Cidades

LENTIDÃO

Audiências sobre morte de Sophia ficam paradas por falta de relatório de perícia

Prazo para anexar relatório se esgotou no dia 10 de agosto e processo não pode prosseguir sem esse documento

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No dia 26 de agosto, a morte da menina Sophia Ocampo, de dois anos, irá completar sete meses e, até então, foram realizadas apenas três audiências para ouvir testemunhas de defesa e acusação. Agora, o processo está parado, aguardando relatório da perícia realizada nas mídias encontradas nos celulares de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Leitheim, réus pelo crime. 

O pedido para periciar os celulares foi feito pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) durante a última audiência, realizada no dia 26 de maio. De acordo com a advogada que atua como assistente de acusação, o pedido foi feito porque, até então, estava autorizada apenas a quebra de sigilo telefônico. 

De acordo com a assistente de acusação, Janice Andrade, o pedido foi feito porque o órgão ministerial entende que nas mídias encontradas podem ter provas primordiais para o andamento do processo e para embasar a acusação. 

Embora o juiz responsável pelo caso tenha pedido urgência na solicitação do MPMS, três meses depois, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) não realizou qualquer perícia nas mídias, inclusive no celular de Christian. Ele não forneceu a senha do aparelho e a polícia afirma que não consegue ter acesso às mídias armazenadas nele. 

As únicas conversas recuperadas pela Polícia Civil foram as do celular de Stephanie porque ela ofereceu a senha de livre e espontânea vontade quando o aparelho foi apreendido. Por outro lado, não foram recuperadas as conversas que a ré apagou antes de entregar o aparelho. 

Sem os relatórios da perícia, o juiz fica impedido de dar continuidade às audiências, que ainda estão na fase de instrução, ou seja, as testemunhas e os réus estão sendo ouvidos no Tribunal para, depois, a defesa e a acusação elaborarem as considerações finais. 

Todas as testemunhas foram ouvidas, sendo que na última audiência foram ouvidas as testemunhas de defesa dos réus, incluindo amigos que conviviam e frequentavam a casa do casal antes da morte de Sophia. 

Agora, o juiz só poderá marcar uma nova audiência quando os relatórios forem anexados ao processo, o que não tem data para acontecer, mesmo que o prazo tenha se esgotado no dia 10 deste mês. 

Além de ouvir os réus, o juiz fez um pedido para intimar para depoimento as médicas que atenderam Sophia quando ela chegou sem vida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, no dia 26 de janeiro. 

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço continua aberto para esclarecimentos. 

AUDIÊNCIA DE MAIO 

Realizada a portas fechadas após incidente na primeira audiência do caso, a audiência de maio foi direcionada para ouvir as testemunhas de defesa de Stephanie e de Christian.

Na mesma audiência era esperado que os réus fossem ouvidos, mas, por causa do pedido de perícia do Ministério Público de MS, a sessão foi encerrada. 

Após a audiência para ouvir os réus e as médicas acontecer, a defesa e a acusação terão um prazo, ainda não estabelecido, para apresentar as alegações finais, momento em que são juntadas as provas e argumentos para tentar culpabilizar ou inocentar os réus.

Por fim, após outras etapas processuais, o caso será levado a julgamento, tudo indica, que irá para júri popular. 

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ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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