Cidades

MANIFESTAÇÃO

Ato por anistia em Campo Grande tem recado de Michelle Bolsonaro

Grupo se reuniu por mais de uma hora com orações, abaixo-assinado e cartazes, pedindo também o impeachmeant de Alexandre de Moraes

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Manifestantes ocuparam parte da Avenida Afonso Pena, na tarde deste domingo (7), em ato que pede anistia que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, o grupo também pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e recebeu um recado da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro.

O áudio de Michele Bolsonaro foi reproduzido aos manifestantes em um trio elétrico. A ex-primeira-dama inicia falando que é um consolo saber que os sul-mato-grossenses se reuniram no 7 de setembro "clamando por justiça e liberdade".

O ato começou por volta das 16h, com o hino nacional e uma oração, em frente ao Bioparque Pantanal. A manifestação foi pacífica, sem interdição de ruas e, até a publicação desta reportagem, não foi divulgada a estimativa de público.

A mensagem de Michele foi reproduzida após a oração. 

"Em 2022, mais de 1 milhão de pessoas ouviram meu marido em Brasília, na comemoração histórica do bicentenário de Guiné-Bissau. Hoje, por perseguição e injustiça, ele não pode falar, mas nós falaremos por ele até que essa tirania e perseguição sejam vencidas", disse Michele Bolsonaro, no áudio.

Ela prossegue falando por cerca de quatro minutos, falando também sobre o julgamento de Jair Bolsonaro e outros aliados no STF, chamando de "peça teatral", e criticando as eleições, que seria "nada transparentes" e o governo de "ditadura".

"Nós confiamos em Deus. Todos que zombam do povo, defendem ditadores e terroristas, roubam dinheiro público e atacam Israel, serão derrotados, e os juízes injustos também. Eu conheço meu marido, meu galego de olhos azuis", conclui.

Ato por anistia

Políticos da direita e os demais manifestantes pedem que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque o projeto de anistia em votação e que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dê andamento ao processo de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, além de pedirem contagem pública de votos.

Dentre os políticos, estavam presentes o deputado estadual João Henrique Catan, os vereadores André Salineiro e Ana Portela, e os deputados federais Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, todos do PL.

Entre os participantes do ato estava o Carlos Eduardo Mubarack, de 68 anos, que afirmou que Bolsonaro trouxe de volta o patriotismo, o amor a pátria, família e a bandeira, mas defende que o movimento não é apenas a favor do ex-presidente, mas de todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

"Isso tudo que está acontecendo não é uma justiça, só tem um lado, o lado deles tudo pode, o outro lado nada pode, tudo que tem que ser punido. Não existe golpe, uma senhora com a bíblia na mão, um batom, só se matar com a bíblia na cabeça, não é possível. A luta não é pelo Bolsonaro, estamos aqui pelas pessoas que estão presas e quase morrendo, é pelo nosso futuro, não podemos entregar nossas crianças nas mãos de ideologias, temos que continuar lutando pela liberdade, pela família e pelo País", disse.

Apesar de defender o patriotismo, ele afirma que há muitas bandeiras dos Estados Unidos porque o presidente americano Donald Trump é a "tábua de salvação dos brasileiros".

"Os Estados Unidos sempre foram aliados com o Brasil, mas quando a esquerda assumiu lá, eles ajudaram a esquerda aqui a ganhar as eleições, e porque agora o Trump não pode nos ajudar a mudar essa situação, é pela nossa liberdade de expressão", afirmou.

Ao contrário da maioria dos presentes, Thiago Zod, de 38 anos, disse afirma ser contra a anistia, mas defende que as penas aos envolvidos sejam mais brandas. Ele também critica o ministro Alexandre de Moraes.

"Estamos aqui por Justiça que nós não temos nesse País, infelizmente alegam que aplicamos um golpe, mas para mim foi uma baderna. Quem badernou merece mesmo ser preso, mas não pegar 17 anos de cadeia, no máximo limpar chão, limpar escola, fazer comida para sem-teto, mas anistia eu acho muito surreal, sou contra", disse.

Ele acrescenta que a responsabilização deve ser por vandalismo e não por golpe e conclui que acredita que Jair Bolsonaro não está envolvido.

"Tem responsabilidade de se acovardar, de não recuar as pessoas, se ele dissesse 'perdemos, mas bola pra frente, ano que vem vamos tentar de novo', aí beleza, mas ele se omitiu, ficou ressentido que perdeu para o Lula", disse.

No entanto, ele endossou o coro do protesto pela contagem pública de votos, mesmo acreditando não ter havido fraude nas eleições de 2022. 

O movimento também foi bom para os vendedores ambulantes, como é o caso de Ryan Weslley, 26 anos, que disse que vendeu cerca de R$ 600 em bandeiras e camisetas do Brasil e dos Estados Unidos.

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Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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