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CAMPO GRANDE

Atrasada, Vila dos Idosos lança edital de seleção às vésperas da eleição

Prazo para conclusão da obra era maio de 2024, mas transparência e aparência mostram que andamento dos apartamentos de 33 m² está longe do fim

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Sendo que a obra tinha entrega prevista para maio de 2024, a Prefeitura Municipal de Campo Grande prevê para a tarde desta quarta-feira (03), às 16h30, o lançamento do edital de seleção para a chamada "Vila dos Idosos", marcado para acontecer na Rua Fernando Corrêa da Costa – esquina com a Rua Fábio Zahran. 

Orçado em aproximadamente R$ 10 milhões, com o projeto idealizado ainda em 2018, lançado em 2021, as obras tiveram início apenas em meados de 2022 e, há mais de dois anos em obras, tanto a transparência quanto a aparência mostram que a entrega não deve acontecer ainda neste ano eleitoral. 

Ainda no ano passado, ao Correio do Estado, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) apontou que a empresa responsável (Coplan) começou a construção do condomínio em junho de 2022, e o próprio Portal +Obras, de transparência do município, indica atraso na entrega. 

Com um total de 40 apartamentos, de 33,70m² cada, essas moradias são voltados para pessoas com mais de 60, que possuam uma renda baixa, lançado no pacote do Reviva Centro. 

Em execução há mais de dois anos, junto ao portal da transparência, a construção ainda aparece com apenas 28% concluída, sendo que três meses antes do prazo previsto para entrega o piso ainda não havia sido assentado; sem todas as janelas colocadas e ainda com uma parte em fase de edificação. 

Com o primeiro turno das eleições desse ano marcado para o dia 06 de outubro, o próximo dia 06 deste mês já marca o prazo final que pré-candidatos a prefeito e vice-prefeito, por exemplo, têm para participarem de inauguração de obras públicas, por exemplo. 

Importante ressaltar que, para o caso de pré-candidatos a vereadores - que também disputam as eleições em 2024 - esses três meses antes das eleições também são considerados o prazo limite, ou seja, gestões e mandatos parlamentares atuais que buscam associar sua imagem à obra, em tese, têm até sábado (06 de julho) para fazer isso.

O espaço

Localizado em frente ao Horto Florestal em Campo Grande, cada apartamento tem 33,70m² de área prevista, compreendendo para a pessoa idosa: 

  • Sala integrada à cozinha,
  • Área de serviço
  • Um quarto com banheiro

Apontando que todas as normas de acessibilidade foram seguidas, foi optada pela ventilação natural, amplos corredores e elevador para todos os andares. 

O espaço prevê sala multifuncional, bem como uma capela e espaço de socialização, contando ainda com salões voltados ao uso comercial. 

Conforme a prefeitura, como forma de apoiar os custos de administração e manutenção do edifício, haverá parceria com a uso dos 10 salões comerciais do térreo com área individual de 39,40m².

Atenção aos idosos

Vários fatores levam uma pessoal idosa para um quadro de vulnerabilidade social: como escolaridade; redução de renda; perda de autonomia, ou mesma a discriminação etária, entre outros. 

Só nos primeiros seis meses deste 2024, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Relação de Consumo (Decon) já havia registrado 145 ocorrências de golpes contra idosos

Também, há dois anos seguidos, o Mato Grosso do Sul é marcado pela maior taxa de violência contra idosos no País, segundo dados do Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Levando em consideração o ano-base de 2021, a taxa de violência foi de 245,2 em Mato Grosso do Sul, enquanto o segundo colocado (Roraima) registrou 130,5. 

Já os dados divulgados em 2024, com referência no ano-base de 2022, apesar da queda no índice (para 209,0), enquanto o segundo lugar (Pernambuco nesse caso) aparece com taxa de 134,6, os idosos sul-mato-grossenses seguem sendo os maiores alvos dessa violência etária no País. 

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Cidades

China diz que vai transformar "tarifaço" dos EUA em "oportunidade"

Pressão de Trump é oportunidade para novo desenvolvimento, diz China

07/04/2025 22h00

Líder chinês Xi Jinping

Líder chinês Xi Jinping Pedro Ladeira/Folhapress

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Em editorial publicado nesse domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciaisLíder chinês Xi Jinping Líder chinês Xi Jinping

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

Diário do Povo citou ainda a frase do presidente da China, Xi Jinping, sobre a resiliência do mercado chinês, que pode suportar ventos fortes e tempestades.

"A economia chinesa é um oceano, não um pequeno lago. Tempestades podem virar um pequeno lago, mas não podem virar o oceano", disse o mandatário chinês citado pelo jornal.  

Nessa segunda-feira (7), Trump ameaçou a China com tarifas adicionais de 50% caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas à Washington. 

Resistência

O jornal reconhece que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contra a China vão prejudicar o comércio entre as duas maiores potências do planeta.

“Terá inevitavelmente um impacto negativo nas exportações da China no curto prazo e aumentará a pressão sobre a economia”, disse. 

Por outro lado, o Diário do Povo argumenta que a China tem capacidade de resistir a essa pressão, que o país tem reduzido a dependência em relação à economia dos EUA e aumentado o controle sobre tecnologias chaves.

“Construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os EUA como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, destacou o jornal.

Diário do Povo lembra que a guerra comercial com os EUA começou em 2017. “Não importa o quanto os EUA lutaram e nos pressionaram, sempre mantivemos o desenvolvimento e o progresso, demonstrando nossa resiliência de ‘quanto mais pressão enfrentamos, mais fortes nos tornamos’”, acrescentou o editorial.

O jornal do Partido Comunista Chinês acredita que a pressão de Trump forçará o país a acelerar e concretizar “avanços tecnológicos essenciais em áreas-chave”. Além disso, lembra que organizações de todo o mundo confiam na estabilidade da economia chinesa.

“Muitas instituições financeiras de Wall Street aumentaram suas previsões para o crescimento econômico do nosso país, estão otimistas sobre o mercado de capitais da China e consideram a ‘certeza’ da China como um porto seguro para se proteger contra a ‘incerteza’ dos EUA”, completou.

Preparados

O editorial do jornal chinês destacou ainda que o Comitê Central do PCCh já previa que os EUA implementariam novas e crescentes rodadas de medidas para contenção econômica da China.

“Sabemos o que estamos fazendo e temos estratégias em mãos. Estamos travando uma guerra comercial com os EUA há oito anos e acumulamos uma rica experiência nessa luta. Os planos de resposta também são preparados com antecedência”, disse o periódico.

Mercado interno

A jornal diz que a China se apoiará no seu imenso mercado interno para se contrapor às tarifas dos EUA. Segundo dados oficiais, 85% das empresas que exportam têm negócios no mercado interno. Além disso, o total de vendas no mercado interno representa 75% do total dos negócios.

 “Devemos adotar a expansão da demanda interna como uma estratégia de longo prazo, nos esforçar para fazer do consumo a principal força motriz e lastro para o crescimento econômico e aproveitar ao máximo as vantagens do nosso mercado de escala supergrande”, afirmou.

Parceiros comerciais

O editorial lembra ainda que os EUA não podem prescindir da China para muitos produtos, tanto de consumo, como de investimentos e intermediários.

“A taxa de dependência de diversas categorias ultrapassa 50%, e será difícil encontrar fontes alternativas no mercado internacional no curto prazo”, destacou.

Ao mesmo tempo, o Diário do Povo citou que a China é o principal parceiro comercial para mais de 150 países, o que inclui o Brasil e a maioria dos países da América do Sul.  

“A cooperação econômica e comercial em mercados emergentes tem enorme potencial e está se tornando cada vez mais uma base importante para estabilizar nosso comércio exterior. Injetaremos mais estabilidade no desenvolvimento econômico global por meio do nosso próprio desenvolvimento estável”, completou o editorial.

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Cidades

Moradores reclamam de pichação em área revitalizada na Orla Morena

A Associação do bairro Cabreúva repudiou a destruição da pintura, que não durou nem uma semana

07/04/2025 18h53

Imagem Divulgação

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A pintura no palco da Orla Morena não durou uma semana. Na noite de domingo (6), o espaço acabou sendo pichado, o que causou revolta entre os moradores do bairro Cabreúva.

A Associação de Moradores do Bairro Cabreúva (AMBC) chegou a emitir uma nota de repúdio contra os pichadores que “vandalizaram” o espaço.

Conforme a nota, a revitalização está sendo feita em parceria com a associação de moradores e a Fundação Municipal de Esportes (Funesp).

“A AMBC, que sempre apoia manifestações culturais responsáveis e ordeiras, em nome dos moradores do Bairro Cabreúva e adjacentes, informa que tomará as medidas cabíveis contra o vandalismo.
Pichação não é arte: é crime!”, diz a nota.

Imagem Divulgação

Em conversa com a moradora e mestre em Desenvolvimento Local, Marta Soller, de 68 anos, que reside no bairro há 40 anos, a situação está insustentável.

Apesar de a região contar com o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), a moradora explica que é impossível que a fiscalização esteja presente em todos os lugares.

Segundo ela, a pintura do palco “não chegou a durar nem dez dias”, o que causa cansaço. No entanto, ela relatou que é preciso perseverar.

Neste momento, os moradores estão na fase de plantio de flores, tentando tornar o ambiente mais agradável mesmo convivendo com situações peculiares.

Como, por exemplo, segundo Marta, o furto do parquinho em plena luz do dia:

“O larápio parou o carro com a carreta atrás e levou os brinquedos. Na cara dura e durante o dia.”

Leia a nota na íntegra

“A Associação de Moradores do Bairro Cabreúva (AMBC) vem a público manifestar seu REPÚDIO contra os pichadores que vandalizaram o palco da Orla Morena na noite de domingo (6). 


A Orla Morena está sendo revitalizada pela Funesp e pela AMBC. O palco, recém-pintado, teve as laterais completamente pichadas, bem como parte das escadarias.


A AMBC, que sempre apoia manifestações culturais responsáveis e ordeiras, em nome dos moradores do Bairro Cabreúva e adjacentes, informa que tomará as medidas cabíveis contra o vandalismo.
Pichação não é arte: é crime!


Ao contrário do grafite, no Brasil a pichação é considerada crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa, para quem pichar ou, por qualquer meio, sujar ou manchar edificação ou monumento urbano.”.

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