaneiro na conservação do bioma.


    Vivemos um momento de grande oportunidade, com o Brasil consolidado como um player importante no mercado global de carne. Nos últimos dez anos, a exportação de carne brasileira aumentou consideravelmente, abrindo novos mercados e expandindo as oportunidades para os produtores. Esse cenário exige uma integração maior e mais madura com o mercado global, alinhada com práticas sustentáveis que garantam a preservação do nosso valioso bioma pantaneiro.


    A legislação atual, que inclui o Código Florestal e a nova lei do Pantanal, impõe limites claros para a preservação das áreas florestais e campos nativos, garantindo a conservação da biodiversidade. E caminhando ao lado, temos mecanismos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) como o Fundo Clima Pantanal, recém criado pelo governo estadual na lei do Pantanal e o REDD+ (Crédito de Carbono) que incentivam a conservação e a remuneração dos produtores pelos serviços ambientais prestados.


    O que fica cada vez mais evidente é que a pecuária pantaneira é uma aliada poderosa na proteção do bioma. Em face ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste 5 de junho, temos como cenário a relação harmoniosa entre a atividade pecuária e o Pantanal, que coexistem há 300 anos. Uma prova de que é possível a integração entre produção e conservação, um marco que deve ser celebrado e reforçado, garantindo um futuro sustentável para o Pantanal e o Pantaneiro.

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Caminhos da vida

Algo que se encontra na vida e na lida de qualquer ser humano é a figura do Ídolo. Poderá ser manifestada em seres humanos, em seres sobrenaturais ou em seres espirituais.

14/09/2024 08h30

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Algo que se encontra na vida e na lida de qualquer ser humano é a figura do Ídolo. Poderá ser manifestada em seres humanos, em seres sobrenaturais ou em seres espirituais. São seres com enorme influência sobre comportamentos, controles sentimentais e até relacionamentos espirituais. 

São seres, uns severos e outros afáveis. Todos marcando com seus dons os limites da liberdade da ação e da locomoção. Quem se colocar sob sua proteção, terá privilégios e obrigações. Os privilégios relacionados mais com o lado espiritual, com o poder de bênçãos e de milagres. 

Quanto às obrigações, trata de ser fiel na observância das normas e dos comportamentos, seguindo à risca o descrito no livro da vida, que, diga-se, são muito exigentes e severos, impondo sacrifícios e castigos. Mas o mundo é assim. É feito por seres que buscam o bem e seres que buscam o mal. 

Seres que semeiam valores e seres que espalham discórdias, desavenças, e guerras. Bem claro se manifesta que esse mundo vive dividido entre o bem e o mal. Por onde andar encontrará seres comprometidos com o bem e seres comprometidos com o mal. 

E a escolha ficará por conta de cada um. Se esse mundo clamasse pela paz, se esse mundo promulgasse a união na paz, se esse mundo implantasse a paz, tudo estaria como o Criador, no princípio, estabeleceu. Isto é, que tudo estivesse em seu lugar, exercendo sua missão e cumprindo sua tarefa. 

Como os humanos não se comprometeram, o Criador enviou seu Filho único para apaziguar as nações e retomar a tarefa de construir e fazer com que a paz estivesse viva em cada coração, em cada família e em toda a terra. Esse é o ídolo que a humanidade necessita. Esse é o ídolo que a humanidade está procurando. 

Mas os que administram o poder têm em suas mãos o controle. E a felicidade continuará apenas um sonho. Infelizmente nem todos aceitam. Continua a preferência pela falsidade, pela mentira, pela discórdia e pela guerra. São esses que continuam fabricando armas e alegando que estão assegurando a paz e abolindo as guerras. 

E os inocentes continuam morrendo de fome, os jovens continuam desesperançados. Enquanto temos tempo e temos a mente sadia e o coração compassivo, unamos as forças na luta contra tanto sofrimento e tanto abandono. Enquanto Deus se compadece, façamos o mesmo para que não tenhamos um dia que nos arrepender. 

