Cidades

Determinação

Autoescolas terão que
instalar câmera, GPS e biometria em veículos

Dados captados durante as aulas serão enviados para uma central de monitoramento

VÂNYA SANTOS E LUCIA MOREL

16/02/2016 - 13h00
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A partir do mês que vem, as autoescolas de Mato Grosso do Sul terão que instalar em seus veículos câmeras de monitoramento, aparelho GPS e sistema de biometria, que funcionarão durante as aulas de instrução no trânsito. A exigência do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) foi anunciada na manhã desta terça-feira (16) pelo diretor-presidente da instituição, Gerson Claro Dino.

“Estamos trabalhando para que em março já tenha esse monitoramento nas aulas”, garantiu Gerson Claro, explicando que atualmente, o exame prático aplicado junto ao Detran já é controlado por câmera, GPS e também biometria do instrutor, examinador e candidato submetido a prova.

Diretor-presidente do Detran esclareceu, ainda, que a implementação ocorrerá de forma a atingir todas as aulas e Centro de Formação de Condutores (CFCs). As despesas do monitoramento durante o exame são de responsabilidade do órgão público, enquanto a instalação dos sistemas nas aulas será obrigação das autoescolas.

Os dados captados durante as aulas serão enviados para uma central de monitoramento e a nova exigência tem a finalidade de evitar fraude no processo de habilitação de condutores.

LOMBADA ELETRÔNICA

O diretor do Detran também anunciou sistema de câmeras em lombadas eletrônicas, que além da velocidade do veículo, vão fazer a leitura de qualquer tipo de irregularidade que o carro tiver, como notificação de roubo, furto, documento ou seguro atrasados.

"Num primeiro momento queremos interligar isso com o sistema da polícia para que a polícia receba o sinal dessa irregularidade por onde esse veículo passou. Num segundo momento, esse veículo irregular poderá ser notificado e, se não regularizar em 30 dias pode ser autuado porque nós vamos poder identificar o trânsito dele nas vias", afirmou o diretor.

Atualmente, apenas 10 lombadas no Estado funcionam com o sistema de câmeras que podem fazer a "varredura" nos veículos. O Detran não informou quantas terão depois da ampliação do serviço.

Crime

Após matar por dívida de R$ 100, homem é condenado a 16 anos de prisão

Crime aconteceu em 2020 e foi motivado por ameaças do "tribunal do crime"

12/04/2025 10h30

Motivo do crime foi dívida de R$ 100 por compra de drogas

Motivo do crime foi dívida de R$ 100 por compra de drogas Arquivo

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O Tribunal do Júri da 2ª Vara de Campo Grande condenou, na última sexta-feira (11), Maxsuel Bruno da Silva, de 30 anos, conhecido como "Maquito", a 16 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.

Ele foi responsabilizado pelo homicídio qualificado e ocultação do cadáver de Leonardo Gomes Lescano, de 23 anos. O crime ocorreu em junho de 2020 no bairro Nova Lima, motivado por uma dívida de apenas R$ 100.

A sentença, proferida pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, também determinou que o réu pague uma indenização mínima de R$ 10 mil aos sucessores da vítima. O valor será corrigido monetariamente desde a data da decisão e acrescido de juros mensais de 1% contados a partir do crime.

Dívida de drogas

De acordo com as investigações e depoimentos colhidos ao longo do processo de investigação o crime, a dívida que motivou o homicídio estava relacionada à compra fiada de drogas em 2015.

Desde então, Leonardo vinha cobrando insistentemente o pagamento e chegou a ameaçar acionar uma facção criminosa para resolver a questão. Pressionado pela possibilidade de um "tribunal do crime", Maxsuel premeditou o assassinato.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Maxsuel atraiu Leonardo para uma residência sob o pretexto de beberem juntos e conversarem sobre a dívida.

Durante o encontro, após ingerirem bebidas alcoólicas, o réu atacou a vítima pelas costas com um pedaço de pau, causando sua morte.

Com a ajuda de um comparsa, identificado como Iago Romão de Almeida, o corpo foi jogado em uma fossa no quintal da casa. O cadáver só foi localizado quatro dias depois.

O crime foi classificado como homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, Maxsuel foi condenado por ocultação de cadáver.

Julgamento

Considerado foragido desde o início do processo, Maxsuel participou do julgamento por videoconferência e permaneceu calado durante boa parte do interrogatório.

Ele respondeu apenas às perguntas feitas pela defesa e pelos jurados. No momento da leitura da sentença, não acompanhou a sessão virtual.

