Cidades

CAMPO GRANDE

Avenida da Capital é palco de atropelamento em saída de academia

Vítima de cerca de 54 anos foi atingida por veículo de estudante que se dirigia rumo à Universidade

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No trecho entre a Avenida Mato Grosso e o tradicional pontilhão próximo ao Shopping Campo Grande, ainda na manhã desta segunda-feira (30) a avenida Ceará foi palco de um atropelamento, região que, devido à academia de alto padrão ali instalada, apresenta grande fluxo de pessoas e veículos. 

Segundo informações repassadas pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul (BPMTran), a primeira ligação referente a essa ocorrência foi registrada próximo de 08h25 da manhã de hoje (30). 

Pelas imagens do circuito de monitoramento de estabelecimento local, é possível observar que a vítima foi atropelada na avenida Ceará exatamente às oito horas da manhã, atingida por um veículo Citroën C3 preto.

Também é possível notar que a vítima já estava no meio da avenida ceará, quando foi atingida e seu corpo projetado para cima do capô do veículo, com a mulher depois sendo lançada ao chão, momento em que é possível notar a forma com que ela bate a cabeça no solo. 

Sobre esse caso, a delegada Joilce Silveira Ramos esteve no local junto de equipe de perícia, dizendo que a jovem que dirigia o carro, rumo à Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp), ficou em estado de choque após o ocorrido. 

"A gente vai encaminhar a autora para a delegacia, para ouvi-la, mas pelas imagens a gente viu que a vítima estava errada, já que onde estava atravessando não têm faixa de pedestre. Teria que sinalizar o trânsito, com uma passagem para as pessoas entrarem aqui, já que tem uma academia desse tamanho", afirma a delegada. 

Nos quase sete minutos de vídeo é possível observar que, ainda que alguns transeuntes ignorem a situação, após atingir a vítima, a mulher que entrava na avenida Ceará, vinda pela rua Paraná, desceu do carro em seguida para prestar socorro.  

Segundo a delegada, a motorista, uma mulher "novinha", é habilitada e o resultado do teste de alcoolemia feito deu negativo. 

"Está em estado de choque. Chorando muito. Ela é novinha. Estava indo para a faculdade e está bastante abalada, chorando muito", completa a delegada.

Cabe apontar que, retirada do local já inconsciente, a vítima de cerca de 54 anos foi levada para a Santa Casa entubada e em estado grave. 

Acidentes recorrentes

Funcionário há tempos da funilaria e martelinho de ouro, localizada em frente à academia BlueFit, Cleder Martins esclarece que os acidentes na região são mais frequentes do que gostaria. 

Ele conta que, há cerca de três dias (em 27 de setembro) um veículo causou a queda de um motociclista, já que o carro subia a Ceará e parou na contramão junto à entrada da academia, forçando um desvio brusco do piloto da moto. 

"Ainda hoje cedo eu pensei em ir [na Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran)] registrar um ofício, para os caras virem aqui, sinalizarem melhor o trecho porque tá sendo comum os acidentes". 

Para realização do trabalho da perícia, o trecho chegou a ser interditado por volta de 10h40, momento em que as equipes policiais precisaram sinalizar com cones e desviar os demais veículos que desciam a Ceará para a rua Paraná; e aqueles que subiam a avenida para a alça de acesso à Afonso Pena. 

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"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

Saiba*

Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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