Nosso Mestre e Senhor, nosso Ídolo e nosso guia nos chama. Qual será nossa resposta? Continuar de braços cruzados? Dar graças a Deus por não estar na mira das armas de guerra? Ficar longe e lamentar os acontecimentos desumanos contra os povos mais pobres? Não nos contentemos em orar por eles. Busquemos recursos com os quais possamos diminuir a dor e contribuir com a desejada paz. 

Felizmente existem esperanças. Creio na boa vontade das nações e dos povos que creem em Deus. Vão mudar os conceitos. Vão mudar as maneiras de governar. Pois o mundo está cansando de tanta violência, de tanta injustiça. Finalmente a paz voltará. As nações vão se abraçar os povos vão se amar. E Deus vai abençoar. 

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(Não) É assim que acaba

Se, como sentenciou Shakespeare, entre a ficção e a realidade há mais mistérios do que a nossa vã filosofia possa ensinar, tratando-se da ficção artística, seja literária, seja cinematográfica, essa assertiva é mais constatável

14/09/2024 08h00

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Se, como sentenciou Shakespeare, entre a ficção e a realidade há mais mistérios do que a nossa vã filosofia possa ensinar, tratando-se da ficção artística, seja literária, seja cinematográfica, essa assertiva é mais constatável.

O badalado livro de Coollen Hoover, cujo título original é “It Ends With Us”, e que se tornou mais badalado recentemente, quando adaptado para as telas de cinema, é um típico exemplo de que o mundo da ficção nem sempre concorda (em gênero, número e grau) com esse mundinho em que vivemos.

Sem querer dar spoiler (e já querendo), parafraseando aqui o saudoso Jô Soares, o fim do filme não acaba da mesma forma que (no real) se encerram as turbulentas relações entre casais quando são permeadas pela indesejável violência doméstica, que hoje virou uma praga quase indizimável entre nós.

Nos últimos anos, o aumento do número de casos de violência doméstica praticados no País vem se tornando tão corriqueiro que, além de negligenciado, passou para o patamar da banalização.

Neste ano, por exemplo, só até junho, já haviam sido contabilizados 1.693 casos de feminicídio, e 793 tiveram o indesejado resultado letal, segundo levantamento realizado pelo Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem), que monitora esses casos no País.

Ao lado dessas fatalidades, ainda convivemos com a angustiante constatação de impunidade, seja em decorrência da ausência de maior austeridade na apuração dos crimes que chegam às autoridades, seja em razão das próprias subversões à ordem que os autores do delito conseguem empreender.

Esses dados não deveriam ser visitados somente quando nos aproximamos de datas que celebrem algum dia especial, como, por exemplo, o Dia Internacional da Mulher, já que isso acaba revelando a pura ineficácia em matéria de combate ao grave problema que insiste em permear nosso meio.

Voltando ao comparativo entre o que assistimos ao fim da ficção e o que diuturnamente temos em nosso cotidiano, um ponto chama bem a atenção. Em nossa dura e crua realidade, quando a mulher decide seguir seu caminho sozinha, sem mais a companhia da opressão que lhe subtrai a paz e o verdadeiro sentido de amar na vida, ela acaba mesmo é sendo perseguida até a eclosão de uma fatalidade pelo simples fato de o agressor “não aceitar o fim do relacionamento”.

Se realmente a vítima, mesmo que não denunciasse às autoridades ou a a pessoas próximas o que estivesse sofrendo, pudesse ao menos escolher ir embora e que o agressor a deixasse em paz, já seria uma conquista.

Entretanto, o que presentemente ocorre é que, quando ela decide pôr um fim ao “inferno de relacionamento” em que vive, acaba sendo inserida em outra penosa situação de subjugação praticamente interminável. E o que é pior, não conta com a segurança que deveria ser prestada pela sociedade e pelo Estado.

Não é raro que ela seja até desacreditada, não só por esses entes, mas até pela família, que lhe aponta o dedo, culpando-a por um relacionamento contraído que não deu certo.

Isso certamente só lhe afligirá e aumentará sua sensação de impotência, já tão medonhamente atingida a essa altura.

É preciso que esse debate ocupe as primeiras fileiras e pautas nas entidades e órgãos competentes, sob pena de que a dignidade e a liberdade das vítimas não venham a ser, no porvir, mais que uma mera ficção, um sonho impossível.

 

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