Durante o julgamento, os advogados do réu sustentaram a negativa de autoria dos crimes. No entanto, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação por maioria dos votos.

Outro acusado no caso, Iago Romão de Almeida, ainda será julgado em data futura.

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fim do imbróglio

Acordo judicial eleva salário de Adriane para R$ 35,4 mil

Previsão é de que a alteração na lei que definia salário maior seja votada na próxima terça-feira (15)

12/04/2025 10h30

Atualmente o salário da prefeita está em R$ 21,2 mil e a lei que deve ser alterada previa remuneração de R$ 41,8 mil

Atualmente o salário da prefeita está em R$ 21,2 mil e a lei que deve ser alterada previa remuneração de R$ 41,8 mil

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Depois de muita polêmica e disputa na Justiça, um acordo judicial entre a Câmara de Vereadores e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) prevê que o salário da chefe do Executivo municipal passe de R$ 41,8 mil para R$ 35.462,27, válido já a partir de primeiro de abril.

A medida produzirá efeito cascata para todo o primeiro escalão e para cerca de 500 auditores-fiscais, médicos, educadores, procuradores e dentistas ativos e aposentados. 

A lei (7006/23) que gerou a batalha judicial, aprovada em fevereiro de 2023 e que em janeiro deste ano foi contestada pela prefeita, previa que o salário dela saltasse dos atuais R$ 21,2 mil para R$ 41,8 mil, fazendo com que passasse a ser a prefeita mais bem paga do país. 

O Tribunal de Justiça acatou o pedido de inconstitucionalidade feito pela própria prefeita e concedeu liminar suspendendo a vigência da media, que entraria em vigor no dia primeiro de fevereiro deste ano. Por isso, a remuneração de Adriane Lopes continua em R$ 21,2, mil.

Mas, no mesmo dia 28 fevereiro de 2023 a Câmara havia aprovado outra lei (7005) elevando, já a partir de março daquele ano, o salário da prefeita para R$ 35,4 mil, mesmo valor que é pago ao governador Eduardo Riedel. 

Mas, a Justiça também barrou o reajuste ao acatar ação que argumentava que o salário de prefeitos só pode ser reajustado no começo de cada mandato. 

Agora, porém, para atender aos apelos de uma série de categorias de servidores, a Câmara e o Executivo firmaram um acordo judicial optando por este valor intermediário, que significa acréscimo de 67% no atual subsídio. 

Tanto o Executivo quanto o Judiciário já assinaram o acordo e, segundo o presidente da Câmara, o vereador Papy, para esta segunda-feira (14) está previsto um encontro entre as partes para encerrar as negociações.

"Foram semanas de articulação madura e esta foi a saída que encontramos para atender tanto aos servidores, que está há mais de uma década estão sem reajuste, quanto a prefeita", afirmou Papy na manhã deste sábado. 

A previsão é de que a Câmara vote no dia seguinte, na terça-feira (15), a alteração na lei 7.006, dando a palavra final para o acordo, que tem a anuência do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. 

A lei foi considerada inconstitucional porque, segundo argumentação da chefe do Executivo, não trazia o impacto financeiro do reajuste, já que ele provoca efeito cascata ao elevar o teto remuneratório do funcionalismo municipal. 

Estudo anexado ao processo posteriormente por sindicatos previa aumento mensal da ordem de R$ 8 milhões caso o valor fosse para R$ 41,8 mil. Mas, como o acordo estipula salário intermediário, a tendência é de que este montante recue em cerca de um terço. 

Ao falar com  Correio do Estado neste sábado, Papy não soube precisar o impacto financeiro do reajuste, mas afirmou que "a própria prefeitura anexou esses estudos à ação judicial e está tudo dentro da capacidade financeira da administração municipal".

TETO

Atualmente, nenhum servidor pode receber salário superior a R$ 21,2 mil. Com isso, até a remuneração dos vereadores acabou sendo afetada, já que desde o começo do ano o salário dos parlamentares passou de R$ 18,9 mil para R$ 26,08 mil. 

Sendo assim, cerca de R$ 4,8 mil são glosados todos os meses da remuneração dos vereadores. Após  a aprovação do acordo, o limite acaba. 

A votação da medida que reduz de R$ 41,8 mil para R$ 35,4 mil o salário da prefeita ainda não está oficialmente na pauta da Câmara, mas mesmo assim as lideranças sindicais já estão convocando filiados a acompanharem a votação no plenário.  
 

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